segunda-feira, setembro 20, 2010

Portas: — Eu é que sei como se desmantela o Estado Social

        Paulo Portas: "Entram em Portugal produtos asiáticos que concorrem, não lealmente, com produtos portugueses, nomeadamente nos têxteis. Porque é que a fiscalização económica não os fiscaliza? Porque é que a ASAE se preocupou mais com restaurantes e a maçar as pessoas do que a fazer efectivamente fiscalização económica? Se a concorrência é desleal tem de ser fiscalizada".
À primeira vista, parece uma tirada à moda de Jardim. Ou do PNR. Mas Portas é mais subtil (e nem quer ver a ASAE a fazer uma expedição punitiva às fabriquetas nos arredores de Xangai): "A União Europeia e Portugal não devem ser favoráveis à liberalização para países asiáticos ou emergentes se não houver reciprocidade, ou seja não pode haver liberalismo de um lado e proteccionismo do outro". Por outras palavras, "ou é a União Europeia que aceita baixar significativamente as suas exigências relativamente a normas de saúde, ambientais e laborais", ou é preciso "ajudar esses países a subir os níveis de exigência nessas matérias".

A notícia não esclarece qual das hipóteses Paulo Portas prefere, mas, estando a falar no "único salão português da Indústria Têxtil e Vestuário", percebe-se para que lado pende o líder do CDS-PP quanto a "baixar" ou "subir", cá e na Conchinchina, as "exigências relativamente a normas de saúde, ambientais e laborais".

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