segunda-feira, outubro 31, 2005

Juízes em greve: como se faz o desconto no vencimento?

A Associação Sindical instruiu os juízes no sentido de não terem o dever de comunicar a sua adesão à greve. Estando os outros operadores judiciários igualmente em greve, deparamo-nos com esta situação bizarra:

    • Sem se conhecer os mecanismos a que recorreram, uma vez que não havia o dever de comunicação, a Associação Sindical tinha os valores de adesão à greve;
    • Igualmente sem se saber como a obteve, o Conselho Superior da Magistratura também estava na posse de informação sobre a adesão à greve;
    • O Ministério da Justiça, que processa os vencimentos, não dispõe de elementos sobre a adesão à greve (e em muitos casos nunca saberá, porque há juízes que continuam a recusar-se a posteriori a comunicar a sua adesão à greve).

Nós já tínhamos feito referência à possibilidade real de os juízes terem o melhor de dois mundos: aqui e aqui. Agora é o próprio Incursões, blogue ligado à magistratura, que levanta a questão: ‘um privilégio até agora insuspeitado - o "direito" a fazer greve sem perda de remuneração!

Não deveria o Conselho Superior da Magistratura (e a própria Associação Sindical) indicar como pretende assegurar, uma vez que não há o dever de comunicação, que seja efectuado o desconto no vencimento dos juízes que estiveram em greve?

104 comentários :

  1. Isto é que é gente séria... e independente. Desta indepndência é que o Cluny quer.

    ResponderEliminar
  2. Eles não prestam contas a ninguém, não respondem a ninguém e ainda vais preso porque estás a pôr em causa a independência.

    ResponderEliminar
  3. Sou trabalhador independente, mas não tanto como esta maralha.

    ResponderEliminar
  4. Mas não era o Batista Coelho que dizia ao Expresso que o Governo tinha de tirar consequências desta greve?

    ResponderEliminar
  5. Afinal quem é que ofende os Magistrados. Será que eles ficaram mesmo a trabalhar em casa?

    ResponderEliminar
  6. A presidência do Conselho de Ministros, hoje, distribuiu à comunicação social uma nota a dizer que "O Primeiro-Ministro não beneficia dos Serviços Sociais da Presidência do Conselho de Ministros. Na verdade, o acesso aos benefícios dos referidos Serviços Sociais depende de inscrição, sendo que o Primeiro-Ministro não está, nem nunca esteve, inscrito naqueles Serviços, pelo que não é deles beneficiário."

    Pois está bem. Não quer beneficiar, é lá com o nosso primeiro. Será rico, talvez.Mas podia aproveitar...e é aí que reside a questão. E quanto vale o orçamento para os SSPCM? É assim tão pobrezinho, como dizem?!

    Por falar em rico, observem bem estas contas que sairam destas reflexões em verbo jurídico

