- ‘É obrigatório, desde logo, perguntar a quem falou com propriedade de "década perdida", onde esteve e o que fez nos últimos cinco anos? Por que razão não vetou qualquer diploma, das muitas dezenas que lhe chegaram às mãos, com consequências óbvias no plano socioeconómico para Portugal? Porque incentivou e impôs um acordo entre o PS e o PSD para a aprovação do Orçamento do Estado para 2011 que, ele próprio, não hesitou em promulgar? Porque, defendendo que "não podemos privilegiar grandes investimentos que não temos condições de financiar", promulgou, por exemplo, em Abril de 2010, o decreto-lei do Governo que aprovou as bases de concessão do troço de TGV entre Caia e o Poceirão? E, atravessando Portugal "uma profunda crise de valores" em que é necessário "salientar o papel absolutamente nuclear da família", por que razão promulgou Cavaco Silva, contra as suas mais profundas e conservadoras convicções, o diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo? E porque não falou Cavaco Silva deste quadro negro em que estamos na campanha presidencial de há três meses, em que chegou a insinuar que, se não fosse reeleito, os juros da dívida soberana portuguesa disparariam para níveis insuportáveis?’
sábado, março 12, 2011
Inconsequente que sou
• Nuno Saraiva, Inconsequente que sou:
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