quarta-feira, setembro 30, 2009

Viagens na Minha Terra do Eduardo Pitta

• Eduardo Pitta, BELÉMGATE. BLOG REVIEW:




Para poupar trabalho às assessorias de Belém, um apanhado da opinião publicada em alguns blogues:



Adolfo Mesquita Nunes: «[...] Cavaco Silva foi apanhado com a boca na botija a tentar resolver o assunto através da pequena intriga jornalística. [...] A declaração de Cavaco Silva teve, por isso, um efeito contrário ao pretendido. Alargou a vitória de José Sócrates [...]

Ana Matos Pires: Assim para início de conversa sugiro

Ana Vidigal: Time Bomb

António Figueira: «Como suponho que a maioria dos portugueses, achei a alocução do PR uma trapalhada. É espantosa a erosão que sofreu o prestígio do PR [...]»

António P.: «O Presidente Cavaco Silva para dizer o que disse podia ter ido comer uns Pastéis de Belém, que ficam ao lado do Palácio de Belém, e transmitido aos outros clientes os seus estados de alma. [...]»

Carlos Abreu Amorim: Efeitos políticos da comunicação do Presidente da República

Carlos Santos: «Em todo o caso, se a opinião blogosférica vale de alguma coisa, parece-me que o consenso na condenação da mensagem que o PR fez ontem é de tal maneira elevado que alguma semelhança há-de ter com o que se passou na Sociedade Civil.»

Daniel Oliveira: «O discurso do Presidente foi recebido com humor, indignação ou estupfacção por todos os comentadores. Pior: para defender Cavaco Silva ficou Nuno Rogeiro.»

Eduardo Graça: «Cavaco Silva acabou de fazer um exercício suicida. [...] Ao que vinha, na qualidade de Presidente, tudo ficou por esclarecer. Nunca tal se tinha visto! Com seus defeitos e virtudes nunca qualquer outro Presidente da República alguma vez desceu tão baixo. A partir de hoje, se ainda restassem dúvidas, Cavaco Silva deixou de ser o Presidente de todos os portugueses para se tornar no líder da oposição ao PS.»

Guilherme Pereira: No comments

João Galamba: «Afinal, as questões de segurança são problemas da própria presidência e nada têm a ver com o governo ou com o PS. [...] o caso das escutas passou a ser apenas o caso das vulnerabilidades do sistema informático da presidência. Não há escutas, há apenas a possibilidade de haver escutas porque o sistema informático da presidência é fraquito. Parece-me evidente que a presidência está a precisar de um choque tecnológico. Mãos à obra, senhor Presidente.»

João Távora: «Foi um espectáculo confrangedor ontem à noite assistir às declarações do Chefe de Estado: afinal as suas tão aguardadas palavras pouco mais revelaram do que um homem acossado pela intriga que grassa entre os órgãos de soberania e de estados d’alma pouco dignos do mais alto magistrado da nação. Depois, já enterrado no sofá, foi assistir atónito à intervenção do ministro Pedro Silva Pereira, em autêntica pose de estadista, ripostar com invulgar dureza e numa arrogância quase elegante a pública birra de Cavaco Silva.»

Jorge Carreira Maia: «Cavaco Silva não pode falar. Pode fingir que fala. Mas sempre que deixar transparecer o que lhe vai na alma, os portugueses têm o súbito vislumbre de que podem estar a meter-se num grande sarilho.»

Jorge Costa: «O Presidente da República é o garante da estabilidade institucional. Ontem, fez o exacto contrário do que dele se espera.»

José Ferreira Marques: «A patética declaração do Presidente da República [...] é a mais iniludível prova de que o episódio das escutas foi uma conspiração urdida com o propósito de prejudicar o Governo da República e o Partido Socialista. Ao justificar o injustificável com eventuais vulnerabilidades do seu sistema informático, Cavaco Silva apenas confirma que a sua conduta no processo das escutas está longe de ser irrepreensível. Esta noite, o povo sentiu o abraço do polvo.»

José Pacheco Pereira: «Na verdade, como eu próprio sempre disse, nunca o PR falou em “escutas”, mas sim em “questões de segurança” [...] Isto representa substancialmente o que eu próprio disse quando se soube do afastamento do assessor de imprensa.»

Lourenço Ataíde Cordeiro: «Se há aí alguém interessado em promover a restauração da monarquia, este é o momento, rapazes, este é o momento.»

Luis M. Jorge: O que o Presidente devia ter dito [À especial atenção da Casa Civil do PR.]

Luís Novaes Tito: «[...] Numa ou noutra circunstância “a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas” parecem estar ameaçadas por quem tem por missão zelar por elas.»

Miguel Abrantes: «Cavaco em muito sérias dificuldades... faz harakiri em prime time

Paulo Gorjão: «Cavaco Silva até pode recandidatar-se, mas uma parte importante do seu capital político — a sua imagem de referência ética — evaporou-se de forma irremediável.»

