A palavra aos leitores

De e-mail do leitor Francisco Barbosa:

"É interessante como o PR se comporta. Diz na mensagem de ano novo que é necessário explicar melhor para onde vai o país em termos de saúde, sendo o ambiguo suficiente para dar mais força à contestação do que à reforma. Agora que o PM remodela o Ministro o "fonte junto do PM"(in JN de hoje ou ontem) tem medo que se perca a força das reformas. Tivesse sido mais claro na mensagem de ano novo. Tivesse deixado claro que a ele, PR, tudo tinha sido explicado e que até estaria de acordo com as reformas e que estas são necessárias, mas que é necessário um esforço de mobilização das pessoas para aderir a estas. (como se faz isto? não sei).

Hoje, numa revista, o Rodrigo Guedes de Carvalho que em transe apresentava o caso do INEM na SIC continua a dizer que aquele caso representa a falta de meios da emergência do país. A simples sugestão do acontecido com o encerramento do SAP é ridícula e demonstra total falta de honestidade intelectual. Como se poderia o morto deslocar ao sap sem os bombeiros ou a VMER?? E estes estariam a dormir? E porque existem 6 corporações de bombeiros para 15 mil habitantes? Mas tudo isto tem uma explicação bem mais simples. A SIC e a TVI estão absolutamente contra a atribuição de uma nova licença de canal aberto na TDT, que o governo aprovou. Evitar esta atribuição a todo o custo é a sua nova orientação editorial (mas isto não é ser-se corporativista). Daqui a uns meses ou anos iremos ve-los a exigir reformas, mesmo que dolorosas, para o país avançar, quando eles são os reis da demagogia porque sistematicamente a amplificam e o canal priviligiado de todos os poderes coorporativos.

Apresentada como uma boa notícia, a abertura do novo bloco de partos do HSJ, com possibilidade de partos naturais parace-me um absoluto disparate para o sns e isso sim amplificado das desigualdades no país. Se é aceitável que existam hospitais de referência no país com serviços mais evoluidos que outros e aposta criteriosa em determinadas especializações, os partos naturais são puro folclore e só servem para justificar mais profissionais para as estruturas gingantescas que são os Hospitais centrais impedimdo assim uma mais justa redistribuição dos profissionais no país."