quarta-feira, junho 24, 2009

MATERIAIS DE PROPAGANDA©





Aproximavam-se as eleições legislativas de 1991 e todos os portugueses receberam na caixa do correio uma carta de Cavaco Silva, na qual o ex-primeiro-ministro escrevia:
    Portugal precisa de estabilidade para vencer, para continuar a caminhar em frente.

    Compreenderão por isso que eu não possa continuar como Primeiro-Ministro se não merecer a confiança clara dos Portugueses, através de um voto maioritário nas próximas eleições.

    Tenho a obrigação de ser claro. Não quero enganar ninguém.

    (…)

    A estabilidade governativa não é um objectivo partidário. É uma exigência nacional.
Entretanto, a Dr.ª Manuela disse: “Não vou pedir maioria absoluta”, explicando depois esta posição: “Estar a tentar pressionar os eleitores para resultados que nem sempre correspondem ao desejo dos eleitores não é próprio de uma democracia”.

Como se vê, a política de verdade do cavaquismo tem cambiantes inesperados.

3 comentários :

  1. Esperemos que as legislativas permitam formar uma forte candidatura às presidenciais

    pois

    este PR está completamente confundido com suas funções...

    Se acaso havia razão para unificar dia de eleições,

    seria legislativas e europeias

    por todas as razões,

    das quais a menor não seria o risco de abstenção que o PR tinha obrigação de curar não haver razões para...

    mas também a urgente imperiosidade de o governo ser legitimado face crise e medidas necessarias para a enfrentar

    que não suportam ataques soezes do venerando

    e de 28 ilustres teo-economistas

    armados em ayatolahs, guardiães, da verdade, pureza ideológica, pragamatica do sistema

    Não os ouvimos falar dos escandalos BPN, BPP e quejandos

    que bem afectaram o País...

    Alguns serão depositantes, accionistas, lobbistas dos ditos BPN

    Enfim...

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  2. Os resultados das eleições passam muito pela motivação das pessoas saírem de casa. E estarem ofendidos (?!) é um bom impulsionador para votar.

    De um modo geral a esquerda achou que a presente crise se vendia a ela própria. A direita achou que se não se orientassem podia ser o fim das suas argumentações.

    Adivinhem quem está a sair-se melhor..

    Uma atitude passive-agressive de lavar as mãos dos problemas não vai trazer nada de positivo aos portugueses e ao país.

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  3. Assistindo há pouco a um programa da Sic Notícias de auscultação (?) da "opinião pública", senti-me testemunha de como tudo pode ser deturpado e retorcido quando a partidarite é aguda, já que esta parece corromper os circuitos da memória e impedir a capacidade de análise.
    Daí, a satisfação por encontrar aqui alguém que mantém a lucidez e a honestidade intelectual para separar os factos da propaganda e de interesses escusos.
    Venham estes de onde ou de quem vierem, que não se nos turve o discernimento...
    Obrigada, Aires. Assino por baixo, Francisco.
    Afinal, com memória ainda somos alguns. Com memória e lucidez, oxalá sejamos muitos.

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