- “(…) Passos Coelho começou a receber dados que confirmavam a derrapagem e ouvia aquele mesmo diagnóstico de outras pessoas com quem falava e se aconselhava regularmente.
Uma dessas pessoas era Maria Luís Albuquerque. A sua antiga professora na universidade era uma das sete pessoas que trabalhavam no gabinete de liquidez do IGCP. A ligação ao PSD não era segredo e há alguns meses que Maria Luís era deixada à margem das decisões e reuniões mais importantes do instituto. Com Passos ela não podia entrar em detalhes — as regras de confidencialidade não lho permitiam —, mas os dois não deixaram de partilhar as suas preocupações acerca da situação financeira do país.”
- David Dinis e Hugo Filipe Coelho, RESGATADOS — Os bastidores da ajuda financeira a Portugal, p. 87
Competia à Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) apurar as necessidades de financiamento das empresas públicas. Maria Luís Albuquerque, que se havia transferido da Refer para o Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), pôs-se a enviar e-mails para as empresas públicas para recolha de informações sobre as respectivas necessidades de financiamento, não obstante as suas funções no IGCP não terem nada a ver com estas matérias. Este estranho frenesim da Miss Swaps provocou uma reacção do responsável da DGTF, que comunicou a situação ao presidente do IGCP.
Os pedidos de informação às empresas públicas por parte da Miss Swaps aconteceram no período que antecedeu a negociação com a troika. Eis então que, inesperadamente, a Comissão Parlamentar de Inquérito à Celebração de Contratos de SWAPS - Gestão de Risco Financeiro por Empresas do Sector Público se depara com um novo problema: além do envolvimento de Maria Luís Albuquerque na questão dos contratos de swaps, há evidências de que a Miss Swaps terá exorbitado das suas funções, com a agravante de esse extravagante exercício se destinar a outros fins.
Chega-se à conclusão de que David Dinis e Hugo Filipe Coelho, embora aflorem o papel de toupeira de Maria Luís Albuquerque, poderão ter sido muito brandos quanto ao seu alcance.

ResponderEliminarEste David Dinis, agora, muito na moda, também joga para os dois lados.
Aparece com um ar muito certinho e preocupado com o país - como se alguém lhe tivesse pedido os seus préstimos para a governança -, mas não tem qualquer arrojo no tratamento jornalístico, ao contrário de Filipe Santos Costa.
O luminoso Sol bem tenta recuperar, mas assim não vai lá.
David Dinis é mais um prostituto armado en santinho. São do mais perigosos. Falinhas mansas e a redundar ideias de merda. Cada vez há menos porcaria desta a dar a cara pela canalha que desgoverna. O futuro é SEMPRE incerto.
ResponderEliminarEste David Dinis não é o tipo que era assessor de imprensa do Durão Barroso?
ResponderEliminarlaranjinha como o SOl.
David Dinis não joga para os dois lados. É PSD mesmo.
ResponderEliminarE, sim, foi assessor do Durão Barroso. Só não o acompanhou para Bruxelas por razões de ordem familiar.
Chefiava a chamada "secção laranja" do Diário de Notícias.
João A. Figueiredo