terça-feira, janeiro 30, 2007

Ribeiro e Castro, o malthusiano


Afinal, o personalista transfronteiriço Ribeiro e Castro “virou” malthusiano. Explicando-se aos órgãos de comunicação social, fez constar que é contra a interrupção voluntária da gravidez, durante as primeiras dez semanas, por iniciativa da mulher, porque quer que a população portuguesa aumente. Aqui está como um beato personalista se transforma num patriota malthusiano.

É claro que, se Ribeiro e Castro fosse chinês, concordaria com o aborto até ao nono mês, para combater o sobrepovoamento. Desta forma, o ainda presidente do CDS revela uma curiosa coincidência com a política de natalidade do estalinismo, que apenas proibiu o aborto em nome da necessidade de fazer crescer a população. Não é de admirar — les beaux esprits se rencontrent.

[Publicado originalmente no Sim no Referendo]

3 comentários :

  1. Malthus assegurava que a situação de miséria seria provocada pelo crescimento da população, por isso alegava ser necessário conter a explosão demográfica. Este pensador social compreendia a miséria como um obstáculo positivo ao crescimento populacional, indispensável para estabelecer um equilíbrio entre população e os meios de alimentação. Outros obstáculos são sugeridos por este autor, como a restrição prudencial ao casamento, o vício; o incremento da taxa de mortalidade. O crescimento demográfico é muito mais rápido que a produção de alimentos.

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  2. Continua com a burrice Miguel! Que Deus o guarde porque dos indigentes é o reino dos céus!"Porra" que você não desiste com a amostra de estupidez asnática!Combata com inteligência não com ofensas porque cada vez mais se parece com determinados "boys" assalariados da FP.que quando não têm argumentos, avançam para a ofensa! Parece que cada vez mais a "sua" guerra contra os juízes, foi encomendada tal como um "escrevinhador" chamado João Coito, no tempo da "Velha Senhora"!A táctica é bastante semelhante!

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  3. O que o Miguel escreveu tem toda a logica, ou melhor, faz a interpretação de outros sociologos, por exemplo - quando Malthus diz: - Mas separar a procriação e satisfação sexual é (considera) como absolutamente condenavel - (vai na linha do Morgado, quando dizia que o coito é para ter filhos.

    Henri Denis, em "historia do pensamento economico" na IV EDIÇÃO DE 1982,na pag 313, observa - Isto (HDenis) permite pensar que as teses de Malthus estão ligadas a uma certa interpretação do cristianismo

    Malthus diz - Parece altamente provavel que o mal moral seja absolutamente necessário à produção de excelencia moral

    HDenis observa - É o pensamento de um Padre cuja teologia é submetida a rude prova pela filosofia das luzes e que não encontra outros meios para manter a sua cofiança na moral tradicional senão acentuando o pessimismo ate ao absurdo

    Ma mesma edição na pag 315.

    Pelos vistos, o Miguel tem razão,nem precisava que lho dissessem, não há nada melhor que aconselhao o sindefer de rever a materia.

    Uma coisa é o que Malthus constata, outra coisa, é o que defende - são coisas diametralmente opostas.

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