quinta-feira, junho 25, 2009

Leituras

• Fernando Sobral, A renovação do PSD:
    Renovação é uma palavra que se escuta em todas as bocas, quando não se tem nada para propor. E é esse o maior problema do PSD. Estava conformado em ser oposição durante os próximos quatro anos e agora foi apanhado a tentar tirar doces da lata do poder.
• Ferreira Fernandes Cavaco, sondagens e Jorge Jesus:
    Os portugueses estão escaldados com as soldagens, mas o Presidente confessa que as ouve: "(...) sondagens que terão sido feitas manifestam uma preferência por eleições simultâneas...", disse. Cavaco fez bem em ser dubitativo: "terão sido feitas..." De facto, sondagens recentes sobre o assunto, não se conhecem. Antigas, há uma, do Expresso, de de Janeiro (em matéria de sondagem, pré-História). E mesmo essa diz o contrário do que Cavaco sugeriu: a maioria queria eleições separadas; e a minoria que as queria juntas falava das europeias e legislativas. Então, onde foi Cavaco desencantar a tal sondagem que prefere legislativas e autárquicas no mesmo dia? Só se fala daqueles inquéritos on-line que os jornais fazem. Ontem mesmo, o Correio da Manhã tinha um, onde se apontava para aquela leve ideia de Cavaco: sim, o povo quer eleições juntas... Mas se o Presidente dá ouvidos aos inquiridos do CM, posso adivinhar também o pensamento presidencial sobre outros temas tratados nos inquéritos do jornal. Lembro perguntas recentes: "CR é melhor que Messi?", "Sporting perde com saída de Derlei?", "Jesus vale indemnização de 700 mil?"
• Francisco Murteira Nabo, O manifesto:
    Como antigo responsável político da área dos transportes é pública a minha posição de defensor da construção, quanto antes, de um novo aeroporto de Lisboa, fora da cidade, por razões de segurança e ambientais - decisão que a meu ver só peca por tardia - e da construção de uma rede de ferroviária de alta velocidade (TGV) por razões europeias e ambientais e, por isso, não tenho dúvidas quer quanto à sua enorme importância estratégica para o país, quer quanto à necessidade da sua construção se efectuar enquanto Portugal puder beneficiar de fundos comunitários, o que provavelmente só acontecerá até 2013. (…) discordando da oportunidade do manifesto, como Bastonário da Ordem dos Economistas, parece-me que prestaríamos um grande serviço ao país se, dentro da nossa Ordem, estudássemos profundamente este assunto e apresentássemos ao país as nossas conclusões, acabando de vez com este "para-arranca" que nos não prestigia.

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