Na semana passada, a imprensa fez eco das declarações de um dirigente de topo da CDU, partido da chanceler alemã Angela Merkel, que teria puxado as orelhas a Portugal por não estar a fazer o suficiente – mas para quê? Enquanto todos acharam que o problema estava no (des)controlo das contas públicas, Michael Meister falou, afinal, da necessidade de investir nas áreas da educação, da formação e das novas tecnologias.
Podemos desculpar ao senhor Meister o facto de não saber muito sobre Portugal; poucos dias antes, a OCDE publicara o Education at a Glance 2010, e o político alemão podia ter lido sobre os avanços que o país tem feito nos últimos anos nas áreas da educação e formação. Como o senhor Meister ignora isto, também deve andar aos papéis sobre o que Portugal tem andado a fazer na área das novas tecnologias. Na semana em foi lançada a Agenda Digital 2015, vale a pena dar uma vista de olhos sobre esta realidade.
Assim, é provável que o senhor Meister desconheça que pela primeira vez, em 2007, o saldo da Balança de Pagamentos Tecnológica em Portugal foi positivo (e voltou a ser positivo nos anos de 2008 e de 2009, confirmando a tendência). Isso significa que, apesar do difícil contexto internacional durante o último ano, Portugal continuou a exportar mais do que a importar no sector tecnológico.
- Contributo do Pedro T.
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