terça-feira, agosto 18, 2009

O peso da omissão

É verdade que estamos no pico da silly season.
É verdade que a notícia saiu num jornal de pouca circulação.

Mas, num estado de direito com a as instituições a funcionarem regularmente, uma coisa destas não pode passar sem um esclarecimento claro. Não através de fontes a coberto do anonimato. Em papel com a chancela presidencial, obviamente.

8 comentários :

  1. Uma coisa curiosa: a fonte coloca duas hipóteses, a da inside information ou então de escuta. Porque razão não leva o público a sério a possibilidade de uma toupeira na presidência? Sempre acrescentava um pouco mais de piada a esta estória.

    ResponderEliminar
  2. O PS e o governo são acusados por fonte da PR que estão a escutar o MrPr. O público vai ouvir jpedroaguiarbranco para o contraditório. Porque razão não houve aquele que é acusado? Porque assim a estória não tinha tanta piada.

    ResponderEliminar
  3. Os assessores do presidente podem colaborar com o PSD. O presidente também, uma vez que ainda é militante (creio que não entregou o cartão e, possivelmente, vai pagando a quotização). Os assessores e o presidente, tal como o PSD, podem mostrar a sua indignação relativamente a certas atitudes do governo e do partido socialista. Mas o governo e o PS também se podem indignar com certos comportamentos dos assessores do presidente, do presidente e do PSD. Ou não?
    O folclore a que o jornal Público se presta, servindo de mensageiro para certas estratégias do PSD e Belém, pode ou não indignar também os socialistas? Este caso é apenas mais um episódio da promiscuidade e viscosidade entre certos sectores da sociedade portuguesa. A verdade, a seriedade e a ética vão-se desvanecendo cada vez mais em nome de interesses mais ou menos obscuros, todos apostados em ganhar o poder custe o que custar. E agora era importante desviar as atenções sobre o mau-estar no PSD. Como disse Aguiar Branco, a questão das listas está ultrapassada. E mesmo que não esteja, coloque-se o país a falar mal dos malandros dos socialistas, agora a fazerem escutas ao sr. presidente e seus assessores. A ideia está lançada, e mesmo que seja mentira (deve ser), eles esperam que ela crie o bruá necessário para fazer esquecer os outros bruás.

    ResponderEliminar
  4. Neste momento, e a avaliar pelo impacto, a estratégica de intoxicação está a resultar. É a "política de verdade" manhosa.

    ResponderEliminar
  5. Tb curioso é a contradição entre os rumores e os desmentidos...

    Temos então que:

    1 - O PS acusa a presidência de se envolver no programa do PSD

    2 - A presidência "queixa-se" e diz que só é possivel ter esta informação se a presidência estiver sob escuta ou vigilância.

    3 - Aguiar Branco desmente que haja qualquer envolvimento da presidência (assessores) no programa do PSD.

    Então, podemos concluir que Aguiar Branco Mente e que há assessores envolvidos na campanha. Se aasim não fosse a presidência não se queixaria de "escutas e vigilância", mas sim desmentiria as afirmaçãoes de dirigentes do PS. Só faz sentido falar em escutas e vigilância se as afirmações fossem verdadeiras...

    Miguel

    ResponderEliminar
  6. O método é conhecido há muito: usa-se um escriba às ordens num pasquim às ordens, mete-se a "notícia" (falsa ou verdadeira, mas a mais das vezes falsa), aguarda-se que a mesma crie ondas de choque, e é ver o mundo da comunicação social a ouvir este o outro e toda a gente. Ninguém vai averiguar se É VERDADE, qual o INTERESSE da fonte da informação, e fica tudo numa imensa espuma equívoca. Serve o propósito dos mandantes. É uma vergonha!

    ResponderEliminar
  7. Afinal eles assumiram a ajuda dos assessores de Belém

    ResponderEliminar
  8. http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=145621


    Ups...

    ResponderEliminar