- ‘Os jornalistas e os juristas sabem que no perguntar vai meia resposta. Faça-se agora a equação: se na pergunta vai meia resposta e se não houver sequer resposta, o que é que fica? Apenas a insinuação. É a outra forma de instilar peçonha.
Imaginem que os jornalistas, que trabalham com rígidas horas de fecho de edição, terminassem as reportagens informando o público não terem tido tempo de formular certas perguntas ao visado na história, pelo que se limitavam a apresentá-las para conhecimento público. "Por ora", já agora… Que bela escola de jornalismo de intriga, insinuação e difamação não nasceria!
Tal escola nasceu já no nosso mundo judiciário. (Nosso, vírgula, que se fosse nosso eu rifava a minha quota, apre!) A vítima inaugural foi José Sócrates: havia 27 perguntas que lhe queriam fazer, mas como não tiveram tempo, aí seguem elas por via mediática.’
Não me revejo neste País... mas anda tudo louco? Será que as pessoas perderam a noção de senso comum e de dignidade?
ResponderEliminarInfelizmente, e ao contrario do que alegadamente pensa/escreve Oscar Mascarenhas, o jornalismo de intriga e insinuação TAMBÉM já existe.
ResponderEliminarO que acham desta explicação? Os procuradores quereriam interrogar Sócrates, com aquelas perguntas. Cândida Almeida opôs-se, alegando que nada acrescentavam ao processo e que implicariam a constituição de arguido do PM, que seria claramente abusiva perante a inexistência de qualquer prova com que confrontá-lo. Possivelmente discutiram, bastante, e o compromisso final foi o de que o PM não era interrogado, mas as perguntas seriam chapadas no despacho: os procuradores, para tramar J.Sócrates, a directora do DCIAP para o público perceber a irrelevância das perguntas. Faltou aqui nitidamente alguém superior que pudesse intervir ex ante para medir as consequências de todo este conflito, espelhado no despacho.
ResponderEliminarFiz link, Miguel.
ResponderEliminarObrigado.
Abraço.
Agradeço o destaque dado, Ana Paula.
ResponderEliminarUm abraço também para si