    Permitam-me os cidadãos livres e independentes pensadores, que lhes chame a atenção para o valor orçamentado para os SERVIÇOS DE APOIO, ESTUDOS E COORDENAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS: €: 2.694.539.529,00. Confesso que, quando vi este número, pensei que fosse um erro ou uma enorme brincadeira de mau gosto. No entanto, não deixa de ser significativo de que a soma de todas as parcelas prevista nos ENCARGOS GERAIS DO ESTADO acabem por dar este valor por certo.
    .
    Agora, e sem analisar os restantes itens, perguntamos:
    1. Mas [o que] fazem estes serviços de apoio ao Conselho de Ministros para terem orçamentado para um ano, quase o valor da construção do aeroporto da OTA?
    2. Qual a riqueza que este organismo do Estado cria anualmente para justificar a atribuição de tal faraónica verba?
    3. Como é possível que um gabinete de apoio ao Conselho de Ministros possa ter um orçamento equivalente à soma do orçamento previsto para a JUSTIÇA e DEFESA NACIONAL?
    3. Então, nós pagamos impostos para sustentar […] tecnocratas que fazem estudos e dão apoio ao Conselho de Ministros ou pagamos impostos para ter Saúde, Justiça, Segurança, etc.?
    4. Será que não haveria uma empresa privada que realizasse os mesmos serviços por um décimo do valor? E que serviços serão estes?
    5. Que país (rico) é este em que o valor orçamentado para a CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR é, no seu conjunto (€: 1.531.793.381,00), escandalosamente inferior ao previsto para os SERVIÇOS DE APOIO, ESTUDOS E COORDENAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS? Isto já para nem comparar com a verba prevista para a CULTURA, uns “míseros” €: 189.705.371,00) …
    ..
    Deixo um desafio, a todos aqueles que nos honram ao ler estas linhas, para analisarem esse mapa com atenção…comparem umas despesas com outras, pois certamente chegarão a brilhantes “pérolas”.
    Quanto a nós, para além destas nossas “descobertas” existe algo que nos preocupa profundamente e que não vem no OE de 2006. Referimo-nos, pois claro, ao SILÊNCIO.
    .
    Em primeiro lugar, silêncio da Oposição, que deveria pedir contas ao Governo dos motivos para que estas verbas estão atribuídas e que só se preocupa em arranjar argumentos que, na nossa opinião e perante estes números, são areia para os olhos dos portugueses. NENHUM partido político, nenhuma bancada parlamente, nenhum deputado, teve o bom-senso de olhar para estes números e perguntar porque os Serviços de Apoio do Conselho de Ministros tem direito a dois MIL milhões e seiscentos milhões de euros para gastar num ano. Daqui se retira que:
    Ou não viram;
    Ou não quiseram ver;
    Ou viram e acharam normal."

    ResponderEliminar
  7. Agora não me acusem de violação do segredo de justiça.
    Consegui surrupiar isto:

    Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente do CSM
    Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal
    da Relação de


    , Juiz Presidente do Círculo Judicial de , vem informar V.ª Ex.ª que neste Círculo Judicial aderiram à greve decretada pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses, nos dias 26 e 27 de Outubro, todos os Magistrados Judiciais.
    Mais informo V.ª Ex.ª que asseguraram a realização dos serviços mínimos os seguintes Juízes:
    Dia 26/10 - Dra. - Juíza do ;
    Dia 27/10 - Dra. - Juíza do ;
    Dia 27/10 - Dr. - Juiz do .

    Com os meus respeitosos cumprimentos
    (Para o CC os cumprimentos da gerência)

    ResponderEliminar
  8. Amizade, pessoal da tasca, pois desejo a todos vós uma Santa Noite, que pelo que se vê a conversa decorre com a elevação que vos é típica.

    Viva a tasca.
    Viva o maldizer.
    Viva a inveja
    Viva Portugal

    ResponderEliminar
  9. E como é feita a comunicação dos grevistas nos tribunais superiores?

    ResponderEliminar
  10. Aqui segue um "maravilhoso naco de prosa", como lhe chama Vasco Lobo Xavier, In Mar Salgado, retirado de um discurso de Alberto Costa, então deputado à AR, num debate parlamentar em 18 de Março de 1993:
    «Contudo, mais grave, Sr. Primeiro-Ministro, é que V. Exª veio falar de obra nacional, mas previamente fez rodear toda esta matéria, com a ajuda do seu Ministro da Justiça, de um intolerável clima de tensão institucional: com o Ministério Público e o Procurador-Geral da República, com os magistrados judiciais (quem o negará?), com a Ordem dos Advogados, que se sente marginalizada (...)! E mais, Sr. Primeiro-Ministro, como é que é possível fazer crer que o Governo interpreta esta obra como uma obra nacional quando fez preceder esta restrita iniciativa (...) da criação de um clima institucional de afrontamento e suspeição em relação aos órgãos independentes de fiscalização do Estado na sociedade portuguesa, nomeadamente a Procuradoria Geral da República e o Tribunal de Contas? Sr. Primeiro-Ministro, qual é a racionalidade política (...) de um comportamento que faz preceder um apelo à cooperação institucional da abertura de um clima de guerra em relação a órgãos independentes, próprio de quem não suporta o controlo prático da democracia?»
    Como comentou Vasco Lobo Xavier, "digam lá que não está giro? Este trecho faz parte de um discurso de Alberto Costa de uma época em que ele, ao que parece, não tinha comportamentos irracionais como os de hoje. Politicamente irracionais, claro".

