Ímpeto reformista sem capacidade reformista é impotente. Pior, leva-nos de volta ao ponto de partida.
Qualquer reforma tem que ser guiada pela visão de um propósito final. Sem isso, é destituída de sentido. Quem quer conduzir reformas ambiciosas mantém os olhos fixados na meta, não nos obstáculos. Só assim pode mobilizar aliados, neutralizar indecisos e isolar adversários.
É no sentido da transformação pretendida que deve ser centrada a mensagem. O que se pretende conseguir com o esforço proposto? Segue-se o trabalho incansável de doutrinação positiva destinada a desfazer dúvidas e a tranquilizar os destinatários que nada têm a perder com o processo.
Concentrar esforços é essencial. Em primeiro lugar, porque os recursos são escassos; em segundo porque a multiplicação das frentes facilita a constituição de coligações negativas.
Nunca é de mais insistir no problema da escassez dos recursos. Pouca gente dispõe da convicção e da competência necessárias para trabalhar nos detalhes do planeamento, implementação e controlo das mudanças.
Não deve haver nenhum português que não tenha pelo menos um professor na família. Logo, ninguém desconhece o desvario e a incompetência de que quotidianamente dá provas a máquina do Ministério da Educação no seu relacionamento com as escolas. É fácil entender o efeito desmoralizador que isso tem sobre o conjunto dos professores.
Que pode o governo fazer agora?
O afastamento da Ministra da Educação será o fim de José Sócrates. A manutenção da Ministra sem qualquer alteração da sua política será o fim de José Sócrates.
Os maiores erros do Ministério da Educação têm sido: primeiro, a abertura de novas frentes de luta umas atrás das outras sem consolidação prévia dos resultados alcançados; segundo, o amadorismo e a improvisação na implementação das reformas.
Que sentido faz mexer no ensino especial e no ensino musical agora? E que sentido faz introduzir alterações em larga escala de Norte a Sul do país sem primeiro testá-las em situações mais limitadas?
Que sentido faz lançar a avaliação dos professores antes de alterar o sistema de gestão das escolas, se a avaliação não passa de um aspecto parcelar da gestão?
A prioridade do governo deve ser a reforma do sistema de gestão das escolas. É essa a questão decisiva, a peça a partir da qual tudo o resto poderá ser transformado. Além do mais, conta com o apoio massivo dos pais e das autarquias, e nenhum partido político tem argumentos de peso para se lhe opor.
Venha ler as 10 razões do naufrágio do ensino em Portugal no Tonel de Diógenes (http://www.toneldiogenes.blogspot.com/)
ResponderEliminarPost excepcional. Parabéns.
ResponderEliminarA questão é mesmo essa!
ResponderEliminarA política ainda é uma arte demasiado nobre para ser entregue a tecnocratas incompetentes.
Concordo em parte, mas os profs. tem que saber entender que é nesessario reformar a escola e os proprios profs. Quem não é competente não deve ser prof., como em qualquer profissão.
ResponderEliminarO que seria de nós se por aí houvesse tantos maus cirurgiões como há muitos maus profs.Metade da população já tinha partido...
Quem não corresponde aos melhores padrões de qualidade sai da carruagem.
Mas parece-me que é isto que não querem, ou seja querem que se mantenha a salada russa,composta por: pessimos, maus,medios, razoaveis,bons e excelentes. Como se pode antingir altos niveis de conhecimento com um caldo destes?
Muito bom post!
ResponderEliminar"O afastamento da Ministra da Educação será o fim de José Sócrates. A manutenção da Ministra sem qualquer alteração da sua política será o fim de José Sócrates."
Parto do princípio que este parágrafo se destina a "animar" Sua Excelência o presidente do Conselho... :)
Abraço
Em Portugal drmatiza-se tudo, esquecendo que a memória das pessoas é muito curta. Nem será o fim de Sócrates se demitir a ministra (porque raio seria o fim dele?)nem é o fim de Sócrates se não houver alteração das políticas (que não vai haver)com manutenção da ministra. Os profs. pouco mais podem fazer a não ser andar de preto (ah ah ah ah ah) e berrar às segundas-feiras (ah ah ah ah ah). Nas democracias, quem governa é o governo legitimamente eleito e4 nã a"rua", seja com 100.000 ou 200.00. Certo?
ResponderEliminarCitei-o mas não sou tão categórica - ou sou-o de outra maneira, com expliquei aqui:
ResponderEliminarhttp://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2008/03/rua-ou-beco.html
A ministra da Educação não deve ser demitida, nem se deve permitir que se demita.
ResponderEliminarAtirou com a "merda" contra a ventoínha, que seja forçada a permanecer até conseguir limpar o que sujou.
Quanto ao pricipal responsável por todo este desatino, o SóCretino, nas próximas eleições será premiado com a terminação (a MAIORIA RELATIVA) pelos bons serviçõs prestados ao País.
PUTA QUE PARIU O SÓCRATES.
ResponderEliminarComo dizia Lincoln: "Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo".
O FILHO DA PUTA DO SÓCRATES JULGA-SE O LUÍS XIV!
GUILHOTINA COM O GAJO!
JÁ!
Este ultimo anonimo(07:30PM) será que pensa que está na EX-sovietica, em cuba ou no irão?
ResponderEliminarSe não está bem por cá, que emigre para bem longe, porque o seu cheiro à merda que vomita pela cloaco é horrivel e de alguém que já morreu.
A maior parte destes 100 mil profs votaram no PS e voltarão a votar. Até pq o Meneses já assumiu o que vale (pouco). Temos o que merecemos...
ResponderEliminar... o pior é se já não é Menezes ...
ResponderEliminar