quarta-feira, fevereiro 20, 2008

O Zé explica aritmética à Zita

            “(…) Era como se uma empresa com 100 trabalhadores, despede 90, admite 10, e o Senhor Primeiro-ministro diz muito contente: — Criei 10 postos de trabalho. Isto é tentar enganar os portugueses (…).”

              Zita Seabra, comentando para a SIC a entrevista de Sócrates na segunda-feira


O Zé, esse mesmo, ficou conhecido por ser íntimo de Durão Barroso, e, por isso, ganhou uma certa afeição por Zita Seabra, uma indefectível apoiante de todos os líderes do PSD. Quando a viu a fazer aquela triste figura na televisão, o Zé enviou-lhe lá da aldeia uma carta para a ajudar a aplicar as operações básicas:

    Companheira Zita,

    Vi-a na TV e folgo em saber que parece cada vez mais jovem. A fuga do cativeiro, como a daquela moça da Áustria e a da outra do Brasil, fez-lhe bem. Pareceu-me no entanto algo angustiada com a minha situação e a dos outros Zés. Agradeço-lhe que aí em Lisboa zele por nós, mas, embora a situação seja de facto difícil, não é caso para estar tão angustiada.

    Faça comigo as contas, Companheira Zita, e verá que há uns sinais de que a situação pode estar a melhorar. Olhe lá para isto devagarinho:

    Aqui a nossa aldeia tinha, em 2006, 100 pessoas em condições de trabalhar (acho que vocês aí lhes chamam activos). Desses, cinco (5) estavam desempregados.

    Façamos a primeira conta: a taxa de desemprego é de cinco por cento (5%). Companheira Zita, chega lá através de duas operações básicas: divide 5 por 100 e, depois, multiplica o resultado por 100. Está a acompanhar o raciocínio?

    No ano seguinte (2007, o saudoso ano do referendo), não morreu ninguém cá na terra, felizmente. Mas houve várias circunstâncias que contribuíram para alterar o número de pessoas dispostas a trabalhar:

      • Houve 10 jovens que acabaram o 12.º ano e começaram a procurar emprego;
      • Fechou uma empresa (que resolveu mudar-se para a Roménia, sem que a Companheira Zita tivesse procurado fechar as fronteiras para a impedir de zarpar), atirando para o desemprego seis (6) pessoas, que, por acaso, são família chegada cá do Zé;
      • Nem tudo é mau, porque outras 14 pessoas cá da terra conseguiram emprego numa fábrica que foi inaugurada em 2007.


    Está preparada, Companheira Zita, para fazer mais umas contas? Vamos a isso, então, passo a passo:

    Se se recorda, havia 5 desempregados em 2006. A estes, há que juntar os 10 jovens que concluíram os estudos e estão à procura de emprego, bem como as 6 pessoas que trabalhavam na empresa que foi “deslocalizada”. A fazer fé no Prof. Ambrósio, que me ensinou as quatro operações básicas, teremos 7 pessoas desempregadas.

    Já estou a ver a Companheira Zita a empertigar-se e, esticando o dedo, questionar: — Como assim, ó Zé?

    Ai Companheira Zita, e então os 14 trabalhadores, que, entretanto, arranjaram emprego na fábrica que abriu, não são gente? Veja lá a conta: 5+10+6-14 = 7.

    É claro que a taxa de desemprego aumentou para 6,4 por cento [Companheira Zita, já sabe: divide 7 por 110 e, depois, multiplica o resultado por 100].

    Mas a verdade é que foram criados 8 postos de trabalho, porque inicialmente estavam empregadas 95 pessoas (100-5) e agora têm trabalho 103 pessoas (110-7).

    Ou seja, foram criados 8 postos de trabalho em termos líquidos (perderam-se 6, mas ganharam-se 14). É este o fenómeno de que dá conta o INE. Não há contradição entre aumento de taxa de desemprego e aumento do emprego líquido.

