O Público de sábado apresentou-nos Ana Braz, 58 anos, que se queixa de ter turmas com 28 alunos e garante nunca ter, até ontem, participado em nenhuma manifestação.
Tendo a idade que tem, isso significa que nem nas semanas que se seguiram ao 25 de Abril se associou a qualquer iniciativa de rua. A menos que estivesse doente ou que residisse à época fora do país, é obra. Ana Braz é o que se chama a genuína borlista: beneficia das vantagens da democracia sem para ela jamais ter dado qualquer contributo.
Por que se decidiu então ela, desta vez, a participar numa iniciativa promovida pela Intersindical? Ao que parece, a exemplo de várias outras dezenas de milhar de manifestantes, estará preocupada com a qualidade da educação e com os alunos. O impulso altruísta chegou tarde, mas chegou.
É sabido que os professores estão indignados. Será essa indignação legítima?
Vejamos. Os professores têm horários reduzidos, desfrutam de mais longos períodos de férias, ganham mais do que a generalidade dos trabalhadores com habilitações equivalentes, até há pouco beneficiavam de promoções automáticas, no topo da carreira beneficiam de um dos melhores salários relativos da União Europeia, não são avaliados, não prestam contas a ninguém e gerem-se a si próprios. Queixam-se agora de que o governo os quer obrigar a trabalhar mais e a prestar contas.
Nestas condições, se a sua indignação é legítima, igualmente legítima seria a dos condutores que estacionam as suas viaturas em cima do passeio ou em segunda fila, vítimas das impossíveis condições de circulação que as autoridades querem impor nas cidades ao negarem-lhes direitos a incomodar o parceiro há longo tempo adquiridos.
A gigantesca manifestação de ontem provou que os professores estão unidos nas suas reivindicações. Infelizmente para eles, provou também que estão unidos contra a melhoria do ensino, contra os pais e contra os alunos.
Discordo que os professores sejam encarados como uma corporação. Talvez esse epíteto fosse adequado no passado, mas, ontem, eles comportaram-se antes como uma casta ciosa de privilégios injustificáveis, e exibiram perante o país um egoísmo incompreensível para todos aqueles que se esforçam no desempenho das suas tarefas profissionais e que quotidianamente têm que prestar contas.
É com estes últimos, e não com uma classe que perdeu o respeito por si própria, que eu espero que a Ministra e o Governo se preocupem.
Tendo a idade que tem, isso significa que nem nas semanas que se seguiram ao 25 de Abril se associou a qualquer iniciativa de rua. A menos que estivesse doente ou que residisse à época fora do país, é obra. Ana Braz é o que se chama a genuína borlista: beneficia das vantagens da democracia sem para ela jamais ter dado qualquer contributo.
Por que se decidiu então ela, desta vez, a participar numa iniciativa promovida pela Intersindical? Ao que parece, a exemplo de várias outras dezenas de milhar de manifestantes, estará preocupada com a qualidade da educação e com os alunos. O impulso altruísta chegou tarde, mas chegou.
É sabido que os professores estão indignados. Será essa indignação legítima?
Vejamos. Os professores têm horários reduzidos, desfrutam de mais longos períodos de férias, ganham mais do que a generalidade dos trabalhadores com habilitações equivalentes, até há pouco beneficiavam de promoções automáticas, no topo da carreira beneficiam de um dos melhores salários relativos da União Europeia, não são avaliados, não prestam contas a ninguém e gerem-se a si próprios. Queixam-se agora de que o governo os quer obrigar a trabalhar mais e a prestar contas.
Nestas condições, se a sua indignação é legítima, igualmente legítima seria a dos condutores que estacionam as suas viaturas em cima do passeio ou em segunda fila, vítimas das impossíveis condições de circulação que as autoridades querem impor nas cidades ao negarem-lhes direitos a incomodar o parceiro há longo tempo adquiridos.
A gigantesca manifestação de ontem provou que os professores estão unidos nas suas reivindicações. Infelizmente para eles, provou também que estão unidos contra a melhoria do ensino, contra os pais e contra os alunos.
