"Porque há duas fases no PÚBLICO. O primeiro PÚBLICO é o da queda do muro de Berlim: este parecia o jornal para a esquerda que vibrara com o fim do bloco de Leste, pelo menos para mim, que encaixava na descrição. O segundo PÚBLICO é o da guerra do Iraque, e marca o apogeu do neoconservadorismo na opinião publicada em Portugal - daí Pacheco Pereira.
O neoconservadorismo é mais do que uma corrente em política internacional. É uma maneira de ver que casa alguns temas conservadores - a necessidade da força, a resistência ao diferente, o absolutismo cultural, a obsessão pela supremacia - com uma ausência de dúvidas e de cepticismo que eram filosoficamente saudáveis no conservadorismo tradicional. Para os neoconservadores que chegaram da esquerda autoritária bastou substituir a certeza de que tinham razão absoluta pela certeza de que desta vez é que têm a razão absoluta."
O neoconservadorismo é mais do que uma corrente em política internacional. É uma maneira de ver que casa alguns temas conservadores - a necessidade da força, a resistência ao diferente, o absolutismo cultural, a obsessão pela supremacia - com uma ausência de dúvidas e de cepticismo que eram filosoficamente saudáveis no conservadorismo tradicional. Para os neoconservadores que chegaram da esquerda autoritária bastou substituir a certeza de que tinham razão absoluta pela certeza de que desta vez é que têm a razão absoluta."
Rui Tavares no Público de hoje
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