    ResponderEliminar
  11. Quando se fala de trabalho sacam logo da INDEPENDÊNCIA. Se se fala de dinheiro vem logo o gatilho da INVEJA. Estes tipos são bons.

    ResponderEliminar
  12. Requintados. Ou não fossem uma elite.

    ResponderEliminar
  13. Tribunais superiores?
    Ó pá, estás a gozar, ainda não cheguei lá!

    ResponderEliminar
  14. O comentário de Vital Moreira, até ao momento, sobre a greve dos Juízes é o que se segue:







    Esclarecedor!

    ResponderEliminar
  15. E especialistas a desconversar. Já estão a ver porque é que os processos não dão em nada. Papel atrás de papel, prosa atrás de prosa, provas anuladas, destruídas desconversadas. Fala-se de alhos vêm com bugalhos. Tudo para entreter.

    ResponderEliminar
  16. O assunto é mais sério do que à primeira vista pode parecer: a independência não pode ser instrumentalizada para os fins venais de quem quer que seja.

    ResponderEliminar
  17. Pode-se ter a posição que se quiser sobre a Ota ou outras obras, mas invocá-las quando interpelados para a questão aqui suscitada , não é mais do que atirar poeira para os olhos.

    ResponderEliminar
  18. Quem quer ser respeitado tem de se dar ao respeito. Não quero crer que este seja o retrato da nossa magistratura. É urgente que o assunto suscitado neste post seja urgentemente esclarecido.

    ResponderEliminar
  19. Será que aquela gente do Conselho Superior da Magistratura dá cobertura a isto?

    ResponderEliminar
  20. ____________________________________

    http://vickbest.blogspot.com/

    Blog de um Magistrado do Ministério Público perseguido pelo PGR gato constipado

    ____________________________________

    ResponderEliminar
  21. Nem pensar em descontos. Mesmo em greve, os doutos, estavam em casa a exarar despachos e a ecrever o rascunho daquela sentença que deveria ter sido proferida em 1990...
    Sugiro que o Ministério da Justiça lhes pague os dias de greve e em dobro.
    Viva a independência...

    ResponderEliminar
  22. Já agora, para tudo isto ficar esclarecido seria importante verificar se no tempo do F. Nogueira quando fizeram greve tiveram alguma consequência no salário. Não é por nada, mas apenas para ver se a lei foi aplicada, se isto é tudo igual para todos os trabalhadores e se há algum pingo de ética nesta matéria.

    ResponderEliminar
  23. Temos direito a um esclarecimento e à indignação.

    ResponderEliminar
  24. Será que os plumitivos de sempre acham esta situação normal?

    ResponderEliminar
  25. Conheço juizes que nem um tostão dariam a um pobre quanto mais descontar 2 dias de salário para uma greve !

    Mas lá que fizeram greve fizeram !

    ResponderEliminar
  26. Para o Pacheco isto deve ser só cosmética. Ele agora é só penteados.

    ResponderEliminar
  27. O Cluny lançou um anátema sobre a classe política e qualquer político que se preze deve mostrar bem alto que não é refém de qualquer corporação. Até para afastar de vez a peçonha que ele quis lançar.Gente de bem não se deve encolher perante a insínuação.

    ResponderEliminar
  28. Folha de vencimentos transcrita no 24 Horas!

    É o que eles estão a pedir!

    ResponderEliminar
  29. Será que os Mendes, Pachecos; Fernandes, Delgados, Avilez, Sarsfield,Figueiredos sempre prontos a combaterem o "diálogo" e a pugnarem pela ética ficarão calados e serão coniventes?

    ResponderEliminar
  30. Tens ilusões? Eles têm interesses bem definidos. Se calhar não convém atacar esta elite.

    ResponderEliminar
  31. DEscontar os dias de greve?????
    É já a seguir!!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  32. Não nos desviemos do problema. O que é que está em causa, são os direitos de saúde do pessoal da justiça? Quem tem mais direitos eles ou o Sócrates? Faz-se uma lei e diz-se que o pessoal da justiça tem os mesmos direitos de saúde do Sócrates. ACEITAM? Ficam satisfeitos? Assim não há mais trocas de galhardetes em que se diz que mentiu e a gente fica sempre sem perceber nada.

