- ‘(…) E fui-me habituando a olhar com a devida serenidade para a crítica, mesmo a desbocada e malcriadona. São as regras do jogo: uma das coisas mais fascinantes das liberdades de expressão e de opinião é o facto de protegerem e ampararem todos com muito carinho, incluindo os ignorantes ou aqueles que actuam com a mais repulsiva má-fé.
Apenas dois exemplos breves, muito recentes, que comprovam quão ricas são aquelas duas liberdades, estruturantes e definidoras do Estado de Direito Democrático. Cintra Torres, cronista deste jornal, pela enésima vez dirige-me insultos pessoais, assim como a outros membros do Conselho Regulador. Nada de novo, a prática é tão crónica como as suas crónicas. Manuel Falcão, num tempo e argumentação próximos, lança noutro jornal impropérios do mesmo género - embora, salvaguardo, em termos menos rastejantes.
Atrever-se este sublime par a falar de independência ou de ausência dela na ERC é obra, coisa quase chocante. Imagine o leitor dois actores porno, algo desgastados é certo, a fazerem campanha pública pela virgindade antes do casamento. Mas nem isso chega. Imagine que esses dois actores porno também defendiam a castidade... depois do casamento. E terá chegado a um retrato bastante fiel sobre a credibilidade que lhes reconheço para me darem lições ou ralhetes em matéria de independência.(…)’
Grande resposta a estes dois repteis...
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