Há muito que Pacheco Pereira antecipa na SIC-N o que cobra à Cofina no dia seguinte. Assim acontece nesta semana: o que disse na Quadratura do Círculo repete na revista Sábado.
Descontado o medonho momento de ironia acerca da encomenda que Belmiro lhe terá feito, e que só prova que Pacheco possui o suficiente bom senso para não recorrer amiúde ao humor de que o destino não o dotou, a sua argumentação assenta em três pilares. Veja-se um a um:
1. O Público tinha em mãos um “furo” jornalístico, diz Pacheco. Que jornal não publicaria tal “investigação”? Pacheco omite que o “trabalho”, segundo o próprio Público, estava concluído desde Outubro do ano passado. Por que só foi publicado tantos meses depois, tratando-se só e apenas de um «“furo” jornalístico» que poderia até fugir para a concorrência?
2. Pacheco alerta-nos, por outro lado, para essa “capacidade que tem o poder de, nos casos em que realmente dói, exercer uma pressão eficaz, não escrita, que não está nos telefonemas, está no próprio poder e nas suas teias implícitas e explícitas, sobre a comunicação social.” Mas de que poder está a falar Pacheco?
Este governo cortou a publicidade do Estado nos jornais “desafectos”, mesmo àqueles que se socorrem dos métodos mais sórdidos como arma política?
Este governo lançou os inspectores das finanças contra os proprietários dos jornais “desafectos”, como acontecia naquela época de que Pacheco Pereira tem tantas saudades?
Há por aí ainda uns processos judiciais a correr que ajudam a reconstruir os gloriosos tempos de que tanto se gaba o nosso Pacheco. E, se for preciso, há testemunhas do que então se passou. Fale-se, por exemplo, com a família Pereira Coutinho ou com Luís Nobre Guedes.
3. Admita-se que o que o Dr. Fernandes mandou escrever sobre Sócrates corresponde à verdade. Mesmo que o fosse, pode-se comparar esta situação, como Pacheco Pereira o faz, com os 300 despachos à Speedy Gonzalez de Telmo Correia? O Dr. Fernandes ainda tem muito para aprender com o historiador da Marmeleira.
PS — Quando há um bom par de anos o Expresso trouxe em manchete que Pacheco Pereira era um dos deputados europeus mais faltosos, esse facto tinha relevância política ou tratou-se apenas de um ataque pessoal, como Pacheco quis então fazer crer?
O Sr. Miguel Abrantes tem toda a razão em lembrar, a Pacheco Pereira, o que o poder fez noutras ocasiões.
ResponderEliminarPorque é que julga que Pacheco sabe o que sabe?
Mas porque é que eu desconfio que ele também tem alguma razão, quando se refere aos dias de hoje?
Quero lá saber do Pacheco, do Fernandes ou do Belmiro. Não tenho simpatia por nenhum deles.
O que eu queria, para o meu país, é que Pacheco não tivesse motivos para falar destas e de outras vergonhas e o Sr. também.
Mas, pelos vistos, isto é mais uma utopia...
O Pacheco perdeu a vergonha há muito tempo. Por isso é que deixou crescer a barba.
ResponderEliminarO melhor que conseguem desencantar contra Pacheco Pereira é essa história?
ResponderEliminarÉ por isso - e porque tem razão na maior parte das coisas que diz e escreve - que vos faz tanta mossa.
Pacheco e mais alguns figurões com rabos de palha, fazem parte de um conjunto de imbecis que à custa de venderem a merda da treta que escrevem na imprensa que lhes pagam para dizer mal de todos e de tudo.
ResponderEliminarEu já à muito que não perco um segundo com as imbecilidades vomitados a troco de chorudos cheques. Que comam o vomitam nos jornais dos srs. do capital.
" escrevem na imprensa que lhes pagam para dizer mal de todos e de tudo"
ResponderEliminarNalguns blogues também é um bocado assim, não é?
P.S. já agora convinha aperfeiçoar um bocadinho o português: "pagam" (verbo no plural) não combina com o sujeito "imprensa" (no singular).
e há de "haver" leva "h" e acento agudo.