Hoje, no meio de muitas banalidades e algumas imbecilidades, Joaquim Goes, coordenador do
Compromisso Portugal movimento “Mais Sociedade“, atirou esta pérola na sua entrevista ao “
Público”: “
Num país desenvolvido a carga fiscal não deve ultrapassar os 35 por cento do PIB, hoje Portugal está já a 37 por cento. Como reduzir é difícil temos, pelo menos, de não aumentar.”
Ora bem, vamos lá ver qual é a carga fiscal dos países da OCDE (dados mais recentes de 2008 disponíveis
aqui:
Segundo Joaquim Goes, a legenda do gráfico devia ser esta:
• Países desenvolvidos (onde a carga fiscal não ultrapassa os 35%): todos à esquerda da Polónia (inclusive). Os mais desenvolvidos de todos são o México e a Turquia.
• Países não desenvolvidos (onde a carga fiscal excede os 35%: todos à direita do Reino Unido (inclusive). Os menos desenvolvido de todos são a Dinamarca e Suécia.
Se isto vos parece contra-intuitivo e colide com todas as ideias que temos do mundo civilizado, não se espantem. É que o número debitado por Joaquim Goes não passa uma pueril e irresponsável arbitrariedade ideológica. Segundo um critério um tudo nada mais extravagante,
Diogo Leite Campos traçou há uns meses a fronteira entre o mundo totalitário e o democrático nos 40% de carga fiscal.
Leiam esta gente com atenção, e depois não digam que não foram avisados.
esta gente, de facto, não inspira confiança
ResponderEliminarparecem vendedores de banha da cobra
O gráfico da posta diz respeito à produção de batatas!
ResponderEliminarComo não percebe patavina de economia, passa, mas parece-me mais que um mero lapso. E a importância de relacionar o rendimento com a carga fiscal?
ResponderEliminarNão ouvi bem, pode repetir?
Ah, sim, eu desculpo.
Se relacionar o rendimento com a carga fiscal a unica coisa que vai perceber é que quem ganha 2000 euros desconta mais do que quem ganha 1000. 37% de mil euros será sempre menos que 37% de 2000
ResponderEliminarGosto do gráfico, Portugal está em boa companhia, perto dos países desenvolvidos e até fez um esforço de convergência com estes uma vez que de 2001 e 2008 ficamos mais perto da Suécia e Dinamarca.
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