sábado, setembro 11, 2010

Como vender um mono?


Luís Filipe Menezes também reviu a estratégia
de comunicação, pondo-se a citar
John Wayne


Passos Coelho chegou à conclusão de que precisa de rever dos pés à cabeça “a estratégia de comunicação em torno da divulgação [o pleonasmo é do Expresso] do projeto” de revisão constitucional do PSD. Assim, segundo o Expresso, anuncia-se, para a próxima semana, um autêntico massacre:

    • Na terça-feira, Passos Coelho tem “um pequeno-almoço com os diretores dos jornais”;
    • Na quarta-feira, Teixeira Pinto reúne-se “com jornalistas para lhes explicar o sentido das alterações propostas no texto constitucional”;
    • Na quinta-feira, Passos Coelho “dá uma entrevista à RTP”.
Depois, espera-se que os jornalistas passem a palavra. Mas a ponta do véu já foi levantada: “Abandonar a ‘justa causa’ é para a direcção do PSD um ponto de honra”. O semanário acrescenta no entanto que a noção de “justa causa” não está livre de sofrer tratos de polé, pois é um “conceito que Passos Coelho quer alterar.” Como fazê-lo?

O Expresso sondou a consciência de Passos e sabe que “[a] sua convicção é que flexibilizar a legislação do trabalho é inevitável para libertar as empresas e até [sic] para segurar o emprego.”

Entretanto, o projecto de revisão — que já tinha sido aprovado pela comissão política e pelo conselho nacional — passa, segundo Lusa, a ser um “anteprojecto” que está “em fase de redacção final”.

Como se sabe, a Constituição da República estabelece que, "apresentado um projecto de revisão constitucional, quaisquer outros terão de ser apresentados no prazo de trinta dias". Naturalmente, os outros partidos estarão a preparar os seus projectos, sem no entanto se dar por isso. Sem esta balbúrdia a que se assiste no PSD. Há a certeza de que Luís Filipe Menezes não está barricado na São Caetano?

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