Discordo que os professores sejam encarados como uma corporação. Talvez esse epíteto fosse adequado no passado, mas, ontem, eles comportaram-se antes como uma casta ciosa de privilégios injustificáveis, e exibiram perante o país um egoísmo incompreensível para todos aqueles que se esforçam no desempenho das suas tarefas profissionais e que quotidianamente têm que prestar contas.
É com estes últimos, e não com uma classe que perdeu o respeito por si própria, que eu espero que a Ministra e o Governo se preocupem.
Tendo de início apoiado algumas medidas desta ministra da educação, não concordo com o teor deste post. Parece-me escrito por alguém que não conhece a realidade do dia a dia nas nossas escolas. Sou encarregado de educação e acompanho de perto o que se passa.
ResponderEliminarQual é a profissão em que não existem bons e maus profissionais?
Sobre os horários dos professores acho que só mesmo quem não conhece a realidade das escolas é que escreve este post.
Se há profissão em é necessário a actualização de conhecimentos é a dos professores. Para bem dos nossos filhos.
Parece-me que Afonso Mesquita quer despedir 100.000 mil professores e contratar outros tantos novos. Dos "bons" (eventualmente contratados em Harvard ou MIT).
Com este tipo de pensamento não vamos a lado nenhum. Como encarregado de educação, estou muito preocupado com a actual situação. Que há muita coisa a fazer, obviamente que há. Dizer que estamos perante uma casta só vem ajudar a atear a fogueira. Neste momento, precisamos, como dizia Lobo Antunes, de mediadores e não de bombistas.
Para bem de todos.
Como contribuinte e encarregado de educação parece-me importante a avaliação dos professores. É importante diferenciar desempenhos. É isso que os Sindicatos não querem...
ResponderEliminarE eu acrescento, que Socrates e a Ministra não cedam na avaliação e vão em frente com importante e necessaria reforma. A bem dos alunos e do país.
ResponderEliminarAfinal para quem trabalham esta casta previlegiada? Não é para o Estado? Quem é a sua entidade patronal? Quem lhes paga? Não é o estado? E o estado não somos todos nós? Que mendatamos o poder eleito democraticamento para o governar e implementar as politicas necessarias ao desenvolvimento do País?
Não é uma qualquer "manada de carneiros" arrebanhada pelo PCP e com o apoio da direita, que pode mudar o rumo das politicas aceites e votadas eleitoralmente pela maioria dos portugueses.
Aquilo que faz avançar o país não são hordas, mas as ideias e politicas a bem da maioria dos portugueses.
Um prof. desalinhado
Quando nos descobrimos autistas, perdemos toda a noção da realidade que nos rodeia. É o que se passa com o autor (AF) desta entrada. O que lamento.
ResponderEliminarE é bom não esquecer o que se passou com Cavaco e o Buzinão da Ponte.
Mas, cegueiras, surdezes e verborreias, cada um tem as que quer ou deseja...
"É sabido que os professores estão indignados. Será essa indignação legítima?"
ResponderEliminarClaro que não. Seria legítima se estivesse no governo um partido de direita. Legítimas foram as manifestações do businão, dos secos e molhados, etc. sempre apoiados por artistas do PS que agora estão nos Ministérios.
Mesquita, com o devido respeito, desta vez vá catar macacos!
Despojos
ResponderEliminarVai por aí grande celebração pelo sucesso da manifestação dos professores (e ofícios correlativos), com os diversos partidos apoiantes a disputar aos sindicatos os louros da vitória. O problema é a divisão dos despojos políticos pelo PCP, pelo BE e pelo PSD. O PCP não costuma partilhar os ganhos da rua...
[Publicado por Vital Moreira] [9.3.08] [Permanent Link]
Sorte. A demissão de Camacho ultrapassa a crise dos professores. Todos Unidos na Defesa do Glorioso.
ResponderEliminarO articulista não conhece a vida de professor, hoje.
ResponderEliminarConhece muito bem a propaganda oficial,cega e desajustada da realidade.
Depois, surpreendem-se com os resultados e com a realidade vivida,ontem.
Devo dizer que não participei, apenas acompanhei pelos meios de comunicação...
Mas é uma vergonha a "azia" com que Vital Moreira (e outros que tais) falam das questões ligadas aos professores. Revelam ignorância, má vontade e preconceitos. E depois a forma risível como explicam os motivos e as finalidades...
