sexta-feira, novembro 06, 2009

Leituras

• Fernanda Câncio, Da simbologia dos símbolos:
    Em Itália, em 1861 (o da unificação do país), para assumir a religião católica como "a única religião do Estado". Em Portugal, por decisão de Salazar em decreto de 1936, explicitando: "Em todas as escolas públicas do ensino primário infantil e elementar existirá, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo da educação cristã determinada pela Constituição." A Constituição de Salazar, note-se. A da democracia estatui desde 1976 que o Estado não tem religião e que a escola pública é laica.
• João Cardoso Rosas, Clivagens ideológicas:
    O debate do programa do novo governo deixou claras as clivagens ideológicas no Parlamento da XI Legislatura. Vejamos três exemplos.
• Magalhães e Silva, 'Face oculta':
    (…) o megaprocesso dá uma aparência de eficácia no combate ao crime, que parece ser preocupação maior dos novos inquilinos do Ministério Público. Mas a nós, cidadãos, interessa-nos pouco a propaganda. Queremos mesmo é Justiça célere e de qualidade.
• Paul Krugman, Uma boa e uma má notícia:
    A boa notícia é que a American Recovery and Reinvestment Act, ou seja, o plano de estímulo de Obama, está a funcionar, fazendo jus aos manuais de macroeconomia. Mas isso é também uma má notícia, porque a análise teórica dos mesmíssimos livros diz que o estímulo foi muito insuficiente, dada a escala dos nossos problemas económicos. A não ser que alguma coisa mude drasticamente, temos pela frente muitos anos de desemprego. E a notícia verdadeiramente má é que os "centristas" do Congresso não são capazes ou não têm vontade de retirar a conclusão óbvia, ou seja, que precisamos de muito mais despesa federal para a criação de emprego.
• Pedro Adão e Silva, Por detrás das falas mansas:
    (…) fica a certeza de que, por trás das falas mansas do comunismo de sociedade recreativa se esconde um partido envolvido num crescendo de ortodoxia sem paralelo no mundo ocidental. Afinal o enlevo com a Coreia do Norte de Bernardino Soares ou o apagamento do Gulag da deputada Rita Rato não são notas dissonantes ocasionais, mas sim o elemento central da partitura pela qual se rege hoje o PCP.

1 comentário :

  1. Assim vai a Justiça portuguesa.
    Independentemente de quem venha a ser acusado ou inocentado, um crime hediondo e atentatório aos direitos dos cidadão foi já cometido e de forma descaradamente normal, sem qualquer escrutínio ou indignação da prestimosa comunicação social.
    O 1º crime irrefutável e inegavelmente comprovado é o que é constantemente cometido pelos agentes da...Justiça! Encarregues do dever de guardar Segredo de Justiça em investigações a decorrer, até para precaver situações em que se explore e oriente as massas para incriminar pessoas que venham a ser inocentadas (sendo arguido ou suspeito tem o direito da presunção de inocência), aquilo a que assistimos é precisamente o seu contrário.
    "Alguém" dentro desse "monstro sagrado", dentro dessa verdadeira "face oculta", retira peças da investigação de forma avulsa ou selectiva e segrega-as para a comunicação social!
    Que é isto senão prácticas de um neofascismo?!
    Que face oculta da Justiça é esta senão um criminoso?!
    Que razão tem Marinho Pinto quando fala na podricão que vai na Justiça Portuguesa!
    É um Homem deste calibre que deveríamos ter a Presidente da República.

    [A hora é doutrinária, fazer os partidos olharem-se no espelho das suas raízes. Os jovens precisam de conhecer, para lá das demagogias e do "barulho", aonde principia as géneses dos partidos e o seu percurso. Sería útil para perceber o que significa ser de Direita e de Esquerda nos tempos que correm. Observar depois aqueles que atravessam não só crises de liderança como ainda verdadeiras crises de Identidade.
    O ressentimento comunista contra o Ps é facilmente explicável no pós 25 de Abril bem como o 'possibilismo' que se coaduna melhor com o partido de Francisco Louçã. Mas entre todos, e a ver o caminho que toma a Justiça e essas faces ocultas que por lá rabicham, fazem-me por de sobreaviso com as jogadas das correntes Marcelistas e Saudosistas.]

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