    Companheira Zita, quando tiver dúvidas, se não quiser esclarecer-se com os companheiros Menezes, Santana ou Ribau, não hesite em emailar cá para o Zé. Agora já cá temos a banda larga, como sabe.

    Ao seu dispor,

    O Zé


PS — Sugere-se a leitura do post Coisas que convém saber de João Pinto e Castro, que sintetiza o que está em causa na questão do (des)emprego.

46 comentários :

  1. Por acaso não tinha percebido a mecânica. Obrigado pelo esclarecimento.

    ResponderEliminar
  2. Concordo em parte com o moinas do Abrantes e do seu amigo Zé. Esqueceu-se que muito do desemprego de licenciados se deve à Independente, nem todos se chamam Varas ou Pinto de Sousas. Outros também estão desempregados porque através do recurso às Novas Oportunidades subiram de categoria e os lugares na protecção civil e cargos de chefia para não licenciados não chegaram para todos, etc...
    Abrantes, vai dar banho ao cachorro ...

    ResponderEliminar
  3. Mas a Zita saberá fazer regras de três simples ?
    É que lá na antiga URSS acho que só estudou materialismo dialético e mesmo assim chumbou.

    ResponderEliminar
  4. muito teorico !!

    dê os seguintes dados :

    -qual era o numero de pessoas empregadas em 2005

    -qual é o numero pessoas empregadas no final do ano de 2007


    e para bater certo o seu racicionio , tem que haver mais 95000 pessoas empregadas do que no ano de 2005!

    quem faz um post como o que você fez , deve ter estes dados ?

    ResponderEliminar
  5. Bem, em resumo, o que isto quer dizer é que esta é uma promessa muito menos relevante do que se atribui, mas que tem ocupado bastante a comunicação social. Bullshit. Os meus parabéns.

    ResponderEliminar
  6. Estes sócretinos pensam que as pessoas são estúpidas, mas não são... E muito menos gostam de ser tratadas como estúpidas. O cinismo e a má-fé com que os sócretinos (a começar pelo Vital Moreira e passando por este Abrantes) defendem que o seu mestre mentiroso está a cumprir a sua promessa de criar 150000 empregos mete nojo: é um insulto a todos aqueles que estão desempregados, e que estando viram as condições para se ter direito ao subsídio de desemprego tornarem-se ainda mais restritivas.
    O número prometido não tem qualquer significado se não for relacionado com a taxa de desemprego, com aquilo que «verdadeiramente» se pretenderia combater. Até porque era essa taxa que «escandalizava» o mentiroso com preocupações sociais (ou o Abrantes já se esqueceu disso?), e não o facto de não se criarem 150, 200 ou 300 mil empregos! O que a promessa prometia (passe a redundância) era, portanto, a diminuição do desemprego e não a criação de emprego que não tem contribuido para diminuir a taxa de desemprego. Diga-se também que o emprego criado é principalmente emprego precário e pouco qualificado. Em compensação o número de desempregados licenciados aumentou 63%. Leu bem: 63%! Portanto, sócretinos, tenham um pouco de decoro, calem-se e deixem-se de manipulações! Não gozem com a vida das pessoas!!

    ResponderEliminar
  7. E A MALTA QUE EMIGROU PARA ESPANHA ANGOLA E OUTROS PAÍSES ESTES NÃO CONTAM?????????????????????????????????????????????????????????????? SÃO MILHARES POIS CÁ OS UNICOS EMPREGOS QUE APARECEM SÃO NOS HIPERMERCADOS E CENTROS COMERCIAIS. jorge lemos

    ResponderEliminar
  8. Segundo dados do INE (Estatísticas do Emprego) a população empregada era de 5130000 no final do 3º T de 2005 e de 5188200 no final de 2007. Ora, vamos ver, isto dá uma "criação de emprego" de cerca de 58200 e não 94000 na legislatura, dê-se a volta que se der... A não ser que os restantes 35800 estejam por preencher, o que, com uma taxa de desemprego historicamente alta (a que corresponderá uma procura de emprego historicamente alta), parece pouco provável.

