segunda-feira, agosto 09, 2010

Leituras [2]

• António Correia de Campos, Parar a História:
    Eis por que é tão importante reformar o Estado Social e ao mesmo tempo defendê-lo.

    Sem ideologia todos nos perdemos, mas como não vivemos dela, temos que reconstruir direitos que as gerações sofridas nos legaram. Eis por que me parece tão censurável a posição dos que pretendem destruir o que a Europa gerou, como a daqueles que se julgam ainda nos anos de ouro do pós-guerra, e que nada aceitam mudar.

3 comentários :

Anónimo disse...

Muito bom artigo!

Anónio Cordeiro disse...

Custa-me compreender a justeza de um estado social em que coexistem vários subsistemas de saúde (que o PS em 2005 prometeu acabar, não o fez e esqueceu no programa de 2009), em que existem portugueses com mais direitos que outros, mas que curiosamente os sistemas que distribuem mais regalias são aqueles que sendo deficitários obrigam depois o estado (isto é, todos nós, mesmo os que não têm os mesmo direitos) a pagar. Não compreendo que o estado (para defender o SNS público…) estabeleça acordos com entidades privadas para tratamento dos seus utentes (como fez Sócrates ao estabelecer acordo da ADSE com o Hospital da Luz) quando tem essas valências no serviço público e o valor dispendido faria muita falta para melhorar o SNS.

António Cordeiro disse...

Não compreendo que se encerrem maternidades referindo a recomendação definida pela Organização Mundial de Saúde, para garantir a segurança das grávidas, de as maternidades realizarem 1500 partos/ano, e depois se autorizem que as maternidades privadas funcionem desde que realizem 156 partos/ano. Em declarações à Lusa em 21.04.2009 (citado nohttp://diario.iol.pt/sociedade/saude-tvi24-estudo-nascimentos-maternidades/1058691-4071.htmll) Álvaro Almeida (presidente da Entidade Reguladora da Saúde), refere vários critérios para o funcionamento das maternidades privadas entre os quais “…a realização de partos com uma frequência mínima superior a três por semana…” (156 partos/ano). Ou seja em Évora onde foi encerrada a maternidade pública, com a transferência das grávidas para Espanha, é possível construir e colocar em funcionamento uma maternidade privada.
Álvaro Almeida referiu ainda que as maternidades privadas apenas necessitam da “…existência de hospital de apoio perinatal a menos de 30 minutos…”. Ou seja, permite que essas maternidades privadas funcionem sem serviço de neonatologia (que tem custos elevados) desde que haja próximo um hospital público que o tenha. Isto é ou não é o suporte de privados com meios públicos,?