Saiu-lhes de surpresa porque não conheciam a realidade e ponto final.
CUBA: CIENTOS DE PERSONAS AGREDIDAS. CRECE LA REPRESION CONTRA CIUDADANIA Y ACTIVISTAS DE DERECHOS HUMANOS
ResponderEliminar05/03/2008 | Directorio Democrático Cubano
Professores para CUBA já.
RACISMO
ResponderEliminar“Entra lá, ó preto!” Foi assim que o professor de Educação Musical se dirigiu ao aluno João Maria Lemos, 12 anos. Segundo a escola, não há queixas anteriores por escrito contra este docente.
Os srs. profs não se indignam agora? Onde chega este como muitos outros como este.
O que eu gostava de saber (e muita gente, creio) e os jornalistas ou não perguntam ou não publicam, é:
ResponderEliminar1. O que foi discutido entre ministra/ ministério e sindicatos, durante as 107 reuniões ocorridas até agora?
2. Será que os sindicatos, sobretudo Fenprof, sugeriram ou apresentaram outra hipótese/alternativa de avaliação?
3. Ser á possível que os sindicatos, sobretudo ligados ao pcp-que-temos, façam algum dia parte da solução e não do problema?
O senhor engana-se. Que se engane a si próprio, é lá consigo. Agora, que tente enganar outros, é crime!
ResponderEliminarMentiroso inveterado
ResponderEliminarPor excesso de bondade, Paulo Guinote atribui as incorrecções do Primeiro-Ministro sobre a avaliação de professores a deficiente informação.
Por excesso de franqueza e por já não ter a bondade de Paulo Guinote, não posso senão chamar mentiroso ao Primeiro-Ministro.
Esse discurso mentiroso é repetido pela Ministra da Educação e pelo inenarrável Secretário Walter Lemos, e reproduzido pelos comentadores e propagandistas socratinos.
Todos laboram não sobre um erro mas sobre uma mentira.
Quem mente e sabe que mente é mentiroso.
E quem mente para enganar o povo e denegrir um grupo social não passa de escumalha sem escrúpulos.
Basta atentar nos factos e pegar num dicionário de Língua Portuguesa. Depois consultar a lista de comportamentos tipificados como ilícitos penais para concluir que estas palavras são insindicáveis do ponto de vista penal.
Não há aqui injúria nem difamação.
Quem mente é mentiroso. Quem mente ao povo e denigre os professores é escumalha, gente vil, ralé.
Um sistema educativo planeado e executado com gente dessa mísera condição moral só pode produzir criaturas ainda mais mal formadas e indignas do que eles.
É demasiado triste ver como o País caiu nas mãos da gentalha mais vil e mais abjecta.
Essas discursatas anti-"corporação" já não funcionam Miguel. Aquilo que o Governo e o PS não compreenderam é que nnguém, em parte alguma do mundo, consegue fazer reformas alienando a boa vontade de todos aqueles que podiam executá-las.
ResponderEliminarO PS foi mais autoritário e mais autista que o PSD nos tempos de Cavaco Silva e teve exactamente aquilo que estava a pdeir. Em breve estarão a lamentar melancólicamente, como Guterres no final do mandato, que os portugueses "não os merecem".
Pois não. Não merecem mesmo.
Essas discursatas anti-"corporação" já não funcionam Miguel. Aquilo que o Governo e o PS não compreenderam é que nnguém, em parte alguma do mundo, consegue fazer reformas alienando a boa vontade de todos aqueles que podiam executá-las.
ResponderEliminarO PS foi mais autoritário e mais autista que o PSD nos tempos de Cavaco Silva e teve exactamente aquilo que estava a pdeir. Em breve estarão a lamentar melancólicamente, como Guterres no final do mandato, que os portugueses "não os merecem".
Pois não. Não merecem mesmo.
Luís, subscrevo na íntegra este post, embora não tenha sido escrito por mim, mas pelo Afonso.
ResponderEliminarContinue Srª Ministra…
ResponderEliminarContinue com as reformas que têm que ser feitas, não se demita e não deixe que o 1ºMinistro a demita...Por detrás dos governantes estão quase 2 milhões de portugueses, através dos votos no Partido Socialista...Nós seremos a Maioria Silenciosa que, se acontecer qualquer coisa parecida com demissões,acabará com o PS...