    ResponderEliminar
  9. Ainda há alguém que consegue falar com a Zita. Ainda há heróis!

    ResponderEliminar
  10. É conveniente não esquecer que:

    1. Os que procuram o 1º emprego não figuram como desempregados dado que nunca tinham estado empregados.

    2. Ciclicamente enviam os desempregados para cursos de formação. Nessa fase não são incluídos nas estatísticas do desemprego. Curiosamente, ou não, isto sucede sempre antes de qualquer amostra estatística.

    3. Os desempregados de longa duração, aqueles que por variados motivos não conseguem colocação, são pura e simplesmente "deletados" dos cadernos do desemprego.

    É ainda + conveniente não esquecer que:

    1. Estamos fartos de demagogia.

    2. Consegue-se enganar muita gente durante muito tempo. Não se consegue enganar toda a gente durante todo o tempo.

    3. Não há pior "filhaputice" que tentar fazer-nos crêr que somos todos totós e vocês uma quadrilha de iluminados.

    4. Não governam o País por mérito próprio. Governam por demérito dos outros.

    ResponderEliminar
  11. Fantástico. Um tipo que se dá ao trabalho de escrever isto, tentando encobrir o chefe, tem mesmo que ser assessor.

    ResponderEliminar
  12. Lendo o anónimo de "Qua Fev 20, 09:57:00 PM" só posso concluir que o Zé é mais estúpido que a companheira Zita pois, se tivesse enviado 20 "companheiros de viagem" para a formação profissional, a taxa de desemprego seria muito inferior e a sua "demonstração" muito mais convincente !!!

    Pena não ter vomitado a "posta" só depois de ler o comentário...

    EhEhEhEhEhEhEhEhEhEhEhEhEhEhEhEh !...

    ResponderEliminar
  13. Pois é; eu se tivesse o seu jeito para a escrita cómica dedicava-me à escrita ... cómica e deixava-me de contas para as quais não tem, manifestamente, jeito.

    A primeira taxa de desemprego não é 5% mas sim 5.9% e a última não é 6.7% mas sim 16.9%.

    Já agora, mexendo naqueles 14 COGUMELOS (que é o que devem ser), olhe, podemos ter, por exemplo .... tudo o que nos apetecer: taxa a subir, taxa a descer, taxa igual.

    É cómico sim senhor, mas além de que não sabe fazer contas, quis dizer o quê??

    Eu adivinho: quer dizer que domina a "técnica"; debita-se uns números ao calhas e o pessoal (não vou dizer o substantivo colectivo) vai atrás.

    ResponderEliminar
  14. Chegámos ao ponto em que estar de acordo com o~Governo merece logo um epíteto. É a chamada ditadura invertida.

    ResponderEliminar
  15. tá mal, tá mal, tá pior: a primeira taxa é afinal 16.6%.

    uau! dá para tudo.

    ResponderEliminar
  16. ..."Chegámos ao ponto em que estar de acordo com o~Governo merece logo um epíteto. É a chamada ditadura invertida."

    Isso só para o vosso lado !

    ResponderEliminar
  17. fdx! os asssssessssores não disfaraçam nada!

    ResponderEliminar
  18. óh Zé,
    ainda bem que estás feliz.
    Deve ser porque não és nenhum dos cinco desempregados de 2006 e também não és nenhum dos dois que se lhes juntaram em 2007.
    O outro Zé, que antes de ser primeiro assinava projectos como se fosse, garante-te o ganha pão como "xplikador" dos burros que lhe garantem a ele os votos.
    Haja alguém feliz neste país tristonho.

