Ora o Orçamento do Estado para 2006 (p. 8) prevê o fim deste negócio absurdo. A intermediação financeira entre o Estado e as farmácias será efectuada em novos moldes — prevendo a proposta de lei o recurso aos procedimentos legais para a contratação a que os organismos do Estado estão obrigados. É evidente que o recurso a estes procedimentos estimulará a concorrência e, provavelmente, será uma forma de reduzir os encargos do Estado.
Qual não é o espanto quando hoje lemos no Diário Económico que o ‘coordenador dos deputados social-democratas para a Saúde, Carlos Miranda, argumenta que “a ANF não está a exercer nenhuma intermediação financeira, porque só há sobretaxa de 1,5% quando o Estado demora mais de cinco meses a pagar. Isto é que representa uma intermediação financeira e não acontece desde que o anterior Governo solidificou a dívida”. De resto, Carlos Miranda entende que “o acordo é extremamente vantajoso para o Estado”, porque “há um perdão de juros, há uma consolidação da dívida e uma dilatação do prazo de pagamento”.’
A posição do PSD, ou melhor, do “coordenador dos deputados social-democratas para a Saúde, Carlos Miranda”, é tão anacrónica que custa a acreditar que alguém com elevadas responsabilidades políticas se atreva a defendê-la.
Sabendo que as farmácias constituem um lóbi poderoso, é lícito questionar:
• Quantos deputados têm relações (de propriedade) directas ou indirectas com as farmácias?
• Quantos deputados têm avenças directas ou indirectas com a ANF (ou com alguma das empresas por si participadas)?
• Quantos deputados elaboraram pareceres para a ANF?
NOTA DE ESCLARECIMENTO — Fugimos aqui no blogue dos partidos como o diabo da cruz. Por uma única razão: se há questão que justifica um pacto de regime é exactamente a da luta contra as corporações e os lóbis. Neste sentido, temos evitado tomar posição sobre matérias que possam dividir todos aqueles que vêem com bons olhos a denúncia das corporações e dos lóbis.
É este um blogue apartidário? É, mas não se coíbe de denunciar os partidos quando estes se transformam em porta-vozes dos interesses dos lóbis. É o caso do PSD, ou melhor, do "coordenador dos deputados social-democratas para a Saúde, Carlos Miranda", ao tomar partido pela ANF quando esta recorre a todos os expedientes para não perder os seus intoleráveis privilégios.
O Marques Mendes precisa que alguém lhe pague as campanhas.
ResponderEliminaro pantano
ResponderEliminarPê-Esse-me que sim que o "Miguel" é muito independente - até ataca o Constâncio...!
ResponderEliminar"Privilégios e conversa-fiada
HÁ DIAS, num almoço em que eu estive e que juntou várias pessoas de diferentes idades e profissões, a conversa recaiu no assunto das «regalias e privilégios»; todos achavam que, na sociedade portuguesa, a maior parte devia ser abolida.
Deixei-os falar e, por alturas da sobremesa, resolvi tirar o assunto a limpo, interpelando um-por-um.
Como já esperava, constatei que, de uma forma ou de outra, TODOS os presentes - mas TODOS! - beneficiavam de alguma forma de privilégio, ou até de vários:
Uns trabalhavam poucas horas, outros ganhavam muito, outros tinham um número de dias de férias exorbitante, outros reformavam-se muito cedo, outros podiam faltar muito, outros ainda tinham serviços de saúde especiais, etc, etc.
Evidentemente, todos consideravam justíssima a sua situação - pensando o oposto da dos restantes!
Mas o cerne do problema é outro:
A ideia de agitar os «privilégios injustificados» (nomeadamente dos funcionários do Estado - juízes, funcionários judiciais, militares, professores, forças de segurança, enfermeiros, etc.), atiçando "o povão" contra quem os tem, pode ser muito eficaz, mas omite um aspecto importante:
É que eles não caíram do céu - houve alguém que os deu.
Seria, pois, MUITO interessante que, ao mesmo tempo que essas regalias são questionadas, ficássemos a saber quem foram os responsáveis por elas existirem.
Que governos? Com o apoio de que partidos?
Palpita-me que as respostas a estas perguntas nos trariam saborosas surpresas..."
in http://sorumbatico.blogspot.com/2005/11/privilgios-e-conversa-fiada.html
"O velho truque do polícia
ResponderEliminarO TRUQUE é velho e existe desde que no mundo há agentes-da-autoridade:
Cena 1:
A - Com ou sem razão, um polícia interpela um cidadão, acusando-o de uma irregularidade qualquer.
B - Este, indignado, refuta a acusação.
C - Não querendo ser desautorizado, o cívico atira-lhe, então, com a velha acusação:
D - «O senhor está a chamar-me mentiroso!»
