quinta-feira, novembro 16, 2006

Wrestling de regresso ao Parque Mayer





Maria José Nogueira Pinto e Paula Teixeira da Cruz eram aliadas, Carmona Rodrigues era o delfim de Santana Lopes. Se as relações humanas fossem previsíveis, era de esperar que reinasse a concórdia e escorresse o mel no relacionamento entre estas personagens. Mas não é bem assim.

Santana, hoje, em entrevista a Judite de Sousa, depois de sublinhar que a sua popularidade está a subir desde que o removeram de São Bento (como seria possível baixar?), veio confirmar que nem tem palavras para falar da cruel traição de Carmona. Chamou-lhe, no mínimo, cuco, por se ter apossado de um ninho que ele próprio havia construído, derrotando a terrível coligação PS-PC.

Por sua vez, o relacionamento entre Zezinha e Paula Teixeira da Cruz faz lembrar insistentemente aquelas degradantes lutas na lama de que os americanos tanto gostam — e que enchiam o Parque Mayer em meados do século passado. Odeiam-se fidagalmente. Agora conseguiram rebentar com a coligação PSD-CDS.

É certo que ambas as autarcas querem o bem-estar da população de Lisboa. O problema é que não estão de acordo quanto ao método a seguir. Tanto é assim que estou convencido que a modesta Paula se dispõe a fazer o sacrifício de se candidatar à presidência da câmara daqui a algum tempo. Financiamento para a campanha não lhe faltará — mesmo que tenha o atrevimento de dizer heresias sobre o aborto.

Em todo o caso, está encontrada a forma de viabilizar o Parque Mayer sem ceder às incomportáveis exigências de Frank Owen Gehry. O wrestling está de volta ao Teatro Maria Vitória.

11 comentários :

  1. Ó Miguel, a Paulinha candidata à CML? Francamente, é uma afirmação de muito mau gosto!

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  2. Este Santana não me diz nada, quem é ele?

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  3. O Carmona é bom, mas não é poliico. A Paula tem ambição e está lançada.
    Mas bom, bom é esta frase "...sua popularidade está a subir desde que o removeram de São Bento (como seria possível baixar?)" :D

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  4. Senhor Dr. Miguel Abrantes

    O seu amigo Dr. Coutinho Ribeiro, do 'Anónimo', chama-lhe a atenção para a circunstância de ser bacorada escrever que a Zezinha e a Paulinha se odeiam "fidagalmente" ... Tratando-se, obviamente, de lapso, há que corrigi-lo (art.º 667.º, do Código de Processo Civil), antes que transite ...

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  5. Ó Miguel, deve ser do meu machismo, por muito democrata que seja, mas aonde mete mulheres, é de um gajo fugir.

    Quem ganhou com isto foi o Gary Cooper, rodeado de indios acaba por casar com o cavalo

    Ze Bone

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  6. eu não chemei atenção para bacorada nenhuma. Chamei a atenção para o um erro de escrita, como gosto que façam comigo quando me acontece. Frequentemente, aliás.

    Coutinho Ribeiro

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  7. Uma enorme trapalhada!
    Não andará por ali uma mãozinha de Marques Mendes?
    Ouvi para aí um zumzum !!!

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  8. Caro Coutinho Ribeiro:

    O Dicionário de Morais e a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira aceitam as duas formas: figadal e fidagal. Optei pela forma popular. Pareceu-me mais adequada. Agradeço o alerta, que eu também seria tentado a fazer em circunstâncias idênticas.

    Um abraço

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  9. Caro Miguel Abrantes:
    Tal como já respondi no Anónimo, não sabia dessa dupla forma. Não peço desculoa, porque não fiz por mal. Limito-me a agradecer o esaclarecimento.
    Um abraço - Coutinho Ribeiro

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  10. Caro Coutinho Ribeiro, eu teria feito exactamente o que fez. Por isso, só tenho de agradecer a sua preocupação. Mas obrigou-me esta noite a voltar-me para trás e tirar das prateleiras dois volumes pesados (Enciclopédia e Morais)...

    Um abraço,

    Miguel

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  11. ... em todo o caso, a "opção pela forma popular" ocorreu 'antes' da trabalheira de se voltar para trás e tirar da prateleira a sabedoria da enciclopédia ...

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