Paulo Morais: «No vértice superior do regime paira uma entidade dispendiosa e inútil. Se o topo do sistema político é uma inutilidade, não é de admirar que proliferem no estado estruturas que, também elas, de nada servem.»

Pedro Adão e Silva: Acabar o mandato com dignidade / Veja o vídeo do Gato Fedorento sobre o speech de Cavaco.

Pedro Vieira: Sai um cinto de castidade para Belém, s.f.f.

Porfírio Silva: «O Presidente da República acaba de dirigir-se ao país para fazer em directo um exercício de hipocrisia e irresponsabilidade no “caso das escutas a Belém” [...] Nunca vi um Presidente constitucional desta jovem democracia descer tão baixo.»

Rodrigo Moita de Deus: «O que é realmente sério e grave na comunicação de ontem? Para além do conteúdo. Para além da forma. Para além do resto, guardo a imagem de um presidente “forçado”. Expressão que o próprio utilizou. Forçado a falar sobre a questão da segurança, forçado a demitir Fernando lima, forçado a isto e forçado aquilo. Um Presidente não é forçado. Nem se deixa forçar. Um Presidente força. E quem não vê isto não entende a natureza do cargo.»

Rogério da Costa Pereira: «O senhor presidente ouviu diversas entidades e ficou a saber que existem vulnerabilidades. O que é que esta porra quer dizer?»

Sérgio de Almeida Correia: «[...] O Presidente da República não tem a mínima noção do papel que exerce, confunde o interesse nacional com os interesses do PSD e da sua entourage presidencial, e à força de querer ser isento acabou por se comportar como um elefante numa loja de porcelanas [...]»

Sofia Loureiro dos Santos: «Cavaco Silva não está à altura de exercer o seu cargo.»

Tomás Vasques: «Os assessores de Belém tinham o dever de tirar os caroços das cerejas ao Presidente antes da declaração presidencial.»

Valupi: «Cavaco Silva é uma ameaça para a segurança nacional [...] O problema acaba de sair das mãos dos partidos. Isto agora é connosco, com cada um.»

Vital Moreira: «Decididamente, o desatino tomou conta o Palácio de Belém. A comunicação de Cavaco Silva há-de ficar nos anais do nonsense político entre nós. [...] Algo não está bem com o Presidente da República.»


[Imagem de João Cóias.]

16 comentários :

  1. Quando um Presidente se torna motivo de vergonha nacional.

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  2. Decididamente:
    Não é o presidente dos portugueses - só de alguns...

    Nem tão pouco é o presidente da Direita - só de alguma...


    Nem ainda é o presidente do PSD


    Revelou-se aquilo que já se suspeitava - é o chefe de uma facção!

    Será? Ainda? Se calhar já nem isso....

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  3. Ninguém percebeu... é mesmo um caso de segurança nacional!

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  4. O homem revelou-se verdadeiramente incapaz para o cargo.

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  5. Esta (boa?) moeda flutua. Ainda mais do que a outra....

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  6. Uma inventona com alto patrocinio.

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  7. Há uma investigação que convém acompanhar atentamente e sobre a qual se devem pedir explicações precisas - é a investigação às fugas (selectivas)ao segredo de justiça.

    Ninguém se pode alhear de que foram uma peça de um puzzle - que agora começa a ficar bem definido, de um verdadeiro golpe de estado.

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  8. Não gosto, nunca gostei do cavaco. o que nunca imaginei é que pudesse ser pior do que poderia imaginar: perfídia? ignorância? Lamentável. Está na altura de ir tratar dos netos.

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  9. Mas o Cavaco começou a tomar ácidos?

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  10. Será que ninguém é capaz de oferecer um Magalhães ao ainda Presidente da República?
    Considerando que poderá ser tecnologicamente demasiado sofisticado para o utilizador, estou disponível para lhe instalar software de protecção gratuito, disponível na net. Não cobro nada.

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  11. E o rogeiro ontem que só dizia asneiras.

    Asneiras básicas para quem de forma sempre imponente dizia que era o "bêábá".

    De facto foi um beabá da asneira.

    Ele é mesmo professor naquela matéria?

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  12. Em que data é que foi nacionalizado o BPN?

    Até aí tudo bem. Tratava-se de evitar o risco sistémico.

    O pior foi quando começaram a vir ao de cima as vigarices?

    Quando é que começou a bombarda de um jornal de malta do BPN, em capítulos, sobre o Freeport?

    Adivinhem. Adivinhem. Coincidência!

    Assuntos de Estado, alguém diria.

    Topas?

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  13. É isto mesmo...

    "Anónimo disse...
    Em que data é que foi nacionalizado o BPN?

    Até aí tudo bem. Tratava-se de evitar o risco sistémico.

    O pior foi quando começaram a vir ao de cima as vigarices?

    Quando é que começou a bombarda de um jornal de malta do BPN, em capítulos, sobre o Freeport?

    Adivinhem. Adivinhem. Coincidência!

    Assuntos de Estado, alguém diria.

    Topas?"

    AVERIGUAÇÃO BPN JÁ...

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