Só tem é que continuar...e é tão fácil...quem não cumprir,processo sumário e RUA...Estão mais de 30 000 professores desempregados que não se importam de ser AVALIADOS...
Segundo notícias vindas a público,foram efectuadas no Ano de 2007,qualquer coisa como 107 reuniões e nem uma proposta alternativa,foi feita pelo Sr. Mário Nogueira...Pois é, não convinha,porque o melhor é continuar assim para o Nogueira continuar mais 15 anos sem dar uma única aula...
Mesmo com tanta arruaça, a quase maioria dos Portugueses está convosco e com o PS...Continue Srª Ministra.
.
ResponderEliminarAinda para o Luís:
1. A educação pode continuar como está?
2. Alguém, que nunca foi avaliado (pelo menos até ao 8.º escalão (antigamente), aceita sem reagir ser avaliado?
3. Sobre o autismo só contaram para você...
Miguel,
ResponderEliminarSócrates no inicio do mandato enchia a boca com o "exemplo finlandês": eu dou uma sugestão ao seu partido — imitem de facto os governantes nórdicos. Mas comecem por imitá-los na paciência, na capacidade pedagógica, na gestão de conflitos e na capacidade de diálogo, e tentem fazer isso sem perder a firmeza das convicções.
O PS, como é típico de um partido dominante num país que esteve cinquenta anos en ditadura, achou que podia manipular uma (ou várias, mas falamos numa) classe inteira, esquecendo que precisava dela para executar as suas reformas. Felizmente as pessoas já não se deixam tratar como gado.
A educação não pode continuar como está, mas o PS também não. Esta maneira autoritária, arrogante e empertigada de fazer política tem de desaparecer para sempre do nosso sistema político. O desrespeito dos nossos governantes por aqueles que os elegem é muito mais grave que qualquer reforma que fique por fazer, Miguel.
Respeito: é esse o começo das reformas. Do resto trataremos depois.
Luís, levanto-me muito cedo. Amanhã, respondo. O "seu" está a mais, mas é um pormenor.
ResponderEliminarFui professor de todos os graus de ensino.Conheço as questões por dentro.Não são problemas.É uma profissão de algum trabalho mas não exagerado.Trabalhei muitos anos em avaliação de desempenho(appraisal»).Exceptuando o facto de avaliadores não terem participado na construção do instrumento de avaliação(método participativo)não encontro graves problemas de construção das escalas.Depois não se pode cofundir «avaliação» com «efeitos da avaliação»(promoções). Nos debates públicos ainda não vi aparecerem especialistas em avaliação(que os há, até com teses de doutoramento).Para o manif a grande maioria dos participantes foi arrastada emocionalmente.
ResponderEliminarSou professora há muitos anos e recentemente orientadora de estágio (portanto, avaliadora de professores)durante 12 anos. Concordo inteiramente com o post e com o comentário de "aix". A avaliação agora implementada não tem nada de extraordinário e não se compreende a irritação de alguns professores, arrastados, como diz o comentário anterior, para uma manifestação por razões puramente emocionais.
ResponderEliminarBem, qto às avaliações , eu também sou inspeccionada e nunca morri. Sim porque eu, tenho 7 vidas como os gatos! ehehe
ResponderEliminarAgora é certo que , depende de quem inspecciona e avalia.
No que respeita à alteração de horário,...Miguel, ou Afonso, há qtos anos não vai à escola?
Se os professores têm a mania que são intocáveis?
No que se refere ao respeito por eles , deviam ser. Afinal, os professores formam os homens e as mulheres de amanhã. Alguns deles serão governantes deste País...POIS!
Se calhar é por isso que isto anda tão mau.
Qto ao mais que é muito, eu ainda não me debrucei atentamente sobre a actuação da senhora ministra mas, acho que deve "ser obra" ter uma turma com 28 alunos.
Cada um deles a tentar exibir-se ou a tentar criar um espaço que não é compatível com os dos outros.
Agora que o ensino está um caos está.
Vejam-se as exigências que se fazem por exemplo a um aluno de 5º ano - tem 10 anos:
Pesquisas a nível universitário na Internet.