    ResponderEliminar
  33. Aceitam juizes? E tu Cluny aceitas? Mas antes devolves a casa de Cascais porque trabalhas em Lisboa e ainda perdes a tua independência no meio do trânsito.

    ResponderEliminar
  34. Os juizes não podem ser um estado dentro do estado. Isso era dantes com a pide e os tribunais plenários.

    ResponderEliminar
  35. Tudo isto se resume àquela questão: fizeram greve a 95% (como diz o sindicato) ou ficaram a trabalhar em casa (como diz o CSdosMagistrados). Enquanto a doutrina diverge, eles têm o melhor de dois mundos.

    ResponderEliminar
  36. Se não fosse para rir era para chorar.

    ResponderEliminar
  37. Eu também gostava de saber se quando da outra greve receberam ou não: Até para avalaiar da idoneidade do sistema.

    ResponderEliminar
  38. Estamos mesmo a ver a independência desta gente, sobretudo quando se julgam a eles (aqui já nem se trata de direitos...)

    ResponderEliminar
  39. Por aqui se vê a bandalheira a que chegou a justiça deste pobre país.

    ResponderEliminar
  40. Acho que há muita gente a atirar aos juizes para se esquecer o que vai pela educação.Os professores andam a fazê-las ...

    ResponderEliminar
  41. Miguel tens de voltar à mala diplomática. Aquilo foi forte mas parece que foi uma rapidinha.

    ResponderEliminar
  42. Eles hoje estão a trabalhar em casa.

    ResponderEliminar
  43. O CSM é um órgão de cobertura. Está lá para dar cobertura ... eles nunca faltam ... mesmo quando não produzem ...

    ResponderEliminar
  44. É verdade que o Capucho nomeou o filho? É verdade que o autarca de Évora antecipou a posse? Força neles, Abrantes. E quem souber de outros autarcar deve escrever ao Miguel.

    ResponderEliminar
  45. Da nomeação do capucho não fala o ferandes, o pacheco, o delgado, a avilez e a tropa do costume.

    ResponderEliminar
  46. Não sei qual é o problema. O homem é coerente. Ele sempre defendeu os valores da família.

    ResponderEliminar
  47. O Pacheco agora só se dedica à alta cosmética. Deve ser um novo negócio para as farmácias.

    ResponderEliminar
  48. Acerca das dúvidas relativas ao pagamento dos dias de greve dos juízes, vamos mas pedir um parecer ao insigne jurista JOSE LIMIANO.

    ResponderEliminar
  49. Alguém percebe a razão pela qual o CS de Magistratura não faz um comunicado sobre este assunto ?
    Não percebo.
    Deve ser mais importante a confusão de arguidos ou classificar de massiva a greve. Massivos devem ser também os descontos dos 2 dias de greve a cada juíz e procurador.Aguardamos um esclarecimento.

    ResponderEliminar
  50. Acerca desta matéria o josé do limiano deve estar pensar. Deve vir aí sentença sobre a matéria. E deve ser igual àquelas que dizem que não pagam imposto sobre o subsídio de renda de casa ou como à outra que diz que são independentes para umas coisa e subordinados para outras. Quem pode pode.

    ResponderEliminar
  51. Porque é que os funcionários públicos querem ser todos diferentes um dos outros ?

    Pensava que o estatuto que os diferenciava era o chofer e, na falta deste, o carro topo de gama.

    Uns cagões pagos por mim que não têm onde cair mortos.

    `*as armas !! às armas !!

    contra estes cagões

    marchar, marchar

    Leprosos, pindéricos que vivem à custa do estado porque não tinham categoria para serem advogados de pretígio. Engasgados, corruptos, viciados do poder que nem sabem validar uma escuta telefónica.

    Não há uma INSPECÇÂO para entalar gajos que até vivem no meio de usurários a quem pedem uns milhares emprestados e depois deixam arrastar as letras de favor eternamente ? As reformas das letras são feitas com informações priviligiadas para os leilões.

    E são estes gajos que um dia para deliberarem por uma idemnização que eu tinha direito demoraram OITO ANOS ?

