- A ingenuidade do autor deste argumento é atroz. Vê-se que não percebe que incorre numa coisa que dá pelo nome da falácia da composição. Significa que se um comportamento é óptimo para um indívíduo, deixa de o ser a partir do momento em que alargamos essa possibilidade a toda a gente.
É óptimo que o Joãozinho possa escolher a escola para onde vai. No entanto, isto é possível porque, para além do Joãozinho, apenas mais uns meninos o fazem. A partir do momento em que todos os meninos e meninas do país tentarem fazer o mesmo, qualquer sistema de alocação de vagas — que, por definição, é limitado — entra em colapso.’
Compreendeu agora, Alexandre?
Não compreendi.
ResponderEliminarPorque é que entra em colapso?
Todos os professores do país também escolhem as escolas para onde desejam ir, e há um sistema que os distribui de acordo com essas escolhas e com os lugares vagor, e esse sistema não colapsa.
Todos os estudantes universitários do país também escolhem as universidades para onde querem ir, e há um sistema que os distribui por essas universidades, e esse sistema não colapsa.
Mas ao haver distribuição deixam de ir para o local escolhido, impedindo o colapso que aconteceria se todas as crianças fossem colocadas, digamos, nas 10 escolas de topo. Assim como seria impossível colocar nas escolas do centro de Lisboa todos os professores que anualmente fazem essa escolha.
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