domingo, julho 22, 2007

A democracia segundo Mendes

O (ainda) líder do PSD gosta da democracia, desde que não seja muito participada. O raciocínio é simples: a democracia é tão boa, tão boa, que não deve ser mal empregada. Para 20 mil, está bem — para mais, começa a ser perigosa.

Esta democracia limitada começa, no entanto, a desagradar aos companheiros de Mendes. O companheiro Menezes já fez notar que há mais democracia no Benfica, no Sporting, no CDS e até, pasme-se, no PS. Sim, no temível PS, onde, de acordo com Mendes, campeia o autoritarismo, todos podem votar para escolher o líder.

Mas Mendes é teso e não cede. A democracia só é boa enquanto lhe garante a vitória. Adversários como Aguiar Branco ou Menezes são incómodos e o melhor é desencorajá-los de se candidatarem. Adversários razoáveis são aqueles militantes ignaros como um tal Castanheira de Coimbra. De vitória em vitória… Mendes tem o futuro traçado.

5 comentários :

  1. """Mas Mendes é teso e não cede"""

    Sonabilus risus

    Ze Boné

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  2. Para onde vai mendes? Quem com ele corre? Eu acredito que ganha, eu quero que ele ganhe....assim será mais....fácil a vitoria dos democratas de abril.
    Socrates, é o máximo, consegue por estes politiquinhos da esquerda á direita em pé de guerra.

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  3. Em consequência da profunda crise de liderança e de identidade que o afecta, o PSD entrou decididamente em fase de radicalização maoista, ao votar isoladamente contra ao novo regimento da AR proposto pelo PS, que aumenta os direitos parlamentares da oposição -- e por isso foi apoiado por todos os outros partidos de oposição --, incluindo a duplicação dos debates com o primeiro-ministro, sendo os novos debates iniciados pelos partidos da oposição.
    O PSD votou contra todo o regimento por discordar da solução de que a abertura desses novos debates seja decidida por sorteio!
    Assim se faz oposição entre nós...

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  4. A oposição tipo bota-abaixo não dá
    resultado. Será que esta gente ainda não aprendeu nada ou a sede de poder só dá para fazer asneiras.A malta já não é tão tola como parece.

    Manuel António

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  5. Oh Miguel Abrantes,

    A democracia é tão boa quanto a liberdade de expressão... desde que nos seja favoravelzinha, n'est ce pas, Miguel Abrantes ?

    A vossa sorte é que "a malta é mais tola do que parece"...

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