«Tem-se diabolizado o FMI» - Passos Coelho, em 25 de Março de 2011
sexta-feira, setembro 17, 2010
Um programa de governo: justa causa
Haverá com certeza quem consiga encher páginas e páginas a comentar a entrevista de Passos Coelho. Seguramente, depois de uma semana atribulada com a revisão constitucional, a secção laranja do DN encarregar-se-á, amanhã, de lhe atribuir uma setinha revirada para o céu. Mas valerá a pena dizer que Passos tem aquilo tudo colado com cuspo como os cábulas em vésperas dos exames? Valerá a pena sublinhar que Passos trata os assuntos de Estado como se fossem tricas no seio da JSD, em que a fanfarronice conta? Valerá a pena destacar que a sua sensibilidade social não deve andar longe da revelada pelos empresários do Ave que se passeiam em Ferraris?
Ouça-se este extracto da entrevista a Judite de Sousa, no qual o líder laranja, com uma frieza de arrepiar, explica por que, apesar de o desemprego ser o principal problema do país, ele quer transpor para a Constituição o conceito de “razão legalmente atendível” para poder dar luz verde aos "despedimentos individuais":
‘Hoje em dia, é facílimo em Portugal despedir em termos colectivos e é muito mais difícil despedir individualmente. Ora, num país em que a maior parte das empresas são pequeníssimas empresas e que são estas que geram emprego, quando elas não conseguem… o seu objectivo não é fazer despedimentos colectivos, é poder despedir duas ou três pessoas, não as outras sete ou oito ou dez que lá trabalham. Ora, quando é necessário proceder nestes termos em Portugal, isso é muito difícil.’¹
Não será por acaso que o pequeno grande arquitecto, na edição de hoje do luminoso Sol, dedica um artigo inteiro a dar a táctica a Passos Coelho, dizendo-lhe que é preferível “fazer-se de morto”; e que Paulo Teixeira Pinto, esse mesmo do projecto de revisão, vai no mesmo sentido numa entrevista ao i, ao afirmar que, para ter êxito, é preciso “fingir-se de morto”. Enfim, com a fasquia colocada tão em baixo, começa a soar a finados na São Caetano.
_________ ¹ A sequência lógica e a sintaxe de acordo com o original.
Pedro deu passos em frente para galvanizar Portugal para os dias futuros. Tirou um coelho da cartola: ajudar as empresas, promovendo o desemprego. Agora ajudar o emprego, baixando impostos a empresas que contratassem, criando mais riqueza, mais consumo, isso não. Despedir é que é! Porrada neles! O capital é que é preciso salvar!
A táctica é o Psd arranjar outro líder porque este de tanto se fazer de morto já está enterrado vivo. E quanto mais abre o mosqueiro mais terra engole.
Pedro deu passos em frente para galvanizar Portugal para os dias futuros. Tirou um coelho da cartola: ajudar as empresas, promovendo o desemprego.
ResponderEliminarAgora ajudar o emprego, baixando impostos a empresas que contratassem, criando mais riqueza, mais consumo, isso não. Despedir é que é! Porrada neles! O capital é que é preciso salvar!
A táctica é o Psd arranjar outro líder porque este de tanto se fazer de morto já está enterrado vivo. E quanto mais abre o mosqueiro mais terra engole.
ResponderEliminarAndam a imitar o eterno lider o Sá Carneiro!
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