segunda-feira, fevereiro 02, 2009

A palavra aos leitores

• Contributo do leito Manuel T. [“COISAS DO PÚBLICO”]:
    «Ontem o Público estranhava coincidências e denunciava perguntas sem resposta no processo Freeport – mas hoje, logo na primeira página, o Público dispensa-se completamente de nos presentear com as respectivas dúvidas e certezas sobre esse dossier, e de completar a oferenda com uma enxurrada diário de títulos e de prosas destinadas a incutir a convicção de que somos governados por uma cambada de gente duvidosa, para além de incompetente e de irresponsável.

    Donde, já meti empenho pelo telefone, logo vou ao oftalmologista – porque devo estar a ver mal o Público desta segunda-feira.

    Ou será que a abjecta chamada da “mãe” do “sobrinho” ao “processo” perturbou alguns interesses que terão exclamado: “É pá, nem oito nem oitenta”?!...

    Ah, parece que o “Serious Fraud Office” - que se corresponde com autoridades judiciárias portuguesas e que passa por colocar no papel apenas verdades sem margem para quaisquer dúvidas e acusações sem hipóteses de refutação ou de contraditório - teve de despedir um camião de fulanos por incompetência e delapidação de dinheiros públicos, ou seja, por, face aos meios disponíveis, não mostrarem resultados dignos desse nome (despedimentos desse tipo que, felizmente, podemos dar como afastados no nosso país).

    Aguardemos confirmação – tanto mais que o Professor Marcelo terá declarado ontem que a “campanha negra” contra o Primeiro-Ministro “não está a colar à realidade”, constatação que não o impede de continuar a fazer cenários sobre a circulação de “luvas”…»
• Contributo do leitor Pedro M. F. ["O «mesquinho» e «parolo» José António Saraiva (JAS)"]:
    “O editorial de JAS no SOL do passado sábado é uma peça que merece ser recordada pelo que tem de ridículo, absurdo e até burlesco. Alguns exemplos:

    - o pormenor da cadeira: afirma o director do SOL que já se empenhou tanto na defesa de Sócrates que até caiu da cadeira. Não se percebe se é apenas uma metáfora salazarista ou um real trambolhão (como o que têm sofrido as vendas do SOL…), mas – em qualquer caso – o pormenor parece ser absolutamente irrelevante para o assunto do Freeport. Talvez JAS devesse antes contar este episódio pessoal ao seu ortopedista em vez de o contar aos leitores do SOL.

    - a hipocrisia: afirma JAS que «não serei eu a acusar a Sócrates, essa função cabe à Justiça, se o decidir fazer». Mas depois não faz outra coisa em todo o editorial senão acusar, directa e indirectamente, Sócrates!

    - o atirar de areia para os olhos: para disfarçar as notórias manobras políticas por detrás do reacendimento do caso Freeport em ano eleitoral, JAS sustenta que «o timing é de Inglaterra. Aliás, foram os ingleses que desbloquearam o processo que estava aqui encalhado, conduzindo às recentes buscas». Mentira! Cândida Almeida já explicou claramente que as buscas nada tiveram a ver com a investigação inglesa nem foram pedidas pelos ingleses.

    - o suposto procedimento de marcação de reuniões: aqui o editorial atinge um ponto verdadeiramente surrealista. Qual é o grande e indesmentível argumento que JAS invoca para afirmar que houve uma segunda reunião entre Sócrates e os promotores do Freeport? É que, segundo diz, as reuniões oficiais são marcadas pelo chefe de gabinete e esta terá sido marcada pela secretária. E pronto, ergue-se toda uma argumentação de corrupção e destrói-se a honorabilidade de uma pessoa a partir deste facto irrefutável e incriminador: JAS acha que foi a secretária a marcar a reunião e devia ter sido o chefe de gabinete!

    - o provincianismo bacoco: considera JAS que, envolvendo este caso a família real britânica (só porque o filho da rainha se dispôs a estar presente no evento social de inauguração do centro comercial…), o caso tinha necessariamente que ser decidido pelo ministro.

    - a paranóia: JAS prossegue, raiando agora a paranóia. Entende o director do SOL que o facto de não ter sido o ministro a decidir pessoalmente o caso (recorde-se que a competência para decidir as avaliações de impacto ambiental se encontrava delegada no secretário de estado) prova a má consciência por parte de Sócrates e a óbvia demonstração de um subterfúgio para se livrar de responsabilidades caso o assunto viesse a levantar suspeitas!

    - o argumento para atrasados mentais: diz JAS que o facto de a alteração à ZPE nada ter a ver com o Freeport é argumento para atrasados mentais, «por uma simplicíssima razão: numa zona protegida não seria possível construir aquele gigantesco outlet». Sucede que, 3 ou 4 páginas à frente, o próprio SOL cita uma jurista da área do Direito do Ambiente, segundo a qual «em rigor, o Freeport poderia ter sido feito sem a alteração dos limites da ZPE». Conclusão: JAS não lê o seu próprio jornal ou está a chamar atrasados mentais às suas próprias fontes?

    - o desvario completo: no final do seu editorial, JAS passa-se por completo, perde as estribeiras e afirma o seguinte: «José Sócrates tem traços de personalidade semelhantes a João Vale e Azevedo». Mas o que é isto? É o vale-tudo?

    Em suma, este senhor devia ser internado por alucinação doentia!!!”

1 comentário :

Anónimo disse...

O jas sofre é a alucinações pensando dos outros aquilo que sempre foi,UM PULHA, com letra gande.