domingo, novembro 01, 2009

Tão amigos que nós éramos

Embora subscrevendo tudo o que o João diz no post anterior, o tom autocrítico do editorial, relativamente à participação do jornal na inventona de Belém, merece ser sublinhado:
    O fundador deste jornal, Vicente Jorge Silva, disse num texto recente que a credibilidade da imprensa de referência ficou seriamente afectada pelos incidentes que rodearam a última campanha para as legislativas. Um balanço duro, mas uma conclusão lúcida.

    Não temos nada a acrescentar a uma polémica sobre a qual tudo está dito e da qual não ficaremos reféns. A razão de estarmos aqui hoje é anterior a tudo isso. Mas não escamoteamos o facto de ser nossa primeira obrigação repor essa credibilidade ameaçada, conscientes que estamos da percepção pública de um excesso de peso ideológico no jornal.
Entretanto, se José Manuel Fernandes nunca soube o que era ser director de um jornal de referência, ninguém se pode espantar que também não saiba estar à altura das exigências que se colocam a um ex-director. Fernandes, numa aliança curiosa com António Filipe, socorre-se das palavras do deputado do PCP no Twitter para um primeiro remoque:
    «JMF1957: RT @AntonioFilipe: Curioso título Público s/ o Gov: "Ao centro na economia, à esquerda nas opções de vida". À direita não haverá nada, nada?»
Um novo desafio se põe a José Manuel Fernandes: ser o provedor dos neocons do Público, assim Pacheco e Cintra Torres não queiram chamar a si a incumbência.

1 comentário :

  1. O Público retractou-se no Editorial. Não era preciso pôr Sócrates na 1.ª página para humilhar José Manuel Fernandes.

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