    ResponderEliminar
  19. Agora fico a saber porque é que no PPD as contas são mal feitas e dão buraco.
    É a fuga ao fisco;
    É a corrupção com a somague, etç;
    São os numeros da Zita.
    Com esta gente no poder este país vai retroceder 100 anos.

    ResponderEliminar
  20. Caro Tric:


    Os dados que pretende saber são os seguintes:

    2005-1T - 5094,4

    2007-4T - 5188,2

    ResponderEliminar
  21. Ah e o post que aconselha "Coisas que convém saber" é também muito bom sim senhor; deve fazer uso da mesma aritmética.

    Diz ele: "P: Para concluir: o que é mais importante destacar, o aumento da taxa de emprego ou o aumento da taxa de desemprego?

    R: Ambos os indicadores são importantes"

    Bom, eu pensava que indicavam ambos a mesmíssima coisa. Isto é: se a 100 subtrairmos uma devemos encontrar a outra não??

    Não há-de faltar muito quem apareça a demonstrar que a um aumento da taxa de emprego corresponda um AUMENTO da de desemprego.

    Eu não acredito em bruxas, mas enfim, há que diga o contrário.

    ResponderEliminar
  22. Miguel Abrantes

    apesar de eu não gostar nadinha dos xuxas Abortistas ,e nem imagina o que me custa dizer isto,mas tenho que concluir, que segundo esses dados , foram criados realmente 93 mil novos empregos !

    mas o primeiro ministro limitou-se a dizer o numero que um modelo economico estimou com base no crescimento previsto! ou seja o meu credito todo , vai para o modelo economico ....

    ResponderEliminar
  23. Pois, a falcatrua colou.

    tric; se foram criados 95000 empregos E a taxa de desemprego aumentou, o número de desempregados aumentou mais de 95000, não??

    ResponderEliminar
  24. foram criados mais 95 000 mil empregos em relação ao que existia no 1T de 2005 ! isso é verdade , há que reconhecer !! como tambem há que reconhecer que

    "Quando Sócrates alega que está prestes a cumprir a promessa dos 150 mil empregos apesar de o desemprego ter aumentado, está a reescrever a posteriori o que efectivamente prometeu e a defraudar os seus eleitores. Como é evidente, se no momento em que fez a promessa Sócrates tivesse dito que a criação de 150 mil empregos seria acompanhada pela criação de mais de 150 mil desempregados muitos não teriam votado nele. Sócrates está-se a tentar aproveitar e a tentar retirar mérito de um fenómeno natural em economia. Se o número de trabalhadores disponível expande é natural que o número de empregados aumente. Os novos trabalhadores criam a procura necessária para sustentar os novos empregos."

    os modelos economicos tambem estimam o numero de desempregados ...

    ResponderEliminar
  25. João Miranda
    http://blasfemias.net/2008/02/20/os-150-mil-de-promessa-por-cumprir-a-fraude-politica/

    ResponderEliminar
  26. http://quartarepublica.blogspot.com/2008/02/os-pontos-nos-iis-sobre-o-emprego.html

    ResponderEliminar
  27. Cá está: se houvesse mais licenciados em Portugal, mesmo que desempregados, não se perderia tanto tempo com estas discussões de mercearia...


    Porque o que ninguém sabe é que a INUMERACIA é um problema tão ou mais grave do que a propalada iliteracia dos portugueses...


    Estudem mais e ladrem menos, canalha brava!

    ResponderEliminar
  28. O pior é que muitos dos actuais licenciados, sobretudo em "humanidades", são ainda mais INUMERADOS do que um simples detentor da 4ª Classe com mais de cinquenta anos!...

    ResponderEliminar
  29. Pior ainda: muitos professores actuais são AINDA MAIS INUMERADOS do que um sexagenário com a 4ª Classe!!!

    ResponderEliminar
  30. Parece que nem com uma explicação tão pormenorizada das contas, há muitos que ainda não entenderam. Até o meu burro (pois sou da "província" ou parvónia como queiram chamar) Elias entendeu depois de eu lhe explicar. Parece que há alguns que precisam de tirar as palas.