    ResponderEliminar
  52. Inspecção ? Ah,Ah, Ah ! E a autonomia e independência! Mas o Miguel Abrantes tem toda a razão: já que o venerando CSM nada diz, aqui fica repto ao Ministro da Justiça: os dias de greves dos magistrados vão ou não ser descontados dos seus vencimentos, tal como é feito a todo e qualquer trabalhador dependente ? E como foi na greve anterior ? É do interesse público que isto sej esclarecido.

    ResponderEliminar
  53. Aquela figura que apareceu no Prós e Contras que se intitulava juíz do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior de Magistratura é que é a 4ª FIGURA DO ESTADO ?
    Agora percebo o estado da justiça. Caquética, tremeliquenta, engasgada, com paragens cerebrais.
    Será que o homem não pertencia aos trbunais plenários ?

    ResponderEliminar
  54. O Cluny deve saber a resposta. Ou o Coelho.

    ResponderEliminar
  55. Abrantes, podes esperar sentado....

    ResponderEliminar
  56. Mais um posto pertinente com a qualidade e a seriedade a que o CC já nos habituou. Cada vez gosto mais da blogosfera. Põe o dedo na ferida, o que os jornais não fazem?!

    ResponderEliminar
  57. SE DESCONTASSEM OS DIAS DE GREVE, NA PRÓXIMA NEM 10% FAZIAM GREVE.

    ResponderEliminar
  58. QUEREMOS SABER SE LHES VÃO SER DESCONTADOS OU NÃO OS DIAS DE GREVE.
    Sindicatos dos Magistrados, então e que tal porem nos Sites um comunicado sobre isto? Todos sabemos que os juízes cumprem as leis, a começar pelas fiscais.

    ResponderEliminar
  59. Ao meu escritório ainda não chegou nenhum despacho daqueles que foi feito no dia da greve.

    ResponderEliminar
  60. Os gajos hoje estão como normalmente a fazer o trabalho da ponte em casa

    ResponderEliminar
  61. Meus amigos, eles estão agora a aproveitar os períodos normais de trabalho (não hoje, porque há ponte, nem amanhã porque é feriado) para fazerem esses célebres despachos.

    ResponderEliminar
  62. Chega de paciência: depois desta greve, ninguém vai olhar para os juízes da mesma maneira.

    ResponderEliminar
  63. E se o Costa arranjasse uma casa ao Cluny mais próximo do tribunal dele, ele já podia chegar mais cedo ao emprego e perder menos tempo no trânsito de Cascais.

    ResponderEliminar
  64. É claro que ficava chateado pá. Estavam-lhe a ir à independência.

    ResponderEliminar
  65. Mas se calhar o Cluny ainda recebe ajudas de custo para fazer a viagem todos os dias. Sim porque nos de greve vai a Genebra.

    ResponderEliminar
  66. Esta história de receberem pelos dias em que estiveram em greve é inacreditável. Estou indignada.

    ResponderEliminar
  67. A independência dos tribunais não pode ser desviada para dar cobertura às faltas dos magistrados.

    ResponderEliminar
  68. Assim seria, se não fossem os próprios julgadores.

    ResponderEliminar
  69. Eu quero é ver os despachos proferidos pelos Juízes na passagem de ano do Castelo de Frontenac, Canadá, na passagem do ano organizada pelo Sindicato. Sim, porque eles trabalham sempre nas férias, são os próprios a dizê-lo.

    ResponderEliminar
  70. Blogue de cadastrados é isso que vocês são.

    ResponderEliminar
  71. NOTA DA DIRECÇÃO NACIONAL

    21 de Outubro de 2005


    Assunto: Não há dever de comunicação da adesão à greve


    Caros associados:


    Na sequência de vários contactos, questionando-nos sobre se há ou não o dever de comunicação da adesão à greve aos Senhores Presidentes da Relação ou Presidente do CSTAF (no caso dos TAF), a DN da ASJP, após apreciação da questão, tomou a posição seguinte:


    - O n.º 1 do art.º 597.º do Código do Trabalho, dispõe "A greve suspende, no que respeita aos trabalhadores que a ela aderirem, as relações emergentes do contrato de trabalho, nomeadamente o direito à retribuição e, em consequência, desvincula-os dos deveres de subordinação e assiduidade".