Trabalhos de grupo sobre coisas que eles pesquisam e sobre as quais nem existe forma de pesquisar,
Sobreposição de datas de testes em simultaneo com trabalhos de casa e de pesquisa.
Aulas de apoio às quais se tem falta sobrepostas a aulas normais...
Exigências preremptórias a "putos" com castigos e disciplinas que são incompatíveis com o conhecimento da ilicitude que têm dos seus actos. Estou a falar de 10 11 anos.
E mais do que isto, é a tristeza de sentir que, hoje em dia alguns professores não o são por vocação.
São-no por falta de hipótese de exercer outra profissão, a que preferiam normalmente.
Não comungo contudo, da opinião expressa no post pela forma como é expressa.Não generalizemos.
E não comparemos os professores a infractores.
Volto a dizer que : Casa onde não há pão.....
1. Tenho uma professora na família. Não vai à escola dois dias por semana.
ResponderEliminar2. Fiem-se no Buzinão e não corram.
3. No sábado manifestou-se uma imensa minoria.
4. A escola deve servir melhor os cidadãos, não os professores.
5. Todas as sondagens demonstram que, ao cabo de três anos de grandes dificuldades, os eleitores apoiam a política governamental. O resto são fantasias.
6. Os professores estão unidos entre si, mas isolados do país.
7. A luta contra as corporações tem tanto sentido ontem como hoje, só certas pessoas cansam-se depressa.
8. Os exemplos finlandês, irlandês, etc., são de Barroso e Portas.
9. Está provado que a maioria dos professores se opõe activamente à reforma. Só um ingénuo continua a acreditar na possibilidade de mudá-las.
10. Se os professores se recusarem a colaborar na reforma o que é que o Luis Jorge faz? Desiste da reforma? Mas o compromisso de um governo eleito não é com classes profissionais, é com o país.
11. A Ministra tem que mobilizar os cidadãos e, em particular, os pais, não os professores.
11. Que sucede se o professores boicotarem a avaliação? Ora, não são promovidos, e, no limite, poderãoo ser despedidos.
12. A manifestação de sábado foi uma vitória de Pirro. Ao enfiarem-se num beco sem saída, os professores ganharam a batalha mas perderam a guerra.
13. Os que querem reformas, mas a bem, são ingénuos. Foi essa exigência que permitiu que as coisas chegassem a este ponto,
"dezenas de milhar"
ResponderEliminardezenas de milhares
... Quando as boas almas se encontram :
ResponderEliminar(...) "É por isso também que agora se espera duas coisas de Sócrates e de Maria de Lurdes Rodrigues: manter a avaliação dos professores e pôr fim ao diálogo com os sindicatos. Custe o que custar. Mesmo a maioria absoluta em 2009."
António Ribeiro Ferreira
Uma coisa parece crta o Mário Nogueira viu reforçadoi o seu pesrtígio no Partido Comunista...É certo que não são operários os que se manifestaram mas "quem não temcão, caça com gato"...
ResponderEliminar"6. Os professores estão unidos entre si, mas isolados do país."
ResponderEliminar"8. Os exemplos finlandês, irlandês, etc., são de Barroso e Portas"
Este deve andar a dormir.
Eu não me admiraria muito, se depois do tristíssimo espectáculo que vi no "Pros&Contras" e as figuras ridículas que vi nos noticiários sobre esta manifestação,daqueles que deviam ter uma postura séria e condizente com a dignidade que tanto reclamam e apregoam e diga-se em abono da verdade merecem, não sirva de mais uma "arma" que mais tarde ou mais cedo se vai voltar contra eles mesmos, nas escolas. Se continuarem ou aumentarem de forma significativa as agressões a docentes - que agora, lembre-se, e só agora, com o estatuto do aluno, aprovado por este Governo, têm as punições, e bem, agravadas - eu não ficaria muito admirado.Quem quer ser respeitado dá-se ao respeito. E há atitudes que não me parecem muito merecedoras.
ResponderEliminarNão sou professora. Sempre estudei no ensino público. Tenho filhos no ensino privado.
ResponderEliminarO seu post é um chorrilho de "pseudo-verdades" feitas acerca do trabalho dos outros.
