A palavra aos leitores – Noronha, Jardim, Cluny…

Reproduzem-se extractos de e-mails que três leitores nos enviaram:

1. "(…) E quando, com base num manifesto corporativista e exclusivamente centrado na defesa e expansão dos privilégios de classe, um sindicalista dos sete costados alcança o topo da magistratura, o que é que isso diz do nosso sistema de Justiça? (…) E que Democracia é esta em que a quarta figura do Estado é escolhida em círculo fechado e de forma totalmente endogâmica?"

2. (…) "A Madeira tem já um PIB per capita superior à média nacional, tem um sistema fiscal particularmente vantajoso, tem até o seu próprio paraíso fiscal, etc. Ainda precisa da caridade do Continente? Ressalvados os custos da insularidade, por que é que a Madeira há-de continuar sentada à mesa do Orçamento, quando são cada vez menos os comensais?

As transferências do Orçamento podem justificar-se por motivos de coesão territorial, correcção de desequilíbrios e equidade. Mas nenhum desses motivos se aplica ao caso da Madeira (…). Assim sendo, o que é que o dr. Alberto João Jardim pretende? Que os pobres continuem a pagar para os ricos? Que aqueles que já têm uma carga fiscal mais pesada suportem ainda os gastos daqueles que pagam menos impostos? Era o que mais faltava! O dr. Alberto João Jardim bem pode espernear à vontade porque, desta vez, ao que parece, ninguém vai ceder – e bem – à sua chantagem do costume…"

3. "(…) O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público voltou a demonstrar a sensatez da frase que serve de epígrafe ao Câmara Corporativa. Em editorial lançado ontem, o SMMP chamou cães de guarda aos directores do Público e do Diário de Notícias, mostrando bem que o Ministério Público é o bastião da liberdade de expressão e imprensa desde que “eles”, os jornalistas, não se metam com os Magistrados do Ministério Público. Parece que o respeitinho é bonito e os senhores magistrados do SMMP gostam bastante. Do que não gostaram foi de ouvir umas quantas verdades."