segunda-feira, junho 22, 2009

“…e pagos pela porta do cavalo”

Luís Paixão Martins em entrevista ao i:
    Acha que já se desvaneceu o estigma criado nos últimos anos em torno do papel das agências de comunicação na intermediação entre jornalistas e políticos?

    Acho que o tal estigma não só não se desvaneceu como aumentou. Os "grandes educadores" como o doutor Pacheco Pereira opor-se-ão sempre às iniciativas transparentes e assumidas que popularizem a política, que melhorem a informação dos cidadãos e tornem mais transparente a actividade dos partidos. Querem perpetuar a ideia da vanguarda da classe operária. Pelos vistos, para essa gente falta-nos a legitimidade que tinham os consultores brasileiros, americanos e espanhóis contratados às escondidas e pagos pela porta do cavalo. Eu, como, ao contrário do doutor Pacheco Pereira, nunca fui presidente de uma distrital partidária desse tempo, não consigo compreender por que os consultores estrangeiros que recebiam o dinheiro em cash tinham mais legitimidade do que têm, hoje em dia, as consultoras portuguesas que orçamentam, facturam e pagam impostos. Mas, provavelmente, sou eu que estou errado e haverá alguns saudosos desse passado. É a vida.

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