sexta-feira, dezembro 02, 2005

Planos Poupança-Reforma – o Robin dos Bosques não mora no Terreiro do Paço

O fisco anda endiabrado. O leitor que se cuide: Amaral Tomás, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ainda aparece em sua casa para lhe tributar o património que esconde debaixo do colchão. É verdade que Tomás está entre a espada e a parede: por um lado, encontrou uma administração fiscal em cacos; por outro lado, é imperioso catar todas as fontes de receita. Mas parece esquecer-se que há leis a cumprir e que o exercício da política exige bom senso.

Há tempos, atafulhou as repartições de finanças de velhinhos que investiram as suas economias numas acções da EDP, obrigando-os a pagar coimas de valor superior ao dos dividendos que não haviam, por mero desconhecimento, declarado para efeitos fiscais.

Agora prepara-se para penhorar os PPR aos contribuintes com dívidas. Os fiscalistas estão de cabelos em pé: — São créditos indisponíveis!, sustentam, sem que Tomás se deixe comover. Se a moda pega, depois de rapar o tacho dos regimes voluntários de reformas, Tomás ainda se atira aos descontos obrigatórios para a segurança social. Os que tiverem meios, hão-de impugnar; os outros concluirão que não é o Robin dos Bosques que mora no Terreiro do Paço.

ADENDA — O Jornal de Negócios refere-se — hoje, 5 de Dezembro — à situação que descrevemos: Administração Fiscal está preparada para penhorar contas e planos poupança.

15 comentários :

  1. Ó Abrantes, este post é contra alguma corporação?

    ResponderEliminar
  2. Estarás por acaso a defender algum devedores?

    ResponderEliminar
  3. Foram-te a algum PPR, Abrantes.

    ResponderEliminar
  4. Não estarás a falhar o alvo? Ou é só para despistar?

    ResponderEliminar
  5. Talvez com a receita arrecadada dê para pagar o papel higiénico, esferográficas, etc, que os próprios funcionários das finanças têm que levar de casa porque a verba se esgota logo à 2ª ou 3ª ida à casa de banho.
    Estes senhores senhores se olhassem mas era para o rendimento médio declarado de profissões liberais como médicos, engenheiros, dentistas, arquitectos, etc e não fizessem vista grossa aos 500-600 euros que constam nas estatísticas.... mas é mais fácil actuar sobre os pequenos.

    ResponderEliminar
  6. O Amaral Tomás sempre foi do PSD e anda a ver se enterra este governo. É verdade a história das acções da EDP. Em Moscavide a fila dos velhotes, dava três voltas ao quarteirão: Houve pessoas que só ao 3.º dia foram atendidas.

    ResponderEliminar
  7. Oh abrantes muda de assunto, que os juizes disto não sabem boi .

    ResponderEliminar
  8. O Tomás tem aquele ar de merceeiro da esquina mas está sintonizado com as mais modernas doutrinas neoliberais. E vota Cavaco a brincar.

    vejam n' O Jumento

    jumento.blogdrive.com

    ResponderEliminar
  9. A política fiscal é um assunto demasiado sério para ser entregue a fiscalistas ... neo-liberais.

    ResponderEliminar
  10. Quem deve ao Estado que pague.
    Senão pagou voluntáriamente, isso tem um nome - caloteiro.
    Então, se tem meios para liquidar a sua divida, muito bem faz o Estado em lhe cativar esses meios.
    Os "Xicos espertos" tem que acabar de vez. Lá diz o velho ditado - quem não deve não teme. Para quê dar cobertura aos caloteiros ?
    Sejamos honestos, não utilizemos o funil por um dos lados que nos interessa.

    ResponderEliminar
  11. Esse Américo Tomás logo no dia da tomada de posse disse mais baboseiras num minuto do que qq SEAF anterior na vida .

    ResponderEliminar
  12. PPR penhorados? não brinquem comigo, isso é ilegal!

    ResponderEliminar
  13. Caro Amigo que " Ó Abrantes, este post é contra alguma corporação? "

    Nem queira saber o que é a corporação que domina a DGCI. Atravessa os partidos... Dou-lhe um exemplo: o Director de Finanças de Lisbooa é do PSD, foi chefe de gabinete de DIAS LOUREIRO e nomeado para Lisboa no tempo do PS e reconduzido agora porque o Tomás lhe deve uns favores...

    ResponderEliminar
  14. O Amaral Tomás vai concerteza cair em cima dos magistrados e dos diplomatas. Ninguém aceitaria que ele fecharia os olhos para poupar os poderosos.

    ResponderEliminar