quarta-feira, novembro 12, 2008

Morbus, o vírus




No dia em que ocorreu o golpe de Estado na Madeira, o Presidente da República escondeu-se, a presidente do PSD desapareceu, talvez porque as mulheres não pensam 24 horas por dia em política, e o ideólogo do cavaquismo deixou ao abandono o Abrupto, que lhe dá mais poder do que se fosse secretário de Estado.

Ontem, Cavaco Silva reapareceu com o ar de que um golpe de Estado é a coisa mais trivial do mundo, muito embora não seja presidente de uma república centro-africana. Hoje, Pacheco Pereira regressou aos gritos de que “ninguém [o] cala!" Se a lógica não for uma batata, é a vez de, amanhã, Manuela Ferreira Leite dar também um ar da sua graça.

Já tinha ouvido chamar muita coisa a Jardim, agora Morbus é que não. Mas ou muito me engano ou o cavaquismo ainda vai muito a tempo de dizer o que pensa sobre a Madeira. O processo insular de restabelecimento da normalidade democrática não deverá ser mais célere do que aquele que envolve Mugabe.

2 comentários :

  1. Tem razão... a região autonoma do zimbabwe, com seu bokassa-mugabe, vai demorar um tanto a normalizar...

    tem que se arranjar um intermediador credivel, porque os que por função tudo querem arbitrar, claramente não entendem o fundo deste problema.

    E também não o do BPN, que parece, que lá competitivo, até o terá sido, para além da ética minima do sector...

    Duas personalidades paralelas, dois silencios cumplices...

    Porquê Senhor, porquê????

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  2. Enquanto isso a perseguição política continua na Madeira como se pode constatar pelo processo contra o blogger do http://farpasdamadeira.blogspot.com

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