segunda-feira, dezembro 11, 2006

O cacique insular, na sobriedade do dia seguinte [2]


Alberto João Jardim desafiou o presidente da República a demiti-lo e a convocar eleições na Madeira. Parece que o doutor Cavaco Silva se limitará a mordiscar, com um vigor imperceptivelmente maior, uma fatia de bolo-rei.

A Alberto João resta, então, o jogo interno no PSD. Mas o jogo é fraco. Marques Mendes procura, à falta de outros argumentos, notabilizar-se na luta contra a corrupção, o nepotismo e o baronato político. Pode Alberto João contribuir para esse peditório? É verdade que já vimos coisas muito extravagantes, mas a sua colaboração com as autoridades judiciárias para descobrir e punir esquemas de ilegalidade na Madeira seria uma contradição nos termos.

Aliar-se à oposição interna a Marques Mendes, actualmente encabeçada por Luís Filipe Meneses, não daria nenhum fruto imediato e nem sequer seria uma táctica segura (como reagiria Meneses?).

É provável que Alberto João tenha chegado ao fim da linha.

1 comentário :

  1. Pois o Alberto João pode dizer como o Fidel Castro:
    Anunciaram tantas vezes a minha morte que um dia eu morro e ninguém acredita...
    Ou como o outro que reagiu assim à notícia da sua morte:
    Foi uma notícia ligeiramente exagerada

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