É assim que a secção laranja do DN funciona

Vários dirigentes da União Europeia já haviam afirmado que não há “planos intercalares” para ninguém. Barroso chegou a dizer esta semana que nem sabe o que isso é.

Apesar de as regras do jogo serem amplamente conhecidas, a secção laranja não resistiu ontem a pôr a questão de pernas para o ar: “Passos crê que Europa aceita ajuda ‘mínima’, Sócrates reticente”. Nesta peça assinada por Paula Sá e David Dinis, afirma-se:

‘PSD e CDS estão em sintonia: querem um quadro “mínimo de ajuda externa até à formação de um governo”. O líder laranja mostra-se convicto de que “ninguém a nível europeu irá dificultar o processo”.’

Hoje, em novo artigo, assinado por Paula Sá e Luís Reis Ribeiro, é reposta a verdade dos factos — “EU e FMI forçam acordo para austeridade até 2013” (em título), acrescentando-se que “Instâncias europeias e FMI fazem depender ajuda de 80 mil milhões de euros a Portugal de pacote de ajustamento orçamental mais vasto que o PEC IV, selado até 16 de Maio” (em antetítulo).

Sobre o que o DN escreveu ontem sobre a posição do PSD e CDS, que tinham a Europa a seu lado, ficamos apenas a saber, perdido no meu do artigo, o seguinte: “os dois partidos remeteram-se ao silêncio”.