quinta-feira, maio 08, 2008

Da série "Frases que impõem respeito" [154 – Número duplo]

    "Sou muito amigo do dr. Almeida Rodrigues, já trabalhei com ele várias vezes, mas também sou procurador-geral adjunto com dez anos de cargo e por uma questão de estatuto não podia ficar" [na dependência hierárquica de um polícia].

    "Se eu ficasse, seria mal visto pelos meus colegas do Ministério Público".
      Baltasar Pinto, director nacional adjunto da Polícia Judiciária, em declarações ao JN

10 comentários :

  1. É impressão minha ou, aqui no Blog, começou a falar-se da 'nova' direcção da PJ sem, antes, se ter escrito uma palavra sobre a queda da anterior e das circunstâncias que a rodearam ?

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  2. ... por uma questão de estatuto não podia ficar" [na dependência hierárquica de um polícia].

    "Se eu ficasse, seria mal visto pelos meus colegas do Ministério Público".


    É por estas e por outras que este país não sai nunca da cepa torta.
    É o estatuto, é o ser mal visto, é o ter como chefe alguém que não faça parte do meu corporação etc, etc.

    Vamos continuando cantando e rindo neste "jardim" à beira mar plantado.

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  3. A corporação é mais importante que a competência para o desempenho de um cargo?
    Parece que sim. A continuar desta forma não vale a pena insistir. Estamos condenados a viver na mediocridade.

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  4. Para este País continuar a ser uma autêntica cagadeira, esta gente, se não existisse, teria de ser inventada. Como existe em abundância temos assegurado o futuro desta merda. (Desculpem lá a linguagem, mas começa a ser difícil usar outra)

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  5. Este post é dos mais importantes. Suscita o debate.
    Eu retiro duas conclusões:

    1- o Dr. Baltasar Pinto é livre de fazer as opções profissionais que entender e devemos respeitar esta sua liberdade

    2- O Ministério Público é que dirige o inquérito e é responsável pelos processos criminais, coordenando a actividade das polícias; delega e avoca as diligências

    3- É natural que o Dr. Baltasar Pinto se veja numa situação delicada e tenha sido diplomático, dizendo que simpatiza com o Dr. Almeida Rodrigues, mas que pretendia evitar melindres no seio do Ministério Público.

    Seria mais ou menos o mesmo se um médico aceitasse ser director-adjunto de um lar de idosos, cujo director fosse enfermeiro.

    Mas outra pessoa poderia ter posição diferente e aceitar aquela situação. Temos de respeitar os dois pontos de vista.

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  6. O Dr. Baltasar Pinto foi para a judiciária enquanto polícia e não procurador. Ou seja, qq membro do MP que esteja na PJ está a desempenhar funções de polícia. Qual é o problema de ter um polícia a comandar outro polícia?

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  7. O medo que estes magistrados tem da gestapo do sindicato do MP e do seu presidente vitalicio. A democracia ainda não chegou ao MP? Começo a ter razões para acreditar que existe realmente perseguissão e medo no interior do MP.

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  8. No meu tempo de tropa dizia-se:
    Militar está 4 graus acima de cão.
    Cão está 4 graus acima de polícia.
    Bons tempos em que as coisas eram claras.

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  9. Boas noticias que eu ouço...um Judite a frente da pj, nem mais


    Lembro e recordo o Parente o terror dos arrebentas e dos xulos

    >O que pais precisa e de acçao...o magistrado so serve para complcar.

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  10. Invocando boas ou más razões - e, a meu ver, as razões invocadas são as más (ao contrário, p. e., das do ex-director) - o Dr. Baltazar Pinto pôde ir-se embora, sem constrangimentos de perda de emprego, nem de pré ...

    E a diferença é que outros - certamente tão bons ou melhores -podem não dispor da mesma folga ...

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