“Estes três casos bem recentes mostram que o estado em que se encontra a justiça portuguesa não é apenas de inoperância, descrédito e insensatez. Não resiste sequer a esse agente terrivelmente mortífero que é o ridículo. Mas não será também irresistivelmente ridículo e até já grotesco o que se passa com o "Envelope 9" - para além da entrevista surreal de Souto Moura ao Expresso -, o esvaziamento do "Apito Dourado" - onde não faltou sequer um parecer providencial do constitucionalista Gomes Canotilho -, ou ainda o arquivamento do processo contra o anterior presidente da Câmara de Cascais, decidido com argumentos caricatos por um magistrado cujos envolvimentos políticos são pelo menos nebulosos? E que dizer, enfim, dos inúmeros conflitos que se vêm revelando entre magistrados, inspectores e agentes da PJ (que vão do "Apito Dourado" à Casa Pia)? Neste ambiente insano e caótico, de manicómio em autogestão, quem é responsável pelo quê e quem assume responsabilidades? Aqui, porém, já passamos da farsa à tragédia. É que não há Estado democrático digno desse nome com uma justiça que não inspira respeito, não merece credibilidade e corre agora o risco de prestar-se à gargalhada nacional. Será esse o modelo que Alberto João Jardim não desdenharia importar para a Madeira?”
Vicente Jorge Silva revela aqui um conhecimento profundo dos problemas judiciários e da Justiça em geral.
ResponderEliminarTão profundo, pelo menos, quanto os que já revelou como cineasta.
Mais um cromo, para a colecção.
Pois sim !!
ResponderEliminarNão gostam ?? Comam menos
Não é verdade ?? É
Aguentem
Venham mais
Ultimamente tem sido bastante proveitoso o embate
Dói que se farta
Já chega de incompetência
Até penso que estão a gozar com isto
É que se não estão é grave
No Diário de Notícias, escreve Vicente Jorge Silva, a propósito de um afamado Acórdão:
ResponderEliminar"o Supremo Tribunal de Justiça considerou lícito e adequado o comportamento de uma responsável por um lar de crianças deficientes mentais, acusada de maus tratos a vários menores".
Escreve, ainda, este jornalista, sobre outro caso mediático:
"a Relação do Porto decidia mandar a julgamento uma mulher que roubara quatro queijos de vaca num supermercado. (...) a mulher fora perdoada pelo supermercado (...)".
Talvez não faça grande diferença para o articulista, mas fá-la-á, certamente, para as intervenientes nos casos, esclarecer que a arguida no primeiro processo mencionado cumpre actualmente uma pena de 18 meses de prisão, suspensa por 1 ano, pelo comportamento que Vicente Jorge Silva diz ter o Supremo considerado "lícito e adequado".
No segundo processo, não consta do Acórdão da Relação do Porto que tenha havido qualquer desistência de queixa por parte do lesado.
Usurpando o mote da GLQL, é caso para dizer que Vicente Jorge Silva "não deixa que os factos lhe estraguem um bom artigo de opinião".
Publicado por Paulo Ramos de Faria no dia 31.5.06
Como um não especialista nestas matérias, até posso admitir que estes factos evocados pelo VJS estão empolados ou mesmo ligeiramente distorcidos. Agora o que o que é certo é que algo vai muito mal na justiça em Portugal.
ResponderEliminarAF - Regionalização
.
Não é «algo que vai mal na Justiça em Portugal».
ResponderEliminarPelo descrito, pelo que vemos e ouvimos, é o sector Justiça que está podre.
Nada de extraordinário no reino. Afinal como quase todo o resto.
Estranho, seria haver um sactor muito saudável perante o magnífico «estado da Nação», com uma banca-rota garantida no geral.
Qual Justiça, qual carapuça... o melhor que os portugueses poderão fazer é ficar de olho nisto... http://today.reuters.com/news/newsarticle.aspx?type=scienceNews&storyid=2006-05-26T125537Z_01_N25318587_RTRUKOC_0_US-SCIENCE-INVISIBLE.xml&src=rss
ResponderEliminardado que os tios e tias políticos já o são... INVISÍVEIS!!!
:)))
Não era este papagaio que falava de " tralha Guterrista "?
ResponderEliminarAgora, deve estar à espera de algum osso...
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