quinta-feira, janeiro 21, 2010

Saduceu e o famoso Rafael Marques

• Paulo Pinto, O Achille Lusitano ou O Tempo Não Perdoa (extracto):
    'A obsessão anti-anonimato, essa sim, é ridícula. Primeiro, como se os bloggers tivessem que fazer prova, sabe-se lá com um qualquer atestado (a lembrar outros tempos), para poderem ter voz activa na blogosfera, que é essencialmente um espaço de liberdade, com tudo de bom e de mau que a liberdade encerra e potencia. Talvez alguém venha um dia a sugerir que seja escrutinado o passado de cada um, a sua situação fiscal, os antecedentes políticos, para lhes ser passada carta de blogger. Segundo, porque o próprio Pacheco Pereira deveria, talvez, dizer ao seu alter ego Rafael Marques que há coisas que são por demais evidentes, figuras que são por demais ridículas, encenações que são por demais escusadas.

    O seu mais recente devaneio bilioso diz que "os tempos de Sócrates estão a acabar". Eu, na minha modesta opinião, acho é que os tempos de Pacheco Pereira já acabaram. Só que ele ainda não deu por isso, o que é sempre penoso de assistir. Vive algures no limbo dos dias em que a sua voz era escutada com respeito, quando cantava salmos afinados do alto do púlpito para as massas escutarem com devoção. Isso acabou. Finito. Há pregadores às centenas, alguns com mais fiéis do que o saduceu Pacheco. Mas o referido texto tem outras curiosidades. Nos meus tempos de estudante dizia-se que Hércules tinha um pé em África, outro na Europa e que lavava a genitalia (não era bem este o termo, mas enfim) no Mediterrâneo. Pois eu fiquei a saber que, enquanto membro deste blog, tenho um pé (Pacheco diz que é a cabeça) no BE, o outro (ou "a carteira", segundo afirma) no PS, resta saber onde procedo à tal operação higiénica. E afirma que "pouco prezo" a liberdade, tenho um "enorme fascínio pelo poder" e um "culto da imagem". Sim, eu, que fui fundador de um partido maoísta, deputado e ex-deputado, eminência parda de um primeiro-ministro que governou durante dois mandatos, íntimo dos círculos mais apertados do poder e com tribuna assegurada em várias rubricas televisivas. Não ele. Ele nunca, como é que alguém pode pensar numa coisa dessas?'

1 comentário :

Anónimo disse...

Não o conheço, a não ser daqui do CC, mas também use pseudónimo para redigir estas breves linhas. Conhecerem-me na blosfera, como Margarido Teixeira ou José Silva, é na sua essência, a mesma coisa. Conhecer o dito "coiso", como "genitália", ou como colhões não é a mesma coisa para tão eminente (cabeça) e proeminente (barriga)do Sr. Pereira, porque ele só percebe palavras tecnicamente assertivas e não os tão badalhocos termos da terra que o viu nascer - ele é uma alma pura.
Já vai longe o tempo em que alguém lhe poderia dar auqlquer credibilidade. Ele que se atnha a meditar no "mistério dos votos desviados" e "na asfixia democrática", que nós, os que trabalhamos e penamos para levar a vida com dignidade, não precisamos da sua verborreia bafienta (por muita treta polida que tenha) para perceber o que é a vida. Grandes educadores já a gente teve e para o "peditório dele" a gente não dá.
Margarido Teixeira