“Não trazer o bem a quem quer que seja”: esta não lembrava ao careca, como diria o Prof. Marcelo

João Villalobos, que se diz ser o Pacheco de Passos Coelho, mostra-se hoje profundamente irado com o Prof. Marcelo, por este ter considerado, na prédica dominical, uma total irresponsabilidade a ameaça de chumbo do Orçamento do Estado (OE-2011) por parte do PSD ou, nas palavras do futuro membro do Conselho Consultivo do líder laranja, “brincar com coisas sérias” “só se estiverem loucos”.

O que surpreende no post de Villalobos não é o exercício do inalienável direito à indignação, mas a forma e a substância da coisa. Eis algumas ideias, digamos assim, em defesa da brincadeira do PSD em torno do OE-2011:

• Villalobos a explicar a psicologia de massas: “Não é com o medo (…) que vamos lá.”
• Villalobos a criar um novo ramo da economia do crescimento: “Conceder com [sic] um OE que afunde ainda mais a Economia nacional (…) não transmite confiança a quem quer que seja [sic].”
• Villalobos a retomar as contas de mercearia da malograda Dr.ª Manuela: “(…) um OE a [sic] duodécimos obrigaria a uma gestão controlada até se observarem resultados palpáveis (…)”.
• Villalobos a reposicionar o partido saído dos escombros da União Nacional: “Defender a classe média é uma missão política [sic] do PSD.”
• Villalobos a reinventar o mapa cor-de-rosa: “Saber que os mercados respeitam mais [sic] e tratam melhor [sic] quem justificadamente se ergue [sic] do que quem se rebaixa [sic] por receio é uma certeza básica.”
• Villalobos a ensinar como se retira a mesada aos portugueses: “O PSD não tem que agir como se o País devesse temer que lhe cortem a pouca mesada que ainda lhe dão [sic]. Deve actuar como quem sabe que o caminho a seguir é garantir no prazo mais curto possível a capacidade de prescindir dessa mesma mesada (…).”
• Villalobos a querer dialogar “como deve ser”: “Ou o Governo (…) dialoga como deve ser, ou não vamos lá.”

Coitado do homem de Massamá Odivelas.