Leituras [5]

• J.M. Nobre-Correia, E depois da borrasca?:

‘Em boa verdade, o jornalismo exaltado que é praticado em Portugal é fruto do que foram os primeiros anos do sistema democrático e do que foi a evolução socioeconómica e cultural do País. Consequência da decapitação da maioria dos media após o 25 de Abril. E do que foi o recrutamento de gente que, de repente, achou que até podia ser jornalista. Gente quantas vezes vinda de um militantismo radical, que acha dever assumir um papel de tribuno e justiceiro.

Bom número de jornalistas considera que o que está a passar-se em Portugal é uma espécie de “luta final” (um Watergatezinho lusitano) de que sairá derrotado o Governo e glorificada a “classe” jornalística. Doce ilusão! Portugal é o país europeu em que, e de longe, se vendem menos jornais. Estejamos certos de que, depois da borrasca, vender-se-ão ainda menos. Por falta de credibilidade…’