Tive aulas no ensino público em escolas frias, onde entrava água. Tive falta de professores, nos idos de oitenta, cheguei a começar o ano lectivo em janeiro! Mas aprendi e muito. E havia sempre alguém que estava ali, a aturar vinte ou trinta putos endiabrados, a incutir-lhes conhecimento, valores, hábitos de estudo e trabalho. É comparável um hora de trabalho num escritório e uma hora a controlar vinte putos do oitavo ano?
Parece que o blogger nunca trabalhou na vida ou não dá valor ao trabalho e sacrifício dos outros.
Detestável essa tentativa de desvalorização da senhora de 58 anos porque não se manifestou no 25 de Abril. Se calhar não morava em Lisboa, morava em Pinhel ou Celorico. Quantas manifestações houve lá?
Leia aqui, Luís: “Esta tabela revela ainda um facto inédito: a Finlândia tornou-se o País mais competitivo do Mundo. Os indicadores deste relatório permitem, aliás, concluir que a Finlândia tem grandes probabilidades de se manter no topo da lista nos próximos anos. Este é o resultado de políticas e reformas adequadas, levadas a cabo com persistência e determinação. E se outros já o fizeram, nós também, seremos capazes de o fazer. Os exemplos citados comprovam, de resto, que políticas adequadas e determinação na respectiva aplicação podem superar desvantagens aparentes como dimensão do mercado ou a localização periférica. Pois não serão a Finlândia, a Islândia e a própria Irlanda mais periféricas do que Portugal ?” (Durão Barroso no debate do Estado da Nação 20.12.02, citado no Povo Livre online)
ResponderEliminarHomem, onde é que você estava no primeiro ano do Governo Sócrates, quando o primeiro-ministro falava todos os dias do "modelo Finlandês"? Ainda não tinha acordado para a política? Que cansaço.
ResponderEliminarHomem, onde é que você estava no primeiro ano do Governo Sócrates, quando o primeiro-ministro falava todos os dias do "modelo Finlandês"? Ainda não tinha acordado para a política? Que cansaço.
ResponderEliminarA verdade é que leio o CC desde o seu início e já li este discurso em relação aos juízes, magistrados do ministério público, polícias, trabalhadores dos impostos, funcionários das autarquias, militares …. enfim … uma cambada de privilegiados preguiçosos e incompetentes.
ResponderEliminarPortugueses privilegiados que todos os dias se levantam de manhã para trabalhar porque têm um horário a cumprir e família a sustentar.
Só por isso deviam merecer algum respeito de pessoas que se dizem socialistas.
Não são especuladores na bolsa, banqueiros habilidosos, empreiteiros e advogados ricos com assento marcado em todos os orçamentos do Estado. Que eu saiba não traficam droga, nem armas, nem influências.
Não são políticos para se reformarem com múltiplas reformas – como deputados, como professores das Independentes, como assessores da Engil, como administradores da CGD, do BCP, do BEI, do BP, da Galp, etc.
De facto, meu amigo, pode considerá-los como “trabalhadores privilegiados”, porque ainda não foram obrigados a emigrar para Espanha para engrossarem as fileiras de 100.000 dos seus e meus compatriotas que por lá trabalham. (Há uns anos atrás os socialistas preocupavam-se com estas pequenas coisas!)
Afinal, meu amigo, os professores apenas exerceram o direito a manifestarem-se de forma ordeira, pacífica e determinada. Exemplar!
Decerto ignora que é costume nas democracias europeias os trabalhadores manifestarem-se quando vêm os seus vencimentos e carreiras congelados durante uns anos, os impostos a descongelarem brutalmente, o custo de vida a tornar-se insuportável e as condições de trabalho a serem degradadas. (Não sei é se é costume lá fora as pessoas manifestarem-se quando vêm a sua profissão desqualificada pelo ministério da tutela).
A avaliação foi a gota de água que fez transbordar o copo.
No entanto, amigo Mesquita, acalme-se, pois os professores apenas participaram numa manifestação, não deram um sangrento golpe de estado contra as instituições democráticas, apesar de me palpitar que, depois disto, este PS vai ter de fazer uma coligação com o Paulo Portas após as próximas eleições legislativas.
Xantipa
Encontre lá uma citação, amigo Luís. Posso estar enganado, mas acho que não. Mais provavelmente estará a confundir com algum post do João Miranda em que ele atribui essa ideia ao governo. Mas longe de mim querer cansá-lo...