    ResponderEliminar
  31. Finalmente alguém que entendeu as contas e me vai explicar a proveniência dos 14 cogumelos.
    Se faz favor Jojó; força; estou sem palas.

    ResponderEliminar
  32. Aconselho o meu amigo a ler outra vez bem o post e a fazer contas. Está tudo lá.

    ResponderEliminar
  33. Está tudo lá de facto Jojó.

    O problema é que próprio autor das contas se esqueceu de coisas que ele próprio colocou LÁ.

    Repito: os 14 cogumelos.

    É que a população activa em 2007 é 124 e não 110 como o Miguel Abrantes diz.

    Percebeu a tramóia?

    Ele "esqueceu-se".

    Faça um exercício: em vez de 14 considere por exemplo 10 e veja como a taxa sobe para mais de 5%.

    Já agora, faça o teste com 20 e veja como a taxa desce para vaixo de 5%.

    Dá para tudo logo, não prova nada.

    Vou voltar a pôr as palas.

    ResponderEliminar
  34. Consta que a Zita percebeu a mecânica depois de ler este post. O Serrata nem assim … fosga-se !

    ResponderEliminar
  35. Então a conclusão de que "Não há contradição entre aumento de taxa de desemprego e aumento do emprego líquido.", enfim.

    Exactamento por isso ser verdade é que a Zita Seabra desvalorizou o emprego líquido.

    Quer ver contas para todos gostos em que a subida de um implica a descida de outro e vice-versa??

    0. Desempregados 10, pop activa 100 dá uma taxa de 10/100 = 10%

    1. Chegam 10 do 12º ano e só se empregam 5. Fica: 15/110 = 13% e empregos liquidos = 5

    2. Já se chegassem 20 do 12º ano e se empregassem 18. Ficava: 12/120 = 10% (igual) e empregos líquidos = 18 (subiu)

    3. Mas se chegassem 10 do 12º ano e se empregassem apenas 2. Ficava: 18/110 = 26% (subiu) e empregos líquidos = 2 (baixou)

    Resumindo:
    0. 10% - 0
    1. 13%(>) - 5(>)
    2. 10%(=) - 18(>)
    3. 26%(>) - 2(<)

    Tá vista a trafulhice?

    ResponderEliminar
  36. Pois comprova-se anónimo: ninguém questiona nada; um iluminado debita números e a carneirada: "não tou pa fazer contas e se é contra a Zita, deve tar certo." Como é que se diz?? Siga a marinha!!!!

    E o iluminado, no alto do seu pedestal: já comi mais uns quantos.

    ResponderEliminar
  37. .

    Caro Serrata:

    Tente mais uma vez seguir o raciocínio que vai ver que chega lá.

    As suas contas não têm nada a ver com nada. Dei um exemplo que reproduz a realidade, mostrando até que a taxa de desemprego havia subido. Não consigo fazer mais nada por si.

    Em todo o caso, faça-se acompanhar da tabuada. A percentagem calculada por si no ponto 3 está errada.

    ResponderEliminar
  38. "mostrando até que a taxa de desemprego"

    Então, agora, está na altura de mostrar, também, que a promessa eleitoral do sócretino era criar 150000 empregos por forma a fazer baixar a taxa de desemprego, e não por forma a aumentar o número de empregados. Ou isso já não interessa para a propaganda? A verdade é seja isso mostrado ou seja antes negado, tanto num caso como noutro o que fica demonstrado é que o sócretino é um mentiroso.

    ResponderEliminar
  39. Muito bem Miguel Abrantes, dignou-se descer cá abaixo e verificar as minhas contas. Agradeço-lhe a deferência.

    E tem razão; a taxa 3 está errada: é 16 e não 26 (para o que eu pretendia mostrar dá no mesmo, sobe; mas isso para si não importa).

