domingo, agosto 10, 2008

De regresso ao ábaco e à ardósia




A gente sabe que João Miranda, enquanto deixa os procariotas a cozer em lume brando, se entretém a tentar enfiar o Rossio na Rua da Betesga. Não vem mal ao mundo. Antes pelo contrário: nenhum de nós seria capaz de ser tão contundente com o neoliberalismo.

Mas que o De Rerum Natura, um blogue de cientistas¹ (e assim), faça suas as palavras de Miranda contra a distribuição de computadores pelas escolas é que é surpreendente. Ainda os havemos de ver a publicarem artigos nas revistas científicas a defender o regresso à ardósia e ao ábaco. Aí é que seriam citados à grande e à francesa.

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¹ A Palmira não é de certeza a autora deste estranho link. Cruzámo-nos há dias pelas bandas de Pedras d’el Rei e a Palmira até se lamentou de não ter acesso à net.

9 comentários :

  1. Não é bem isso: O João Miranda está em campanha contra ESTE governo. E, como está em campanha,ele vê perigos em tudo: Se o governo manda estudar, o estudo é mau. As crianças devem poder é brincar e divertir-se.
    Se o governo reforça a polícia, é péssimo, pois estamos a ficar um Estado Policial.
    Se o governo aplica a lei de defesa do consumidor, ai que a Pide voltou.
    Se destribui computadores, está a promover o facilitismo. Se aumenta o número de bibliotecas escolares é a promoção da fractura geracional.
    Caso a polícia intervenha para libertar refens de ameaças de morte(crime maior do ordenamento jurídico) estamos perante a imposição da lei da selva e da do mais forte. Como se o Estado pudesse demitir-se dessa sua própria força!
    João Miranda deve ser contra as vacinas desde que aplicadas em instalações do Estado.
    Só nunca o ouvi condenar as guerras preventivas e os actos terroristas levados a cabo sob essa mesma justificação!
    MFerrer

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  2. Eu despedia 50% da função pública e investia o montante poupado em distribuir um computador topo de gama a todos os portugueses, com Internet gratis incluido.

    O país saia dessa crise em 1 ou 2 anos.

    Esse Estado paizinho, sim. O que acoberta a incompetência dos professores que não ensinam, dos médicos que sugam o sangue e da justiça que não funciona, não.

    Edie Falco

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  3. Essa estória de em Pedras d'el Rei (excelente escolha !) não ter acesso à net é "tanga" da Palmira.
    1. há cobertura via banda larga móvel;
    2. acesso wifi na zona da Recepção;
    3. acesso via rede fisica na Recepção.
    ...Pagando..claro !

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  4. Independentemente dos seus méritos, sempre achei os cientistas do De Rerum Natura, um pouco esgrouviados, daí não me causar espanto.

    Estão como a SEDES...

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  5. Não teve acesso à Net não... eu sei ;)

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  6. João Mirando é um reaccionario linguistico de inteligencia mediana e só atraves das palermices que brota é que o torna conhecido. Por mim dão esmola para essa missa.

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  7. Ó meu parvo - já viste a enormidade de mentiras associadas à aldrabice do PC "português" Magalhães:

    1. Não é português - é uma cópia do Classmate

    2. Dará talvez 80 empregos novos, nunca mil como o mentiroso mor da república inventou

    3. Não terá nunca mais do que os plásticos exteriores portugueses (50% de incorporação teconológica portuguesa...?!?)

    4. Se fizerem/venderem 5% dos previstos e gloriosamente anunciados pelo arremedo de Pinóquio será um sucesso

    5. É quase impossível exportar estes PC's, ao contrário do o moço chorão disse

    6. É um golpe muito mau para o "One Laptop per Child" de Negroponte e uma vitória para Intel e Windows...

    Posso aceitar que o artigo tem uns argumentos falaciosos mas aquio que critica é o mais importante.

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  8. Ó burro:

    Quem é que te disse que há "a distribuição de computadores pelas escolas"?

    Os putos levam-nos para casa e a Escola que se lixe - não houve um presidente da Câmara que também distribuiu electrodomésticos antes de umas eleições...?!?

    Queres ver que os Loureiros, com ajuda do avô Soares, se não forem dentro antes, ainda vão ser condadidatos à Câmara pelo PS?

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  9. O Miguel a tentar, copiando um cretino, a "tentar enfiar o Rossio na Rua da Betesga".

    Para perceberes melhor:

    http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=B9E92158-8F98-44FE-B5DD-713CCB085826&channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011

    8 Agosto 2008 - 00h30
    Tecnologia: Polémica em torno do primeiro computador português
    “Portátil Magalhães é baseado na Intel”
    O primeiro computador português, afinal não é português, é apenas montado em Portugal. A JP Sá Couto, empresa responsável pela montagem do portátil ‘Magalhães’, apresentado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, como o primeiro computador nacional, admitiu ontem que o portátil é baseado na segunda versão do ‘Classmate’ da Intel.



    Aliás, o modelo não é exclusivo para Portugal. Também é vendido em países como o Brasil, Itália, Índia e até Indonésia. O que muda? Apenas os nomes dos portáteis.

    "Obviamente que há uma ligação ao ‘Classmate’ da Intel, porque o produto foi desenhado por eles", afirmou à Lusa João Paulo Sá Couto, que assegurou que nunca escondeu esse facto. Apesar de reconhecer que o portátil é baseado na plataforma da Intel e que a maioria das peças são provenientes de vários países, o empresário insiste que "o ‘Magalhães’ é um computador produzido em Portugal". Porquê? "Porque a máquina é montada aqui, peça a peça. Chega aqui matéria-prima e sai produto acabado", justificou João Paulo Sá Couto. Por isso, destacou o empresário: "O importante é que a concepção deste ‘Magalhães é realmente portuguesa, desde o ‘display’, à capacidade e a todo o conceito. Isto apesar de, em termos estéticos, o ‘Magalhães’ e o ‘Classmate’ serem parecidos."

    Segundo adiantou o empresário, a JP Sá Couto pretende incorporar no ‘Magalhães’ "o máximo possível de componentes feitos em Portugal", mas recusou revelar quanto de matéria-prima portuguesa haverá nos primeiros ‘Magalhães’.

    PORMENORES

    FACTURAÇÃO TRIPLICA

    A JP Sá Couto admite triplicar a facturação na sequência das vendas do portátil ‘Magalhães’. A empresa espera ter um crescimento de vendas superior a cem milhões de euros em Portugal e mais cem ou 200 milhões de euros nos mercados externos.

    GOVERNO COMPRA 500 MIL

    O Governo encomendou 500 mil computadores ‘Magalhães’, para distribuir em Setembro nas escolas de Ensino Básico. Para os alunos do 1.º escalão da Acção Social o portátil é gratuito, para o 2.º escalão custa 20 euros e para os restantes alunos custa 50 euros.

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