E - A partir daí, o incauto só tem de escolher entre duas acusações...
Cena 2:
A - Com ou sem razão, o Governo acusou os juízes de terem férias a mais, de quererem estar acima da lei, etc.
B - Esta semana, no VII Congresso dos Juízes Portugueses, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, indignado, refutou essas acusações.
C - Não querendo ser desautorizado, o Governo atirou-lhe, então, com a velha acusação:
D - «...acusações com a gravidade das que foram proferidas, de que o Governo mentiu...»
E - A partir daqui, só temos de sorrir..."
in http://sorumbatico.blogspot.com/2005/11/o-velho-truque-do-polcia.html
Parece que a intermediação financeira da ANF é um pouco mais complexa do que o mero pagamento dos medicamentos.
ResponderEliminarO homem deve-se chamar Carlos Miranda Cordeiro Freire.
ResponderEliminarPor mim estou esclarecido. Isto é o que se chama os deputados a porem o interesse público à frente dos interesses corporativos... Descaradamente.
ResponderEliminarA litlle off topic, mas que dá que pensar:
ResponderEliminarGRIPE DAS AVES: Querem assustar a
população. PORQUÊ???
PORQUE usaram para estimativa do numero de baixas (40 milhões)
causadas por uma Pandemia a Pandemia de 1918 que ocorreu sob os efeitos da 1ª
Guerra Mundial com a população enfraquecida pela Fome e pela Tuberculose, sem
Hospitais capazes, sem Medicamentos e com condições de Higiene que não eram
minimamente comparáveis ás de hoje em dia???
E não a Pandemia de 1968 a ultima do século 20 que aconteceu em
condições piores mas muito mais próximas ás de hoje em dia e na qual as baixas
não ultrapassaram 2.5% (1 milhão) das da Pandemia de 1918??
Ou ainda a Pneumonia Atípica (SARS) em 2003 cujo Vírus o
Coronavírus passou com facilidade de homem para homem e se espalhou
rapidamente desde a China para os Estados Unidos, Canadá, França, Grã-Bretanha, Austrália etc. numa Pandemia que se espalhou por todos os Continentes em três meses e não causou mais de 774 baixas???
PORQUÊ tendo aparecido o primeiro surto do famoso H5N1 em aves de
Hong-Kong em 1997 só quando apareceram algumas aves contaminadas na Rússia
este Verão de 2005 passados 8 anos é que foi lançado o alarme de Pandemia??
Será porque o vírus se aproximava da Europa onde há Dinheiro para
medicamentos e na Ásia não havia???
PORQUÊ na semana seguinte ao anuncio de que o fabricante do famoso TAMIFLU tinha assinado acordos para sub licenças para produção nos Estados
Unidos, apareceu um senhor a dizer que os Estados Unidos não estavam
minimamente preparados para a Pandemia, e logo de seguida o senhor Bush
anuncia uma verba monstruosa para se prepararem e comprarem TAMIFLU???
PORQUÊ praticamente só se fala no TAMIFLU e se ignora os outros
antivirais que existem???
PORQUÊ o fabricante do TAMIFLU só podia entregar as quantidades
encomendadas em 2007 e depois do anúncio de que os Chineses já tinham
descoberto um medicamento semelhante já podia entregar no primeiro trimestre
de 2006???
PORQUÊ este vírus H5N1 é sempre nomeado como altamente perigoso
para o homem se na Ásia desde 1997 até hoje 8 anos, no meio de uma população
de 4 mil milhões de pessoas e mais de 120 mil milhões de aves domésticas que
convivem intimamente e em condições sanitárias deploráveis, causou 60 baixas e
outras doenças que causam números arrepiantes de baixas não são consideradas
todos dias como altamente perigosas??? por exemplo:
Causas de Morte Mortes por Ano
Sida 3 Milhões
Malária 1 Milhão (2000 crianças por dia)
Cancro (EU-15) 750.000
Doenças Coração (EU-15) 425.000
Diabetes (EU-15) 50.000
Acidentes Transito (EU-15) 45.000
Infecções (EU-15) 30.000
Gripe Comum (Portugal) 2000 a 3000
SERÁ que rendimentos de cerca de 1500 milhões de Euros até ao fim
de 2005 com o TAMIFLU, já anunciados pelo seu fabricante e uma subida de 50%
na bolsa das acções dessa empresa, justificam que se ande a assustar as
pessoas para provocar uma corrida ás farmácias e a compra de um medicamento
que até à 6 meses atrás era um fracasso comercial e que o mais provável é que
não venha a servir para nada, justifica tudo isto???
PAREM COM ISTO! JÁ CHEGA!
Recebido por mail. Dá que pensar, de facto!!!