    Também lhe digo: para quem inventou "14 pessoas cá da terra conseguiram emprego numa fábrica que foi inaugurada em 2007" e se ESQUECEU de as considerar como população activa para o cálculo da taxa de desmprego, bem, deu-lhe um ataque de rigor só agora foi?

    É que a sua pretensa isenção, dizendo que "mostrando até que a taxa de desemprego havia subido" de 5 para 6.4, (vejam bem como eu até digo coisas "contra" o governo), não colhe: se corrigir a conta verificará que subirá de facto, mas quase nada, de 5 para 5.6 (7/124) (mas isto para si também não terá importância).

    O meu erro foi obviamente de digitação. Mas acha que foi um "erro de tabuada" (que cómico), o seu é um erro de quê?? Esquecimento?

    Mas o ponto mantem-se, amigo: pretendeu demonstrar o óbvio; a taxa de desemprego é uma coisa, e a criação líquida de emprego é outra; é alhos e bugalhos.

    Pois é precisamente o que se entende das palavras de Zita Seabra, criticando a insistência de Sócrates em falar na criação líquida de empregos, "esquecendo-se" da taxa de desemprego.

    Como perguntei lá em cima: o Miguel pretendeu demonstrar o quê exactamente???

    PS: E corrija lá a conta; fica-lhe bem.

    ResponderEliminar
  40. Por instantes, esta caixa de comentários pareceu-me a do defunto Espectro...



    P. S. : Já agora chamem a Zazie!

    ResponderEliminar
  41. Eh pá, o Tribunal de Contas contrariou o PS. Meu Deus!
    E o Ant Costa diz mal do TC.
    Meu Deus!
    Ainda bem que isto não é na Madeira, aí sim seria uma crítica de um ditador...
    Como é o PS, tudo bem!

    ResponderEliminar
  42. Serrata
    vc não é forte em contas ......

    ResponderEliminar
  43. Não é forte em conta como a maioria dos portugueses.

    ResponderEliminar
  44. Já percebi que não adianta bater no ceguinho, porque vocês, tão fortes em contas, não vão verificar o que está certo "porque sim".

    MAs ainda assim vou tentar só mais uma vez:

    Isto
    "Nem tudo é mau, porque outras 14 pessoas cá da terra conseguiram emprego numa fábrica que foi inaugurada em 2007."

    Que OUTRAS pessoas são estas???

    Dou duas ou três dicas:

    - não são as 5 desempregadas iniciais
    - não são dos 95 empregados iniciais
    - não são os 10 que acabaram o 10º anos
    - não são o 6 desempregados novos com o fecho da fábrica

    - SÃO, como o Miguel diz: OUTRAS pessoas cá da terra.

    Ora bem; se são OUTRAS pessoas cá da terra, a população activa em 2007 são os 100 inicias + os 10 do 12º ano MAIS estas novas 14.

    Isto é: 124

    Helloouuuuuu!!!!

    Depois o burro sou eu!

    ResponderEliminar
  45. Caro Serrata:

    A preposição “outras” pessoas tem necessariamente o sentido de “mais” pessoas. Se não fosse assim, teria previamente de descrever a forma como elas chegaram à terra do Zé. Logo, não tendo as 14 pessoas nascido de geração espontânea, só podem ter sido recrutadas nos que estão à procura de emprego.

    Se não escrevo mais nas caixas de comentários é por absoluta falta de tempo. Há mais vida para além dos blogues. Da próxima vez, preferia que escrevesse “você” ou “tu” em vez de “vocês”.

    ResponderEliminar
  46. Caro Miguel

    Exactamente, o que perfaz 124.

    Mas deixe, a história já vai longa.

    Agradeço-lhe o tempo que, ainda assim, me dispensou e aproveito para esclarecer que "vocês" era mesmo plural: referia-me aos comentários.

    Até outra

    ResponderEliminar