ResponderEliminar"No entanto, amigo Mesquita, acalme-se, pois os professores apenas participaram numa manifestação, não deram um sangrento golpe de estado contra as instituições democráticas, apesar de me palpitar que, depois disto, este PS vai ter de fazer uma coligação com o Paulo Portas após as próximas eleições legislativas."
ResponderEliminarAcho excelente que façam todas as manifestações que entendam, e também que depois assumam as consequências políticas das suas iniciativas.
Quanto à menção aos banqueiros, deixe-me recordar-lhe que eles também não gostam de ser avaliados pelas entidades reguladoras.
Oh Afonso Mesquita...
ResponderEliminarVocê tem mesmo uma má-vontade contra os "profs"...
Que lhe fizeram eles ?
Abusaram sexualmente de si ?
Chamaram-lhe preto ou estúpido ?
Reprovaram-no ?
Denunciaram-no ao seu encarregado de educação ?
Não lhe conferiram aquele grau académico que você tanto ambicionava ?
Ou pura e simplesmente acharam que era um mau-caracter e decidiram não perder tempo consigo ?
Parafraseando os camones, "let it out"...
"A verdade é que leio o CC desde o seu início e já li este discurso em relação aos juízes, magistrados do ministério público, polícias, trabalhadores dos impostos, funcionários das autarquias, militares …. enfim … uma cambada de privilegiados preguiçosos e incompetentes.
ResponderEliminarPortugueses privilegiados que todos os dias se levantam de manhã para trabalhar porque têm um horário a cumprir e família a sustentar.
Só por isso deviam merecer algum respeito de pessoas que se dizem socialistas.
Não são especuladores na bolsa, banqueiros habilidosos, empreiteiros e advogados ricos com assento marcado em todos os orçamentos do Estado. Que eu saiba não traficam droga, nem armas, nem influências.
Não são políticos para se reformarem com múltiplas reformas – como deputados, como professores das Independentes, como assessores da Engil, como administradores da CGD, do BCP, do BEI, do BP, da Galp, etc.
De facto, meu amigo, pode considerá-los como “trabalhadores privilegiados”, porque ainda não foram obrigados a emigrar para Espanha para engrossarem as fileiras de 100.000 dos seus e meus compatriotas que por lá trabalham. (Há uns anos atrás os socialistas preocupavam-se com estas pequenas coisas!)
Afinal, meu amigo, os professores apenas exerceram o direito a manifestarem-se de forma ordeira, pacífica e determinada. Exemplar!
Decerto ignora que é costume nas democracias europeias os trabalhadores manifestarem-se quando vêm os seus vencimentos e carreiras congelados durante uns anos, os impostos a descongelarem brutalmente, o custo de vida a tornar-se insuportável e as condições de trabalho a serem degradadas. (Não sei é se é costume lá fora as pessoas manifestarem-se quando vêm a sua profissão desqualificada pelo ministério da tutela).
A avaliação foi a gota de água que fez transbordar o copo."
Mais palavra, menos palavra, é isto mesmo.
De qualquer maneira também julgo que não valerá a pena persuadir ou "educar" o PS para as amenidades da democracia. Sócrates não merece contemplações dessas. O nosso dever, a partir de agora, é derrotá-lo o mais depressa possível. E teremos de ser inexoráveis, porque o homem não brinca.
Caro mesquita:
ResponderEliminar"1. Tenho uma professora na família. Não vai à escola dois dias por semana."
Pois a sua familiar deve ter um padrinho do PS, dos grandes - o ECD actual proíbe tal prática.
"2. Fiem-se no Buzinão e não corram."
Fia-te nas mentiras e não digas verdade - ou achas que mais de 2/3 dos professores foram a Lisboa, numa altura de corrigir testes, porque os olhos do Nogueira são bonitos?
"3. No sábado manifestou-se uma imensa minoria."
Gostava de ver mais minorias destas em qualquer sítio - se a PSP, que mede pela bitola baixa estas coisas, disse que estavam 100.000 em Lisboa (e sem contar com os que foram pressionados para não ir, convocados para actividades e parados à entrada de Lisboa).
