No dia da rentrée: “O CDS tem que se livrar da obsessão Paulo Portas”

Uma família que subitamente se agita. Ela, Celeste, liberta das preocupações de banqueira, e que, em regra, nunca aposta no cavalo errado, escreve um artigo no Expresso sobre uma matéria que não é da sua especialidade. Ele, Manuel, cunhado de Celeste, dá uma entrevista ao Público para anunciar que a morte política de Paulo Portas não é algo exagerada. Fiquemo-nos pela entrevista.

Numa análise custo/benefício, mas não economicista, de Paulo Portas, Manuel Queiró sustenta: “O dr. Paulo Portas está numa fase em que as suas qualidades e as vantagens que o partido dele retira se estão progressivamente a apagar e os seus defeitos e desvantagens para o partido se estão progressivamente a realçar.” E mais à frente: “O brilho da sua exposição oral, o talento de orador, a notoriedade que adquiriu deixaram de funcionar em favor do partido, porque, de alguma forma, a sua imagem já não passa. Temo por uma nova orfandade.”

Queiró parece pesaroso: “O que é preocupante é a inércia em que o CDS mergulhou quando tem um líder afirmativo.” E volta à lengalenga de que o CDS é um partido de quadros: “foi sempre o CDS que com tempo se deixou transformar num partido exclusivamente de quadros, o que o conduz progressivamente à situação de partido exíguo.”

Presumo que estivesse a pensar, a título de exemplo, nestes quadros de gabarito internacional que o CDS enviou para o Parlamento: