quarta-feira, março 19, 2008

Se já nem no director do Público podemos confiar…




Afonso, o que José Manuel Fernandes escreve no editorial de hoje é mais grave do que aparenta à primeira vista. Por uma razão simples: basicamente, o relatório sobre o ensino da Matemática nos EUA sustenta o contrário do que diz o director do Público.

Não vou sugerir que o leitor folheie as 120 páginas do relatório. Basta dar uma vista de olhos a uma notícia publicada no New York Times, da qual se transcreve este excerto:
    «The report tries to put to rest the long and heated debate over math teaching methods. Parents and teachers in school districts across the country have fought passionately over the relative merits of traditional, or teacher-directed, instruction, in which students are told how to solve problems and then are drilled on them, as opposed to reform or child-centered instruction, which emphasizes student exploration and conceptual understanding. The panel said both methods have a role.

    “There is no basis in research for favoring teacher-based or student-centered instruction,” said Dr. Larry R. Faulkner, the chairman of the panel, at a briefing for reporters on Wednesday. “People may retain their strongly held philosophical inclinations, but the research does not show that either is better than the other.”

    Districts that have made ‘’all-encompassing decisions to go one way or the other,” he said, should rethink those decisions, and intertwine different methods of instruction to help students develop a broad understanding of math.»
“The panel said both methods have a role.” Que se passará com José Manuel Fernandes?

6 comentários :

  1. Την επομενη φορα, θα μπορουσατε να γραψετε το κειμενο σας, προβλεπονται κυριως στα πορτογαλικα.

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  2. Ocorreu-me entretanto que o Miguel Abrantes talvez tenha dificuldades em ler grego. No comentário anterior fiz-lhe a sugestão para que, da próxima vez, talvez pudesse escrever o seu texto predominantemente em português. Nem todos somos poliglotas…

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  3. Há muitos que não confiam em JMF há muito tempo.
    Eu até deixei agora de comprar o boletim de JMF de segunda a quinta.

    E dentro de algumas semanas será á sexta, sábado e domingo.

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  4. Miguel Abrantes e Afonso Mesquita:

    Arranjem outros "bombos de festa" que não o JMF e o Público...

    Não é que eu simpatize ou antipatize com qualquer um deles, mes é demasiado repetitivo, já enfada, já cansa, já fede...

    Vocês insistem tanto na personagem que dá para questionar:

    Que patifaria lhes terá aprontado o JMF ?

    Será que os sodomizou sem lubrificante e nem pediu desculpa ?

    Cavalheiros, por uns tempos, a bem da nossa sanidade mental, elejam outro "saco de pancada"...

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  5. O problema dos assessores governamentais é que têm dificuldade com relatórios de mais de 10 páqginas e gostam mais de mandar bocas.
    Mas podiam, ao menos, ler o relatório-síntese, que diz o seguinte:

    The essence of the Panel’s message is to put first things first. There are six elements, expressed compactly here, but in greater detail later.
    • The mathematics curriculum in Grades PreK–8 should be streamlined and should emphasize a well-defined set of the most critical topics in the early grades.
    • Use should be made of what is clearly known from rigorous research about how children learn, especially by recognizing a) the advantages for children in having a strong start; b) the mutually reinforcing benefits of conceptual understanding, procedural fluency, and automatic (i.e., quick and effortless) recall of facts; and c) that effort, not just inherent talent, counts in mathematical achievement.
    • Our citizens and their educational leadership should recognize mathematically knowledgeable classroom teachers as having a central role in mathematics education and should encourage rigorously evaluated initiatives for attracting and appropriately preparing prospective teachers, and for evaluating and retaining effective teachers.
    • Instructional practice should be informed by high-quality research, when available, and by the best professional judgment and experience of accomplished classroom teachers. High-quality research does not support the contention that instruction should be either entirely “student centered” or “teacher directed.” Research indicates that some forms of particular instructional practices can have a positive impact under specified conditions.
    • NAEP and state assessments should be improved in quality and should carry increased emphasis on the most critical knowledge and skills leading to Algebra.
    • The nation must continue to build capacity for more rigorous research in education so that it can inform policy and practice more effectively.

    Em seis pontos, dois sublinham a necessidade de objectivos bem claros para o ensino da Matemática e a importância de se aprender a ter raciocínios automáticos (não falam dela, mas julgo que a tabuada se insere bem nesta categoria de automatismos). Esses eram os dois pontos referidos por José Manuel Fernandes.
    A citação do NYT refere-se a um outro ponto, não conclusivo, e que ele não citava.
    É difícil entender como é que a corporação dos assessores só se interessou pelo ponto sem conclusões e não pelos que tinham conclusões. Mais díficil é ainda chegar à conclusão de que o vosso inimigo de estimação leu mal o relatório ao destacar as suas conclusões concretas e não as suas dúvidas científicas.
    Esperando que saibam, ao menos, ler inglês...

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  6. JMF há muito que não tem ponta por onde se lhe pegue.
    É só pena o DN estar tão mauzinho

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