Errar acontece. Mas formar uma opinião a partir de um erro de base é mais complicado. Foi o que aconteceu com o Miguel, quando escreve:
O Miguel confundiu duas realidades distintas. Por um lado, há a liberalização da propriedade das farmácias, o que nós sempre defendemos. Essa liberalização será condicionada por vários factores, relativamente aos quais nos pronunciaremos no fim-de-semana.
Mas podemos adiantar que nos parece adequado que a abertura das farmácias tenha de preencher determinados requisitos técnicos, a avaliar através de concurso público. Muito embora qualquer empresa tenha “como fim último [há outro?] a obtenção de uma determinada taxa de rentabilidade dos capitais investidos”, uma farmácia não é uma mercearia ou uma loja de trapos. É a saúde das pessoas que está em causa.
Por outro lado, os hospitais públicos, como já o defendemos no CC, vão passar a contar com farmácias de venda ao público, funcionando 24 horas por dia e 365 dias por ano. Serão obviamente prejudicadas as farmácias localizadas numa zona próxima dos hospitais. Não nos parece que seja posta em causa a liberalização da propriedade se as farmácias que se situem em locais próximos dos estabelecimentos de saúde públicos — e só estas — tiverem um “estatuto preferencial” a ter em conta na atribuição das concessões das farmácias — e apenas relativamente a este aspecto — a criar no interior dos hospitais.
Esperamos ter desfeito a confusão.
Mas podemos adiantar que nos parece adequado que a abertura das farmácias tenha de preencher determinados requisitos técnicos, a avaliar através de concurso público. Muito embora qualquer empresa tenha “como fim último [há outro?] a obtenção de uma determinada taxa de rentabilidade dos capitais investidos”, uma farmácia não é uma mercearia ou uma loja de trapos. É a saúde das pessoas que está em causa.
Por outro lado, os hospitais públicos, como já o defendemos no CC, vão passar a contar com farmácias de venda ao público, funcionando 24 horas por dia e 365 dias por ano. Serão obviamente prejudicadas as farmácias localizadas numa zona próxima dos hospitais. Não nos parece que seja posta em causa a liberalização da propriedade se as farmácias que se situem em locais próximos dos estabelecimentos de saúde públicos — e só estas — tiverem um “estatuto preferencial” a ter em conta na atribuição das concessões das farmácias — e apenas relativamente a este aspecto — a criar no interior dos hospitais.
Esperamos ter desfeito a confusão.
O meu amigo não deve estar a ver bem a questão.
ResponderEliminarNão seja ingénuo.
Sem liberalização da instalação - ou pelo menos sem um aumento muito significativo da abertura de Farmácias - as Farmácias não saírão das mãos dos Farmacêuticos.
A não ser que lhes paguem muito bem...
PS-Se o Miguel quiser arranjo-lhe uma, mas terá que pagar mais 50% que há um mês atrás.
lol lol lol
No fundo, no fundo, muita parra e pouca uva, engana o menino e papa-lhe o pão.
NOVO “REGIME DE CONDICIONAMENTO RECONHECIDAMENTE ANACRÓNICO”:
ResponderEliminar1) Nenhum proprietário pode ter mais de 4 farmácias (o que pode ser problemático para os proprietários com menos sobrinhos e primos e irá colocar à prova a criatividade dos redactores de acordos parassociais);
2) Novas licenças sujeitas a regime de concessão pelo Governo através de concurso público (boa ideia para aplicar também aos consultórios médicos, às sapatarias, às clínicas e aos laboratórios de análises clínicas, aos balcões bancários, e aos restaurantes e cafés; pensávamos que o requisito do director técnico licenciado em farmácia seria suficiente; mas afinal há mais Leões e Ponces ao cimo da Terra !);
3) Preferência dada aos proprietários de farmácias vizinhas nas concessões das farmácias nos hospitais (o novo jogo da sorte e do azar geográfico: és dono de farmácia próxima de hospital ? SORTE a tua; és dono de farmácia longe de hospital ou em localidade onde não há hospital ? AZAR o teu).
A. Bramão e H. Ramos:
ResponderEliminarFaça como eu, leia jornais, consulte a Lusa, ouça ou veja as notícias e os debates parlamentares, pesquise, trabalhe, estude, investigue. A ANF, por exemplo, publicou no seu site um comunicado. V. foi lá lê-lo?
Cumprimentos do
(nome lá em cima)
Mário de Sá Peliteiro:
ResponderEliminarEu não deitaria foguetes se fosse farmacêutico. No entanto a ANF não perdeu tudo. Vamos ver...
Vamos vêr.
ResponderEliminarÁ partida, as futuras farmacias deverão ser atribuídas a organismos de caracter social, como sempre tenho aqui defendido, já no tempo do Botas, havia os dispensários, mutuas, misericordias, mas como de um momento para o outro passamos a ser um País rico (de malandros) foi um fartar, vilanagem.
As farmacias podem devolver os medicamentos que não vendam, o consumidor pode deitar fora caixas e caixas de medicamentos para o lixo.
Tambem sou de opinião que façam farmacias para os ricos, mas quem é pobre vai ás tais farmacias do bairro.
Ou menos dêem-nos essa alternativa