domingo, dezembro 23, 2007

Em defesa do aumento do salário mínimo nacional (SMN) [3]

Os economistas (e os investigadores em biotecnologia) não gostam, em regra, de preços fixados fora do mercado. A única excepção é o SMN. Envolve poucos riscos de fazer perigar a saúde da economia (obviamente dentro de limites). O principal risco a evitar é que contagie os aumentos salariais no resto da economia.

É particularmente eficaz em países de baixo desemprego estrutural e/ou que operem próximo da taxa de desemprego natural. Os aumentos devem ser balizados entre a taxa de inflação (em anos de recessão) e toda a taxa de crescimento nominal da economia (quando a taxa de desemprego baixar dos 6 por cento).

Em situações de pleno emprego, o empresário enfrenta a seguinte opção:

    • Investir em capital e novos processos e métodos de gestão; ou
    • importar mão-de-obra disponível a vir para Portugal com o nosso SMN (Brasil, Roménia, Bulgária).

É preciso mexer nos preços relativos de forma a tornar a primeira opção mais atractiva, pois é esta que permite um aumento da riqueza disponível por habitante. É importante evitar o erro cometido quando Portugal estava em pleno emprego a partir de 1998/9.

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