terça-feira, abril 29, 2008

Leituras

Pedro Adão e Silva, A flexigurança à portuguesa:
    “Nenhuma destas soluções é viável. A primeira porque esquece, por um lado, que o direito do trabalho assenta numa assimetria de posição entre empregadores e empregado, em que a lei é o garante de alguma equidade, e por outro, que a liberalização do mercado de trabalho em Portugal fragilizaria ainda mais o tecido social português. A segunda porque esquece que um incremento da rigidez seria necessariamente acompanhado de maior flexibilidade de facto e, tendo em conta a extrema debilidade do nosso tecido económico, transformaria o grosso dos precários em desempregados.

    A solução que o Governo apresentou é uma terceira via criativa para um dilema fundamental da regulação do mercado de trabalho português. Com o fim da taxa social única, as empresas passam a descontar menos para os contratos sem termo e mais para os contratos a termo. Simultaneamente, dão-se passos fundamentais para que os independentes passem a ter algum tipo de protecção social comparticipada pelo empregador (através do pagamento de 5 pontos percentuais da taxa contributiva).”
• Rui Tavares, Força, companheiro Vasco:
    «Na sua crónica de sábado sobre “O 25 de Abril”, Vasco Pulido Valente [VPV] garante-nos que “tirando as leis que instituíram a democracia, o PREC não deixou uma única reforma necessária e durável”. Com os termos definidos por VPV, em que 25 de Abril e PREC são tratados como intermutáveis, eis de novo a questão de A Vida de Brian: “mas afinal, que fez o 25 de Abril por nós?”.

    Só que a resposta de VPV é mais divertida: “tirando as leis que instituíram a democracia”, nada. Por outras palavras: tirando eleições livres e justas, imprensa sem censura, extinção da polícia política, partidos políticos, fim da tortura e dos presos de opinião, liberdade de manifestação e associação, que fez o 25 de Abril por nós? Nada.»
• Teodora Cardoso, Avaliar e actuar:
    “(…) a magia das agências de rating consistiu em tornar as hipotecas de alto risco norte-americanas em aplicações desejáveis para investidores que ignoravam tudo a respeito desse mercado e da qualidade dos activos em que investiam, conhecendo apenas o respectivo rating, que as regras prudenciais os obrigavam a respeitar. (…) Como observa um ex-gestor da Moody’s (…), era como usar 100 anos de observações meteorológicas na Antárctida para prever o tempo no Hawai.”

2 comentários :

  1. VPV não homem em que se possa confiar, perdeu o norte, não tem o sentido das coisas,mente conspurcadamente,debita asneiras atrás de asneiras, cada vez mais ridiculas e sem sentido.

    Acho que nunca se deu bem com a democracia. Há muitos assim.

    Só um jornaleco nojento aceita tal especie. estão bem um para o outro.

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  2. O 1º. Maio em CUBA

    Este domingo en el noticiero el presidente de la Central de Trabajadores de Cuba anunciaba un 1ro de mayo donde se evidencie la “inventiva creadora” de nuestro pueblo. Sus palabras iban acompañadas por las conocidas imágenes de miles de personas desfilando en una Plaza llena de carteles, banderas y pullovers multicolores. Al ver tanta exuberancia, volvió mi vieja duda de dónde se confeccionan todos esos elementos vistosos que resplandecen bajo el sol de mayo.

    Si nos guiáramos por las palabras de Salvador Valdés Mesa, se trataría de la iniciativa ciudadana la que diseña, pinta y colorea los posters y las ropas. Sin embargo, todos sabemos que no es posible comprar en pesos cubanos –la moneda en la que se reciben los salarios- ni una bandera cubana, ni pintura de aceite o acrílica y mucho menos camisetas o gorras. Tampoco se puede adquirir legalmente una impresora para lograr las letras perfectas que exhiben los afiches de las movilizaciones. ¿De dónde, entonces, salen los carteles que pretenden ser fruto de la espontaneidad popular?

    Conozco la respuesta y sepan que poco tiene del arrojo de un obrero que escribe sus demandas en un lienzo. Tampoco se parece a la decisión de un sindicato autónomo que organiza pancartas para que sus miembros exijan mejoras laborales. La mayoría de esos letreros son orientados y diseñados por aquellos que los miran “embelesados” desde la tribuna. Ellos saben que si dejan a los trabajadores –por sí solos- que hagan los carteles, probablemente dirían otras cosas.

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