"4. A escola deve servir melhor os cidadãos, não os professores."
Pois então os professores também querem que o seus direitos de cidadãos sejam reconhecidos (um professor que tenha o azar do pai lhe morrer, pelas faltas de luto, fica impedido de progredir - e há dezenas de casos destes na Avaliação). É só com professores contentes se consegue que a Escola funcione bem.
"5. Todas as sondagens demonstram que, ao cabo de três anos de grandes dificuldades, os eleitores apoiam a política governamental. O resto são fantasias."
Os professores, seus familiares e outros que sentiram na pele a política governamental têm uma ideia diferente, apesar das sondagens. E em Outubro de 2009 lá estaremos para ver o que Sócrates irá fazer com a perda da maioria absoluta.
"6. Os professores estão unidos entre si, mas isolados do país."
Já foi mais verdade, apesar de uma tentativa desesperada e insultuoso de alguns spin-doctors nos media - tem havido sinais interessantes sobre este assunto nos últimos dias....
"7. A luta contra as corporações tem tanto sentido ontem como hoje, só certas pessoas cansam-se depressa."
Se pensa que os professores se cansam desta luta, está muito enganado...
"8. Os exemplos finlandês, irlandês, etc., são de Barroso e Portas."
Isto das mentiras tem o rabo curto:
Plano tecnológico: Sócrates procura inspiração no modelo finlandês - http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=1552&id=1249807
Sócrates «impressionado» com ensino finlandês - http://www.fersap.pt/fersap/modules.php?name=News&file=article&sid=301
José Sócrates impressionado com organização do ensino - http://tsf.sapo.pt/online/portugal/interior.asp?id_artigo=TSF168736
"9. Está provado que a maioria dos professores se opõe activamente à reforma. Só um ingénuo continua a acreditar na possibilidade de mudá-las."
Os professores não se opoem à Reforma - opoem-se a uma reforma mal feita e mil vezes remendada (a avaliação dos professores deveria ter começado em 20 de Fevereiro - lex dixit - e foi sucessivamente adiada, remendada e simplificada pelo ME, estando agora com uma trapalhada impossível de entender - até porque parte do o Ministério disse viola a sua própria lei e não está em moldes de ser utilizado).
"10. Se os professores se recusarem a colaborar na reforma o que é que o Luis Jorge faz? Desiste da reforma? Mas o compromisso de um governo eleito não é com classes profissionais, é com o país."
Os professores puseram providências cautelares sobre aspectos em que o Ministério tomou decisões sobre a sua propria Lei que a violavam e estas foram aceites. Sa a Lei estivesse bem feita os professores poderiam discordar mas acabariam por a acatar. Mas esta lei, se fosse posta em prática, praticamente impedia que 20% das aulas do 3º Período fossem dadas em muitas Escolas.
"11. A Ministra tem que mobilizar os cidadãos e, em particular, os pais, não os professores."
E mobiliza - danda 93% do orçamento da CONFAP - Confederação das Associações de Pais e Encarregados de Educação (que lhe têm uma fidelidade canina um bocadinho patética). Porque os professores esta ministra, depois dos insultos à classe, nunca conseguirá mobilizar.
"11. Que sucede se o professores boicotarem a avaliação? Ora, não são promovidos, e, no limite, poderãoo ser despedidos."
É verdade, com a ressalva de 5 providências cautelares atravessadas na garganta da ministra (que colocou no seu site, num papelucho anónimo, não timbrado e não assinado, a indicação de que a avaliação continua...).
"12. A manifestação de sábado foi uma vitória de Pirro. Ao enfiarem-se num beco sem saída, os professores ganharam a batalha mas perderam a guerra."
Os professores estão por tudo - já não têm nada a perder. E como tal poderão cair mas antes deles cairá a ministra, os secretários e, se Socrates insistir, o Governo.
"13. Os que querem reformas, mas a bem, são ingénuos. Foi essa exigência que permitiu que as coisas chegassem a este ponto,"
Os professores só querem que as coisas sejam bem feitas (sem remendo atrás de remendo), legais (que não violem leis às quais se deve ter atenção) e justas. Ora nada disto foi feito por esta Ministra - daí a revolta e daí tudo o que vimos, vemos e iremos ver.