“O protelamento das dívidas à CP, pela concessão de benefícios no transporte ferroviário, de montante muito significativo, por parte das entidades oficiais responsáveis pelo seu pagamento, tem constituindo um forte constrangimento à empresa sobretudo no contexto da difícil situação financeira que a mesma tem vivido, em nada contribuindo para a sua solução.
De acordo com um conjunto de diplomas legais, os funcionários e titulares de órgãos de soberania e de cargos públicos de entidades, serviços e organismos oficiais beneficiam de transporte ferroviário gratuito ou bonificado, este último consubstanciando-se numa redução das tarifas em vigor. A obrigatoriedade de prestação do transporte gratuito ou bonificado ao pessoal pertencente aquelas entidades depende de apresentação, pelos beneficiários, de documento apropriado que possibilite a contabilização, por parte da CP, dos encargos daí decorrentes.
É evidente que esta imposição para a CP, terá de ter uma contrapartida pecuniária. Assim, a empresa cobrará das entidades responsáveis o preço correspondente ao transporte, de acordo com as tarifas em vigor, ressarcindo-se do custo efectivamente suportado.
Se com a generalidade das entidades às quais incumbe pagar o custo efectivo do transporte à CP, tudo corre dentro da normalidade, o mesmo não se pode dizer no que concerne aos elementos das Forças Militares e Militarizadas e outros titulares de cargos públicos no âmbito do Ministério da Justiça, já que, nestes casos, os valores em dívida à CP atingem (…) elevados montantes (…).”
ADENDA — A propósito do que é dito na caixa de comentários, sugiro a leitura de um post que escrevi há mais de dois anos: Lotação esgotada.
Não percebi nem a notícia nem o comentário.
ResponderEliminarFiquei com a vaga sensação de que ficou convencido que está a ser posta ordem em alguma coisa, e que ficou contente com isso.
Não sei porquê...
Não há borlas a pessoas: o direito a transportes gratuitos está previsto em diversas leis.
O governo pode sempre revogá-las.
Quanto à contabilização do prejuízo da CP ou do Metro, é tudo muito relativo: os combóios não deixam de fazer a viagem, com mais ou menos dez funcionários...
E antigamente não tinha de haver compensações porque os transportes eram todos do Estado e o Estado não tinha de se compensar a si próprio...
Já os gastos dos srs deputados com viaturas que lhes são atribuídas, combustível, cartões de crédito, secretárias pessoais, assessores, etc..., coisas a que a generalidade dos magistrados não têm direito - a não ser quando saem dos tribunais e vão para os Ministérios -, esses gastos já não são prejuízo para o Estado.
ResponderEliminarEssas contas aqui o lacaio do Abrantes não faz...
Já agora era bom sabermos para quem são as outras "borlas", de 14,8 milhões de euros.
ResponderEliminarA forma como o último anónimo coloca as "borlas" é, no mínimo, falaciosa.
ResponderEliminarSaberá, o dito, quantos lugares a CP deixou de vender em classe EXECUTIVA, por exemplo às quintas-feiras no serviço Alfa Pendular, para que os outros ditos possam vir SEM PAGAR, aumentando o défice das contas e aquilo que todos (pelos vistos só alguns de nós) pagamos a mais no IRS, quando as contas deveriam ser transparentes entre Ministérios e prestadores de sserviços ?
Como já se percebeu sou ferroviário, logo como quero manter o meu emprego em tempo de bruxas, fico-me helás pelo anonimato.
... não estou a perceber a coisa !...
ResponderEliminar... Então, quem tem estado a pregar o calote à C.P. são as pessoas que têm direito ao transporte, ou os Serviços que têm a obrigação de o pagar ?
... E, até aqui, os bilhetes não eram entregues mediante exibição do 'cartão' do Serviço, ou eram atirados ao ar, a ver quem os apanhava ?
Não, os bilhetes não eram entregues mediante a apresentação de qualquer cartão. bastava apresentar a credencial do serviço. e agora não sei, mas tempos houve que qualquer assistente universitário, das universidades publicas, tinha direito a viajar de borla em executiva. mesmo que só fosse para ir visitar a namorada...
ResponderEliminarPeço desculpa ! Não tinha dado conta de, no post, se fazer referência aos 'assistentes universitários' ...
ResponderEliminar(já agora : a 'credencial do serviço' não chegava para identificar o Serviço devedor ?)
OsAcho mal que se façam reservas e não se utilize o lugar para viajar.
ResponderEliminarA reserva deveria ficar sem efeito se o bilhete não fosse adquirido até um determinado prazo limite.
Deve acabar-se com os abusos não com o direito.
Se vamos a discutir direitos ou privilégios é melhor começar por ver quanto custa cada político ao país (incluindo autarcas) e comparar com o que custa cada magistrado.