    - Isto significa que em relação aos Juízes que aderirem á greve ocorrerá a suspensão da relação jurídica, com os efeitos referidos na norma, " (..) nomeadamente (..)o dever de assiduidade".


    - Por conseguinte, quando alguém adere à greve está a abster-se de prestar a sua actividade a coberto da suspensão do dever de assiduidade, do qual está desvinculado, situação juridicamente diversa da falta ao serviço, que só se verifica enquanto exista o referido dever de assiduidade;


    - Consequentemente, sem prejuízo do entendimento pessoal de cada um dos associados, consideramos que não há o dever jurídico de realizar tal comunicação, prévia ou mesmo posterior, por não se aplicar o art.º 10. n.ºs 1 e 5 do EMJ; aliás, comunicar seria até contrariar a essência da greve e o princípio de livre adesão a qualquer momento;


    - A comunicação poderá apenas ter utilidade, mas enquanto acto voluntário e não dever, nos caso em que seja a única forma de demonstrar a adesão à greve, por exemplo para quem esteja colocado em Tribunais Superiores e a os dias de greve não coincida com os dias da sua sessão nesse tribunal.


    As nossas melhores saudações associativas,


    Pela Direcção Nacional
    Jerónimo Freitas

    ResponderEliminar
  72. Isto por aqui é tudo gente boa e muita inteligente...
    O que vale é que, mais tarde ou mais cedo, todos vão sentar-se lá no lugar que lhes compete

    ResponderEliminar
  73. Enquanto este pessoal não se senta no banco dos réus, os magistrados poderiam fazer os descontos por terem feito greve .

    Isso é que lhes ficava bem.

    ResponderEliminar
  74. Permitam-me os cidadãos livres e independentes pensadores, que lhes chame a atenção para o valor orçamentado para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenação da Presidência do Conselho de Ministros: €2.694.539.529,00. Confesso que, quando vi este número, pensei que fosse um erro ou uma enorme brincadeira de mau gosto. No entanto, não deixa de ser significativo de que a soma de todas as parcelas prevista nos Encargos Gerais do Estado acabem por dar este valor por certo.

    Agora, e sem analisar os restantes itens, perguntamos:

    1. Mas [o que] fazem estes serviços de apoio ao Conselho de Ministros para terem orçamentado para um ano, quase o valor da construção do aeroporto da OTA?
    2. Qual a riqueza que este organismo do Estado cria anualmente para justificar a atribuição de tal faraónica verba?
    3. Como é possível que um gabinete de apoio ao Conselho de Ministros possa ter um orçamento equivalente à soma do orçamento previsto para a JUSTIÇA e DEFESA NACIONAL?
    3. Então, nós pagamos impostos para sustentar […] tecnocratas que fazem estudos e dão apoio ao Conselho de Ministros ou pagamos impostos para ter Saúde, Justiça, Segurança, etc.?
    4. Será que não haveria uma empresa privada que realizasse os mesmos serviços por um décimo do valor? E que serviços serão estes?
    5. Que país (rico) é este em que o valor orçamentado para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é, no seu conjunto (€1.531.793.381,00), escandalosamente inferior ao previsto para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenaçào da Presidência do Conselho de Ministros? Isto já para nem comparar com a verba prevista para a CULTURA, uns “míseros” €189.705.371,00) …

    Deixo um desafio, a todos aqueles que nos honram ao ler estas linhas, para analisarem esse mapa com atenção… comparem umas despesas com outras, pois certamente chegarão a brilhantes “pérolas”. Quanto a nós, para além destas nossas “descobertas” existe algo que nos preocupa profundamente e que não vem no OE de 2006. Referimo-nos, pois claro, ao Silêncio.

    Em primeiro lugar, silêncio da Oposição, que deveria pedir contas ao Governo dos motivos para que estas verbas estão atribuídas e que só se preocupa em arranjar argumentos que, na nossa opinião e perante estes números, são areia para os olhos dos portugueses. Nenhum partido político, nenhuma bancada parlamente, nenhum deputado, teve o bom-senso de olhar para estes números e perguntar porque os Serviços de Apoio do Conselho de Ministros tem direito a dois MIL milhões e seiscentos milhões de euros para gastar num ano. Daqui se retira que... Ou não viram, Ou não quiseram ver, Ou viram e acharam normal.

