domingo, setembro 13, 2009

“Subitamente neste Verão”

A inventona das escutas à Presidência da República — preparada a meias entre gente de Belém e a rapaziada de Fernandes — é hoje tratada pelo provedor do leitor do Público. O texto de Joaquim Vieira é de leitura obrigatória para se poder avaliar a absoluta falta de escrúpulos do jornal (e da “fonte” de Belém). Eis uns extractos:
    Este caso não só se reveste de enormes implicações, por estar em causa a relação entre dois órgãos de soberania, como suscita diversas questões relacionadas com a prática jornalística, o que levou o provedor a aprofundar a sua investigação muito para lá da queixa do adjunto governamental, abrangendo todo o procedimento do PÚBLICO no processo.

    (…)

    Salvo melhor prova, tudo não passa de um indício, sim, mas de paranóia, oriunda do Palácio de Belém. Só que tal manifestação é em si já notícia, porque revela a intenção deliberada de alguém próximo do PR minar a relação institucional (ou a "cooperação estratégica") com o Governo.

    (…)

    Pelo que o provedor percebeu, só há uma fonte, que é sempre o mesmo colaborador presidencial que tomou a iniciativa de falar ao PÚBLICO em 2008, mas este milagre da multiplicação das fontes é uma velha pecha do jornalismo político português e não vale a pena perder agora mais tempo com ela.

    (…)

    Solicitados pelo provedor a explicar por que razão os dados recolhidos há ano e meio por T.N. [Tolentino de Nóbrega], e que de algum modo contrariavam a versão do assessor de Belém, não entraram na notícia sobre o "espião" de S. Bento, nem J.M.F. [José Manuel Fernandes] nem L.A. [Luciano Alvarez] responderam (S.J.A. [São José Almeida] disse que a parte sobre R.P.F. não foi da sua responsabilidade, mas sim de L.A.).

    Como o leitor já terá intuído chegado a este ponto, estamos perante um caso que se reveste de grande complexidade e gravidade, pelo que ao provedor não é possível esgotar a sua análise numa única crónica. Voltaremos ao assunto no próximo domingo.
[Publicado também aqui]

18 comentários :

  1. o zé manel fez tudo (mas tudo) para descridibilizar o pm. quem se descredibilizou foi ele e a classe dos jornalistas. depois de 27 de setembro só lhes resta a retirada, sem honra.

    ResponderEliminar
  2. Será que este caso vai passar com o silêncio cúmplice da malta dos mídia?

    ResponderEliminar
  3. parece que à mesa escutou alguém a mastigar, mastigar, mastigar...

    ResponderEliminar
  4. este jornal do consulado zé manel não tem qualquer credibilidade. é só um pasquim.

    ResponderEliminar
  5. Esta matéria tem potencial suficiente para que o sr. PR - cujo nome é invocado por um adjunto seu e por um jornal instrumental - se pronuncie.

    ResponderEliminar
  6. Afinal não há asfixia democrática. Há é INTOXICAÇÃO DEMOCRÁTICA com o mais alto patrocínio.

    ResponderEliminar
  7. Afinal o zé manel não fez mais do que dar sequência à perda de confiança do seu patrão no governo.

    ResponderEliminar
  8. Ainda vamos descobrir que as inventonas da tvi também têm uma mãozinha por trás...

    ResponderEliminar
  9. o silêncio de belém é ensurdecedor... de intriga.

    ResponderEliminar
  10. Quando um órgão de soberania que deveria estar a cima de qualquer suspeita, inventa coisas para dar corpo ao slogan de uma facção da oposição.
    alguma coisa devem querer esconder.

    ResponderEliminar
  11. Como um jornal se transforma num balde de escarros.

    ResponderEliminar
  12. Isto é que está aqui armado um presépio... nem lhe falta o (a) ou a (o) S. José. O berloque para compor.

    ResponderEliminar
  13. Esta questão é suficientemente grave para ser asfixiada

    ResponderEliminar
  14. A coisa promete. Deveras. A intoxicaçáo democrática deverá ainda produzir mais algumas "pérolas" do género, caso o PSD ache que não consegue ganhar as eleições. Vão ver que daqui a dias é capaz de surgir mais uma insinuação qualquer, uma outra suspeita difusa sobre o piriquito do Sócrates, eventualemente sobre o peixinho vermelho (deveria escrever encarnado para parecer "bem") que o homem nunca teve. Mas há-de surgir uma coisa qualquer! E o PSD irá dar toda a ajudinha possível aos amigos do Bloco, porque eles (PSD) precisam que o Bloco retire votos ao PS para garantirem o regresso deles, PSD, ao poder - cada voto do pessoal socialista ( do PS, entenda-se!) no Bloco é mais uma garantia do regresso da direita à governação - essa é que é essa! Acreditem em mim, que sou também sou uma fonte anónima.

    ResponderEliminar
  15. Não resisti aos cometários no "Público".
    13.09.2009 - 20h27 - Anónimo, Lisboa, Portugal
    Pessoal, bóra lá todos ler a crónica do provedor do leitor! Assim para a gente ter uma ideia do lugar onde esta publicação se encontra relativamente à contenda eleitoral. Vamos lá! Olhem que vale a pena. Mais a mais porque vai ter uma sequela... Isto no PÚBLICO" promete. A não ser que até lá haja uma asfixia informativa. Cumprimentos a todos.

    ResponderEliminar
  16. Está cada vez mais visivel quem é que tem um projecto de poder pessoal... para ajudar a amiga.

    ResponderEliminar
  17. É curioso o silêncio cúmplice que vai perpassando sobre este ataque à democracia.
    Se alguém na presidência tivesse alguma dúvida, poderia ter concretizado um pouco mais.
    Esta sucessão de insinuações e calúnias de toca e foge, mostram bem quem é que está a tentar condicionar (será suspender?) o regime democrático.
    A direita americana tem dado umas lições sobre como se fazem campanhas sujas.

    ResponderEliminar