A verdade é que havia diversos sinais que indiciavam estarem reunidas as condições para uma alteração profunda da regulamentação da actividade das farmácias:
• A opinião pública estava suficientemente esclarecida acerca da natureza obsoleta dos privilégios dos proprietários das farmácias (que faziam sentido numa época em que os farmacêuticos manipulavam e fabricavam os medicamentos);
• O Orçamento do Estado para 2006 (art. 8.º) retirara à ANF o “monopólio” na intermediação financeira dos pagamentos do Serviço Nacional de Saúde;
• A Autoridade da Concorrência fizera uma recomendação nesse sentido, fundamentada num estudo encomendado à Universidade Católica;
• A situação actual, em que se antevia que algo iria acontecer, tornara a situação complicada no seio da ANF, na qual surgiam vozes a pôr em causa a (in)capacidade de João Cordeiro (v.g., a alienação de farmácias caíra a pique);
• A vontade do Governo em mudar “um regime de condicionamento reconhecidamente anacrónico e que perdurou tempo de mais” também deve ter contado alguma coisa.
ANF, 1 – GOVERNO, 0.
ResponderEliminarCordeiro, 1 – Sócrates, 0.
jcd, 2 – “Miguel”, 0.
O Insurgente, 4 – CC, 0.