    ResponderEliminar
  75. Os Srs. Magistrados não fizeram greve aos descontozinhos na CP.
    Assim era vê-los a viajar em Classe Conforto, nos Alfa Pendular, sem pagar um tostão!
    Não é ficção, é mesmo verdade, os Srs. Magistrados não pagam bilhete quando viajam na CP, pelo que só escolhem o do melhor.
    Viva a República.

    ResponderEliminar
  76. Qual banco dos réus vocês vão é sentar-se no banquinho do castigo. Daqueles que tê um buraco no meio, proprio para as vossa qualidades e o 1º à espera de levar também.

    ResponderEliminar
  77. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  78. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  79. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  80. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  81. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  82. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  83. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  84. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  85. Porque é que os coitadinhos haviam de descontar? Então eles não recebem nos outros dias em que também não fazem nada?

    ResponderEliminar
  86. O Abrantes tem cá um lápis azul.É o direito à opinião no seu estado puro. Só conta a que é consentida.
    Qual fascismo, viva o Abrantismo, viva a democracia à PS

    ResponderEliminar
  87. Não pagam na CP, não pagam nos médicos, não pagam nos hospitais, não pagam o IRS do subsídio de residência, reformam-se e mantém as regalias, não descontam o dinheiro dos dias de greve. Um escândalo. Que moral, que ética, para aplicar a justila e o direito ao POVO e em nome do POVO.

    ResponderEliminar
  88. Miguel Abrantes, se os cortes aos comentários visam toda a ordinarice que já tenho visto em algumas caixas, então tem o meu inteiro apoio.
    Aprecio este blog, que pretende esclarecer de uma forma séria, ainda que com algum humor, e é com estranheza que vejo alguns comentários do mais ordinário possível e com insinuações torpes.
    Tem todo o meu apoio e justificação para retirar esses nacos de prosa miserável.

    ResponderEliminar
  89. Já repararam no nível de alguns comentários quando estão em causa os magistrados? Nada comparado quando os visados são outros corpos. Quererá isto significar o nível a que chegou esta classe de privilegiados?

    ResponderEliminar
  90. Está ao nível das insinuações e suspeitas que o Cluny levantou, embora não tenha cobardemente assumido. Qualquer Governo que se preze tem obrigação de afrontar determinadamente os privilégios desta gente para demonstrar que não é seu refém. O que a princípio era uma questão de equidade, passa a ser uma questão de dignidade.

    ResponderEliminar
  91. As reformas na área da Justiça devem ser mais profundas. Deve sobretudo avançar-se para um sistema de avaliação que não seja a palhaçada do CSM.

    ResponderEliminar
  92. Se o Alberto Costa quer acabar com as greves tem que lhes fazer o descontozinho no ordenado !
    Custe o que custar!
    Nunca mais se metem noutra. Eles gostam mais de dinheiro que macaco de banana.

    ResponderEliminar
  93. A magistratura é muito exigente. Deveria ser-se muito rigoroso e aplicar a sanção de demissão nos casos de flagrante incompetência.

    ResponderEliminar
  94. Vejo gente a rir do facto dos juizes não fazerem os descontos que a lei obriga. Eu acho isto monstruoso do estado a que isto chegou. Depois admirem-se .....

    ResponderEliminar
  95. Não deviam parar de falar nesta vigarice até se saber se os juizes fizeram descontos por causa da greve.

    ResponderEliminar
  96. Aguardamos todos que o Coelho da Associação, e o Costa da Justiça nos garantam e nos demonstrem que os Senhores Juízes descontaram no vencimento os dias de greve. Se assim não for, é uma vergonha nacional. Dos juízes e do Governo.

    ResponderEliminar
  97. Eu tambem estou mortinho por saber se vao ser ou nao descontados os dias de greve dos Exmos:Srs:Magistrados da Naçao.

    ResponderEliminar
  98. Sim,porque com o valor dos descontos dos dias de greve dos "95%"(???) de Srs:Magistrados,provavelmente se adquiriam alguns meios tecnicos para os tribunais, sempre com vista a acelerar os processos que se vao arrastando eternamente...

    ResponderEliminar
  99. Queremos saber !!!!!!!!!!!!

    ResponderEliminar