sábado, maio 03, 2008

A palavra aos leitores — A liberdade de imprensa no Público



Hoje celebra-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, instituído em 1991 pela UNESCO. É bom saber que o relatório “Worldwide Press Freedom 2007”, da organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), sustenta que Portugal está entre os dez países do mundo com mais liberdade de imprensa. A forma como o Público trata a questão é referida por dois leitores:

• João M.:
    “(…) A menos que eu esteja completamente cego ou distraído, a edição em papel do Público omite completamente a classificação portuguesa no ranking mundial sobre a liberdade de imprensa, ontem divulgado pelos RSF. É verdade que a edição on line falou do caso e que o próprio jornal, na página internacional divulga uma notícia sobre isso. No entanto, o facto de Portugal se classificar nos dez primeiros não é notícia para um jornal que primou pela asneira e pela mais grosseira das manipulações cada vez que no ano passado falava do Estatuto do Jornalista...

    Há poucos dias, a Lusa divulgava que, no ranking da Freedom House, Portugal aparecia este ano pior classificado. Nem a Lusa informou nem nenhum jornal procurou saber qual era a dimensão do tombo português: afinal passámos de 12.º para 16.º em todo o mundo... E importará dizer que a Freedom House faz uma leitura completamente errada (e mal informada) do Estatuto do Jornalista que justificou essa queda...

    Pensando bem, começo a convencer-me que, de facto, a liberdade de imprensa não é assim tanta...
• Francisco B.:
    (…) A 10ª posição no ranking de liberdade de imprensa dos repórteres sem fronteiras. Ver comentários do Público-online (não gastar dinheiro a comprar o jornal) e ver as questões filosóficas sobre o que é liberdade, e que espírito tão dialéctico descobri em tantos comentadores tão assertivos quando o deputado Rangel confundiu claustrofobia democrática com autofagia social-democrata. E as desesperadas tentativas de descredibilizar a ONG, comovente... (…)

1 comentário :

  1. Desconhecia esta honrosa classificação num ranking tão importante. Ainda por cima porque reflecte a opinião de jornalistas.

    Mas não surpreende.

    A liberdade de imprensa é muitíssimo ampla em Portugal. Poderá haver tentativas de controlo político-partidário e económico.
    Mas haverá sempre um órgão de informação que acolherá a divulgação de uma notícia, sem medo de eventuais consequências.

    Agora é necessário distinguir os casos de abuso da liberdade de imprensa.
    Liberdade de imprensa não significa o direito de publicar notícias falsas.

    Portugal está muito bem quanto à liberdade de imprensa.

    Mas continua mal relativamente ao abuso de liberdade de imprensa.
    Grande parte das notícias dos media são incorrectas ou falsas.

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